Discutindo a saúde em Parauapebas II

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O post “Discutindo a Saúde em Parauapebas” colheu o comentário da leitora Fermina Daza, muito pertinente:

Cheguei a esta cidade já como funcionária da secretaria de saúde, do Hospital mais especificamente. Lembro como a alegria e a esperança tomou conta da gente, de todo o funcionalismo público, quando o professor Darci foi eleito. Ele, um funcionário público como a gente, vindo do mesmo chão, só poderia nos responder com compreensão aos nossos direitos e atendimento às nossas mais antigas demandas. Viveríamos tempos de respeito, solidariedade e, por que não, amizade.

Logo, o escolhido para a pasta da saúde foi o Sr. Evaldo Benevides, um empresário e pioneiro da cidade. A alegria começou a transformar-se em desconfiança, pois não era alguém ligado à saúde. Tentei acalmar os que já começavam a por os dois pés atrás. Eu argumentava que o cargo era político, mas o importante era que ele se cercasse de pessoas que compreendiam as políticas de saúde e, sobretudo, a nossa realidade.

O Sr. Evaldo chamou pra junto de si pessoas que não conhecíamos, que não eram da área da saúde pública, e que cujo maior mérito era conseguir equilibrar escandalosamente incompetência e arrogância. Dou nomes para exemplo: Sr. Josenilson e Sr. Gleide Lacerda – a dupla que aterrorizou, humilhou e, via de regra, enganou o funcionalismo com promessas infundadas. Vieram outros ainda, do mesmo calibre, mas que não são dignos de nota. A desconfiança, neste momento, transformava-se em decepção.

Apesar de todos os sinais, avisos e mensagens que nós dávamos, o Sr. Evaldo mantinha essas pessoas em sua gestão, pois confiava nelas. Admiro o Sr. Evaldo, sabe Zé, pela tenacidade com que se apega às amizades. O problema é que algumas dessas amizades são mais bem-vindas em churrascos domingueiros que em assessorias de políticas essenciais pras vidas das pessoas.

Incrível como os anos de sofrimento parecem mais longos do que de fato são. Pois esses anos de trabalho na saúde estão sendo incrivelmente longos, parece que o dia custa a terminar. Nos momentos de maior desrespeito, a nossa decepção transformou-se em revolta. Fomos pra rua, pra frente do hospital, chamamos a atenção. Mas nem todos conseguiam vencer o medo que corrói a esperança como o cupim rói os esteios da casa.

Hoje mesmo passei em frente ao hospital em construção e me deu uma tristeza. O hospital novo parece mais velho que o hospital velho. Está abandonado, parece ruína de uma guerra qualquer. Vejo minhas colegas também com essa tristeza que só a monotonia e o desamparo conseguem colocar na gente, Zé. O que era revolta aos poucos se transforma em impotência diante das coisas que perdemos e, parece, não conseguiremos recuperar, pois a esperança precisa de um fiozinho que a amarre à realidade. Algo que nos faça dizer: isso pode dar certo. Se não há essa centelha, não há a chama da esperança, apenas esse otimismo autista derramado displicentemente nos discursos dos gestores da saúde e da prefeitura. Um otimismo que me faz querer usar o mesmo tipo de droga que eles estão usando na hora que falam, ou de morar na mesma cidade que eles moram.

Sinceramente,

Fermina Daza

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8 comentários em “Discutindo a saúde em Parauapebas II

  1. Anônimo Responder

    vcs ai eleitores teria que eleger pessoas mais humildes e nao empresarios por que eles nao precisao da saude publica eles tem dinheiro talvez uma campanha politica mas humilde pode de revelar um grande lider

  2. rastacouregy Responder

    o nosso secretário de saúde esta construindo um imperio ellus.calçados e construção civil com o dinheiro público

  3. anonimo Responder

    o pacto entre Darci e Evaldo é realmente pessoal, e não mais politico. agora eu não acredito que o PDT esteja dividido.. talvez sim, porque alguns que estavam debaixo da asa do Evaldo foram demitidos..esses devem estar se achando injustiçados, tadinhos.. no mais, o pdt é todo igual. Porque ele não faz como o PPS e o PV? porque ele é um covarde, nem mesmo é homem pra isso.. eu hein!

  4. FEMININA Responder

    Caros comentaristas do publicado da Fermina, já pude presenciar fortes discussões sobre a gestão do Senhor Evaldo Benevides. Os PDTistas estão divididos. Os que não ganharam um pedaço satisfatório do “osso”, querem abrir mão da aliança com o governo PTista, com a justificativa de que: È a nossa hora! È a hora de fazer oposição para que tenhamos moral para lançarmos o nosso candidato. Gente bem vista como o seu Valmir da Integral. Conclusão: O Seu Evaldo Benevides que na sua louca inocência, acha que ainda tem alguma voz politica em Parauapebas, disse com todas as letras: Eu não abro mão da Secretaria de Saude e pronto!Seu Evaldo, vc está certo! O Senhor não deve mesmo largar a Secretaria, até porque o Darcy não fez pacto com o PDT, ele fez com vc, sabe lá o que o Senhor deve ter na manga.; PDTistas, o seu Evaldo está tão, mas tão acima do PDT, que está totalmente fora. Tenha um pinguinho de ombridade, não atrapalhe a independencia do PDT, fique com sua Secretaria e faça o favor de pedir o seu desligamento do PDT. Se o Senhor não fizer, nós, os ditos pequenos pedistas, IREMOS FAZER! FORA!!

  5. Carlos Berdinaze Responder

    Já presenciei várias pessoas relatando episódios que configuram a má gestão do Sr. Evaldo Benevides, contudo, nada acontece…
    Será que o Darci não vive em Parauapebas????? e mais… será que o próprio Evaldo não reconhece que está fazendo um trabalho muito abaixo do que o povo precisa. O Darci faz os acordos com o PDT e quem tem que pagar o pato por isso somos nós. Isso não é justo.
    Vereador Adelson, isso é feio para você também. Fica mantendo uma pessoa no cargo só por conveniência. Fala sério!!!!!!!

  6. Florentino Ariza Responder

    ESTE COMENTÁRIO É O MESMO DE CIMA, POREM ESQUECI DE TROCAR O NOME (NÃO RETIREI O “PUDIM DE CACHAÇA) – FICA VALENDO ESTE. OBRIGADO

    Zé,
    Tambem trabalho na Prefeitura e acabei de passar no concurso. Vejo colegas de minha profissão e de outras áreas que também passaram e que, feliz ou infelizmente, não possuem essa esperança, e nem sequer entusiasmo que nossa amiga Fermina tinha quando começou seu caminho por estas terras.
    Costumo dizer que a unica coisa que ainda nos alegra em trabalhar no setor público é o reconhecimento do usuário com o nosso próprio trabalho.. quando conseguimos ajudar essas pessoas..não deveria ser assim, porque muito mais poderia, e pode, ser feito por elas. São direitos. Direitos que a todo instante são desrespeitados por conta de outras interesses (sabemos quais).
    É isso.
    Florentino Ariza

  7. Nome (obrigatório) Responder

    Encaminharei em breve e com cópias comprovando,para este estimado e conceituado Blog, o que de fato ocorre na gestão Evaldo Benevides.
    Como ele encobre uma empresa que vende aproximadamente R$ 5.000.000,00 / ano para a Saúde Parauapebense em equipamentos e medicamentos super-faturados e DETONA um pequenino prestador de serviços.

  8. servidor Responder

    Caro Zé, não necessitamos fazer mais nenhum comentario a Fermina disse tudo embora tenha poupado alguns outros bons nomes para a companhia dessas 2 perolas por ela citada, resta-me apenas esperar isso tudo acabar.

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