Royalties d’água disparam 60% e irrigam contas das prefeituras do Pará
Caudaloso Rio Xingu fez receita da CFURH de Altamira e Vitória do Xingu aumentar ao menos 112% de 2018 para 2019. Municípios inundados pelo Rio Tocantins se encharcaram em 30%.
Caudaloso Rio Xingu fez receita da CFURH de Altamira e Vitória do Xingu aumentar ao menos 112% de 2018 para 2019. Municípios inundados pelo Rio Tocantins se encharcaram em 30%.
Crédito deve ser feito no mais tardar até final da semana que vem. Darci terá janeiro de 2020 cerca de 32% melhor que em 2019, e Jeová, em Canaã dos Carajás, terá 47% mais recurso.
Arrecadação de Cfem da prefeitura comandada por Darci encerra 2019 com 42% acima do que fora previsto no orçamento. Governo de Canaã também vai faturar cerca de R$ 40 milhões.
Com essa quantia, Darci Lermen poderia pagar todas as contas do vizinho Curionópolis. Jeová Andrade, prefeito de Canaã, verá cair nos cofres um “horror” de dinheiro: R$ 53,5 milhões.
Prestadores de serviço foram ao delírio. Teve quem acampasse às 6 com nota de empenho na mão para “receber primeiro”, eufórico como em birra de criança. Outro, que descia saltitante escadas de prefeitura, tomou queda e gritou feliz: “Do chão não passa! Quem caiu foi a Cfem! Eba!”
Blog do Zé Dudu antecipa valores dos royalties de outubro os quais não foram divulgados nem mesmo pela Agência Nacional de Mineração. Orçamento para distribuir Cfem foi estourado.
Administração de Darci Lermen (Parauapebas) tem R$ 63,58 milhões para receber; a de Jeová Andrade (Canaã) tem R$ 41,58 milhões; e a de Adonei Aguiar (Curionópolis), R$ 2,52 milhões.
A título de comparação, essa cota de royalties é suficiente para sustentar por quatro meses inteiros a cidade de Redenção, cuja receita anual gira na casa dos R$ 170 milhões. É mole?
Compensação que gira em média de R$ 36 milhões para Parauapebas e R$ 21 milhões para Canaã dos Carajás pode perder um terço do valor e levar administrações a revisarem projetos.
Senado confirma extinção da Lei Kandir e compensações de R$ 4 bilhões no ano de 2019
Blog fez previsão em junho de que isso iria ocorrer, após analisar atividade industrial de cada um dos municípios. Não deu outra: Canaã vai embolsar R$ 2,5 milhões a mais. Porém, “Cfemzão” é pontual. Canaã só deve ultrapassar Parauapebas em definitivo a partir de 2021.
Governo de Darci já viu tanto, mas tanto dinheiro nos últimos 12 meses, que a própria gestão se perde em tentar mostrar onde está sendo aplicado. Problemas de Parauapebas continuam os mesmos de antes e alguns até agravaram. Arrecadação é insustentável no médio prazo.
Canaã vai receber menor quantia em um ano. Blog do Zé Dudu fez cálculo inédito das cotas antes da ANM a partir das operações registradas pelos municípios; Parauapebas lidera, veja valor por prefeitura.
Riqueza de governo que comanda 40 mil habitantes está próxima à de Santarém, que comanda 300 mil. Prefeitura de Canaã é uma das dez mais prósperas do país.
E olha que o dinheiro que a Câmara de Vereadores anda anunciando, de R$ 105 milhões de royalties atrasados, ainda não caiu na conta, mas deve, no início de junho, alvoroçar os cofres.
Turbinado por S11D, Canaã vai montar na grana: cerca de R$ 6 milhões a mais em relação ao mês passado. Em termos comparativos, Parauapebas, que ganha mais, não aumentou sequer R$ 1 milhão.
Canaã dos Carajás, galinha dos ovos de ouro da multinacional, viu arrecadação disparar 70% de 2018 para 2019. Dois meses da “Terra Prometida” pagariam contas do ano inteiro de 52% das prefeituras paraenses.
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Em melhor fevereiro “normal” da história, prefeitura municipal espera de camarote R$ 42,5 milhões de royalties da Vale. Sem esse recurso, mesmo com o tanto de dinheiro que arrecada fora a Cfem, capital do minério iria à “falência”.
É o pior março na história recente da produção de ferro em Carajás. Dependente apenas do minério e sem alternativa econômica, município vai sentir impacto com redução dos royalties.