Escuta pública realizada pelo MPPA, MPF e MPT aponta “falhas” na oferta de aulas remotas

Mais de 35% das escolas não ofereceram atividades durante suspenção das aulas presenciais. Cerca de 80% dos particpantes são de escola pública

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O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ministéro Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgaram o resultado da Escuta Pública sobre a oferta de aulas remotas, no período de pandemia do novo coronavírus, nas escolas públicas e particulares do Pará.  Um questionário virtual foi respondido por 21.678 pessoas, entre alunos, pais, professores, técnicos e gestores de instituições de ensino.

Os dados coletados foram transformados em gráficos que vão auxiliar a atuação dos órgãos de execução dos Ministérios Públicos, no acompanhamento das políticas públicas e das medidas que devem ser adotadas para garantir o retorno seguro às aulas presenciais.

Os arquivos gerados pelo Formulário Google demonstraram que 80,2% dos particpantes eram de escolas públicas. Do total de participantes, 45,6% estão inseridos no ensino fundamental, dos quais, 87,4% residentes na área urbana. 

Um dado negativo que chama atenção é o índice de 35,6% de alunos que não receberam das atividades durante as aulas remotas e 47,8% não realizaram atividades virtuais.

Quanto à consulta dos segmentos da comunidade escolar sobre a realização das atividades substitutivas às aulas presenciais, 36,9% informaram que isso não ocorreu, enquanto que 24% declararam não saber, revelando a baixa participação da comunidade escolar nas decisões dos gestores.

Sobre o uso de materiais digitais, 51,1% dos participantes declararam que a sua escola utilizou esses recursos durante as atividades remotas, contudo, 39% informaram que a escola não verificou previamente se todos os segmentos teriam acesso à internet.

Entre os uestionamento, verificou-se que o nível de satisfação foi baixa em relação às atividades substitutivas  e que a maioria dos participantes prefere o ensino híbrido – combinação de aprendizado online e de forma presencial – quando ocorrer a reabertura das escolas.

O Grupo de Trabalho Emergencial – GTE-MPPA-COVID-19 tem compartilhado as informações com os Promotores de Justiça que atuam na matéria e com os coordenadores das Regiões Administrativas, dando continuidade ao trabalho permanente da Instituição.

(com informações do MPPA)