MST e a elite brasileira

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* – Por Leônidas Mendes Filholeo

Uma das mais evidentes marcas “genéticas” da elite brasileira é sua profunda vontade de tornar-se euro-anglo-americana; mas, jamais democrática. Como não consegue mudar-se para lá, nossas elites também não conseguem escapar de seu “DNA”: racista, homofóbico, preconceituoso… você viu a reportagem sobre a “mocinha branca” que perdeu o avião que a levaria à sua “hollywoodiana” lua-de-mel… aquilo é a nossa elite; mas, pelo menos é “elite”. Me entristece é quando outros “pobres coitados” tentam se fazer passar por elas, mesmo sendo um pobre coitado… Leia o comentário acima.. talvez, o que este senhor não saiba é sobre o Quilombo dos Palmares (32 mil negros mortos); sobre a Cabanagem (60 mil mortos); sobre Canudos (30 mil mortos): os mortos eram pobres, mulatos, negros; mas, acima de tudo, era nosso povo. O mesmo que hoje o MST tenta organizar para que possa dar a seus filhos e filhos uma perspectiva de futuro que nossa elites e os “pobres coitados” que se comportam como seus asseclas e porta-vozes insistem em negar.

E o que mais nos assombra nos “herdeiros do escravismo tupiniquim” é que se quer conseguem mudar seus termos; se você se der ao trabalho de ler o livros “Os Sertões” (clássico de nossa literatura, escrito por Euclides da Cunha – outro porta-voz das ditas elites), verá que até as palavras que usam hoje pra tentar desqualificar o MST (e todos os que defendem que a terra seja de quem nela trabalha) são as mesmas…
Nossas elites (e seus bajuladores de plantão) sonham mesmo é com a “Disneylândia”; e como não conseguem ir para sua “terra do nunca”, vão para os “Beto Carrero World”; que não por acaso foi feito em Santa Catarina, pois que a população de lá se parece mais com os “branquinhos” euro-anglo-americanos que nossas elites sonham em um dia ser…

Por uma reforma agrária ampla e irrestrita!  Abaixo o latifúndio! VIVA O MST!

* – O professor Leônidas Mendes Filho é historiador formado pela Faculdade Federal da Paraíba, educador e candidato à presidência do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Parauapebas pela tendência Articulação Esquerda (AE).

13 comentários em “MST e a elite brasileira

  1. Anônimo Responder

    Críticos alguns desses anteriorres provavelmente nãao tem o real conhecimento da injustiça que é a distribuição de renda em nosso país (certamente têm casa, comida e rroupa lavada…); e se têm consciência do absurdo, deveriam no mínimo se envergonhar de tal!
    Nnum país CAPITALISTA como o nosso, a DEMOCRACIA nem sempre se faz presente: milhares de crrianças padecem nas ruas sem perspecttiva alguma de um futuro digno; o reflexo disso podemos ver nas favelas do Rio, onde há uma Guerra Civil internacionalmente conhecida; ou se não, olhemos no centro da nossa queida Parauapebas, onde famílias inteiras sobrevivem no lixão, em barrracos de lona (pena que nem todos tenham “saco” de ir até lá olhar uma imundice daquela…).
    E de quem é a culpa???
    MINHA, que luto dia-a-dia para me manter o mais sã possivel nessa sociedade doente?
    DELES (MST), que nunca serão ouvidos mantendo-se passivos(e não se eenganem, nunca mesmo!).
    De VOCÊS, que nada mais querem a não ser cegar a sociedade,fingindo “Que tudo é perfeeito e que ttodass as peessoas são felizes”, “Quem me dera ao menos uma vez acreditar” em vocês!
    Penssando bbeem, a culpa é dessa sociedade, que se deixaa alieenarr por pessoas medíocres como vocês, que não veem mais nada além do próprio umbigo(e a Rede Globo de Televisão, é claro!).
    Não consigo ser tão hipócrita à ponto de cconsiderar certo um burguesinho qualquer ter terras espalhadas po todo o Brasil, enquanto uma mãe de cinco filhos mora sob a ponte, na Rua dos Bobbos, n “O”/

  2. Fabiano Rodrigues Responder

    ERRATA:

    onde se lê

    E que para as famílias da época principalmente a MUTRAN o GETAT deu documentos de aforamento e não de concessão e de posse?

    Leia-se:
    O GETAT na época concedeu titúlos de aforamento destas terras para as famílias princaipalmente a MUTRAN e não titúlos definitivos de posse, então estas terras pertencem de direito ao ESTADO.

    Obrigado Zé por este espaço de discussões e contapontos.

  3. Fabiano Rodrigues Responder

    Camarada td bem sua colocação é pertinente, agora vc sabe o índice de malária que deu naquela época na região do Projeto de Assentamento Carajás que originou as três vilas CEDERE (Centro de Desenvolvimento Regional) I, II e III, e que a estrutura que o governo disponibilizou também não foi tão satisfatória totalmente assim como vc fala não, teve gente que trabalhou muito, mas em virtude de questões adversas , climáticas, culturais e por virem de regiões onde, a própria maneira de trabalhar a terra exigia tratamentos diferentes, isso fez com que muita gente não se adptou a nova realidade e o ser humano é um ser que se adpata ou não a ambientes diferentes. E diga-se de passagem muita gente trabalhadora não suportou essas adversidades .
    Nessa complexa dinâmica de ocupação e colonização de novas áreas por agricultores familiares, mesmo que naquela época e diga-se de passagem onde se tinha uma infinidade de dificuldades mais profundas do que os dias atuais, esses elementos culturais, agronômicos, climáticos, dentre outros têm que serem levados em consideração, o que o discurso ignorante e desinformado leva só o aspecto econômico, ou seja só considera uma dimensão do processo. Processo este que possui várias e amplas dimensões. Sem contar que os pequenos colonos viviam diretamente na área e sofriam todas as consequêcias. Diferente dos latifúndiarios que muitos só com o passar de muito tempo vieram reconhecer suas grandes áreas concediadas pelos governos. Ou seja colocavam para trabalhar uma levada de peões, que trabalhavam em condições precárias e só recebiam resultados.
    Justamente como vc coloca que os CEDRES foram projetos pacíficos de reforma agrária. Contudo, não sei se conhece a história recente de ocupação dessa região, o governo federal tinha o interesse em proteger aquela área que fica próxima a Serra dos Carajás e que esses assentamentos formaram um cordão de proteção as instalações das minas de Carajás.
    Militarmente proteger aquela área era impossível e inviável pro Estado Brasileiro, levando em consideração a contribuição do pensador Maquiável, “a melhor forma de proteger uma área é povoa-lá”, o governo mandou para povoar e explorar esta área a família de algum polítco e consequentemente sofrer tudo o que era possível? A principio sem me aprofundar afirmo que não, mandou trabalhadores pobres. O Estado empreendeu esses assentamentos, não por que ele é bom e foi bom, tudo tem um interesse.
    O que fica evidente é que quando o Estado quer ele faz. Agora porque o Estado não expulsa a Agropecuária Santa Bárbara das terrras públicas que são de propriedade do Estado? e que para as famílias da época principlamente a MUTRAN o GETAT deu documentos de aforamento e não de concessão e de posse? Ou o Estado é pra uns e não existe e pra outros?

  4. anônimo Responder

    vocês caros intelectuais, historiadores, etc, procurem conhecer um pouco da história de Parauapebas e região, podem começar pelas regiões de CEDERE I E CEDERE II, agora Canãa dos Carajás. Vão descobrir, que todas essas terras fizeram parte de um projeto de reforma agrária do governo federal, GETAT, 1982, e que as pessoas SEM TERRAS que o governo subisidiou para ficarem na terra, até pagando a viagem e alimentação das famílias para que vieram de todos os cantos pobres desse país. o que aconteceu? VENDERAM seus lotes, esses lotes transformaram-se em fazendas, e agora esses mesmos vagabundos estão invadindo essas fazendas. não sou ruralista, nem fazendeiro, sou assalariado, filho de LAVRADOR, mas precisamente um desses que ganharam a terra e que até hoje nela permanece e infelizmente assiste ao absurdo em que nosso país está se transformando. e ainda tem gente que defende esses bandidos….. mas os que defendem são POLÍTICOS de olho no voto dessas pessoas, COMERCIANTES que ajudam a bancar esses pessoas em troca da terra que eles conseguirão. QUE ABSURDO!!!!

  5. joao Responder

    Seu discurso e controverso, condena o preconceito e conclui desastrosamente com preconceito contra brancos descendentes europeus e com xenofobia irracional.

  6. Anônimo Responder

    Camarada anônimo muito ao contrário do que vc pensa enquanto tiver capitalismo o pensamento marxista e marxiano vai está vivo, leia pelo menos o livro I do CAPITAL e vc vai conseguir enxergar minimamente o que é de fato o capitalismo, isto no plano econômico a obra de Marx é extensa e densa , minimamente precisa de uma leitura básica para poder compreende-lá, para criticá-la é muita leitura aprofundada, sem contar que do ponto de vista filosófico, sociológico e culural de uma maneira genérica o pensaento deste pensador alemão está atual e vc nem imagina o quanto, leia. Não tenha vergonha de se reservar algumas horas e ler um pouquinho , diga-se de passagem tem muita gente que ler Marx e respeita, como Jarbas Passarinho o homem que asinou o AI-5, Simão Jatene ex governador do Pará e professor de economia, Delfim Neto ex-ministro da fazenda e outras coisas e economista. Infelizmente não comungam com esta forma de pensar, no entanto não saem por aí falando coisas com coisas.

  7. Anonimo Responder

    Meu Caro Leonidas , e preciso explicar . Nao e racismo muito menos preconceito.Pelo que percebi, houve um questionamento a respeito dos meritos desse membro do MST o qual ira participar da conferência Estadual de Cultura.Por que foi indicado , foi por méritos ? Nossa cidade não pode ser representado por qualquer um Ao fato do MST destruir , invadir , saquear , talvez, ao seus olhos se pareca um pouco com os movimentos sociais como o de Palmares, Canudos.Profundo engano.Pensamento marxista e ultrapassado .Mas parece com os jacobinos na Franca, cortando cabeças de qualquer um que estivesse contra seus ideais. ” Nao existe mais direita no poder do que a esquerda no poder ” , como falou um filosofo francês.Veja o nosso presidente Lula , veja o seu PT.Reforma agraria sim , mas de forma justa e pacifica

  8. Arnaldo Jabor Responder

    “Estes comandantes do MST e, Sem Teto, etc; só acreditam numa coisa … no comunismo. Essa loucura mórbida e enterrada que só sobrevive em Cuba e na Coréia do Norte, que só no ano retrasado matou 2.000.000 de pessoas de fome. Esta gente louca quer usar a reforma agrária para criar um clima de insegurança, o que é claro, não vai criar socialismo nenhum, o que é impossível hoje em dia, mas pode conseguir a dupla tragédia: inviabilizar o governo social-democrata do Lula, destruir nossa credibilidade internacional e, fazer a nação se esboroar, cair em cima dos desgraçados que fingem amar e comandar. Não teremos nem democracia, nem revolução;(…) Se bobear, pode transformar o Brasil num ferro-velho, num grande aleijão político”.

  9. paulo lins Responder

    O MST é a representaçã simbólica do que o PT quer para o Brasil, caso o presidente atendesse aos desejos dos militantes já estariamos vivendo uma anarquia completa, eles veem a ilha de Fidel como o paraíso na terra; que tal nos juntarmos para comprar passagem de ida para o tal paraíso para os militantes do partido e MST?!

    Reforma agrária sim, mas com responsabilidade e não com vagabundagem, como querem esta minoria do MST (que é e elite pensante), temos que atender quem realmente quer trabalhar.

  10. Fabiano Rodrigues Responder

    Mais anarquia que o senado ruralista desobedecer o STF? Mais anarquia de que o povo passar fome? Mais anarquia do que os ruralista pegarem bilhões e terem suas dívidas perdoadas num país que tem uma dívida eterna? Mais anarquia do que entregar o subsolo ao interesse do capital estrangeiro? Mais anarquia do que esse bando de babacas que só vêem o Jornal Nacional e defenderem os interesse de grandes grupos empresarias? Mais anarquia do que o trabalho escravo nestas feudos denominados de fazendas? Mais anarquia do que o assassinato de trabalhadores rurais por estes senhores feudais fazendeiros? Mais anarquia do que morar em uma região que tem por orgulho a pecuária e só consumirmos o resto do que é exportado e ainda pagar caro por um kilo deste resto? Mais anarquia do que sair por aí falando mal do MST e nunca ter se quer ido a um assentamento saber a origem e as dificuldades que a população enfrenta? Mais anarquia do que o MDA não ter dinheiro suficente em seu orçamento para a reforma agrária e o MAPA se esbaldar de recursos para plantar soja pra as vacas americanas e européias comerem, enquanto o povo brasileiro sofre de fome endemica? Mais absurdo do que acreditar em DEUS e defender a não partilha daquilo que ele deixou de herança para seus filho que é a “terra”
    Contudo, o termo anarquia aqui é usado no sentido do que o anônimo coloca, num sentido pejorativo e ignorante, muito diferente do sentido do movimento anarquista europeu do século XIX, liderados por Prudhon e Bakhunin. Que tem por propósito de anarquia uma nova forma de organização social que não seja o Estado dominado por uma minoria, mas uma sociedade sem essas estruturas política, econômica e ideológica podres que há atualmente. O BRASIL RURALISTA ARCÁICO.
    E diga-se de passagem também não sou historiador, mas defendo um novo modelo de sociedade e no mínimo um novo modelo de desenvolvimento que não privilegie esses senhores feudais e seus agregados. E axiam de tudo viva o MST e abaixo o latifúndio.

  11. anonimo Responder

    Viva a anarquia, viva a legalização e aceitação do crime organizado na forma de movimento social organizado pelo MST, viva também a licença para matar, roubar, destruir patrimônios, viva a licença para ameaçar, aterrorizar. O mais assustador é que quando se trata de “sem terras” é permitido, pode-se fazer o que quiser, pois são coitados, “sem terras”, agora qualquer outro cidadão brasileiro está sujeito às leis, até mesmo os mais ricos e poderosos. E o que é mais impressionante, quando conseguem as terras, VENDEM, não precisa ser historiador, ou seja lá o que for para saber disso, é só olhar a realidade aqui mesmo em nosso município. Está ai pra todos verem, comerciantes, políticos, todos atolados até o pescoso com grupos denominados “sem terras do MST” onde quem tem dinheiro banca os coitados para ficarem em acampamentos até a terra ser liberada e poder repassar para eles. é isso que está acontecendo no Brasil inteiro, inclusive aqui em nossa cidade e região. QUE PAÍS É ESSE?.

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