Embora a Celpa, concessionária de energia elétrica do Pará, venha advertindo frequentemente acerca dos cuidados a serem tomados por ocasião de atividades envolvendo redes energizadas, muitas pessoas ignoram esses avisos e as consequências, em geral, são funestas. E foi o que aconteceu na tarde de ontem, quarta-feira (8), por volta das 14h30, com o desempregado João Brandão Fonseca Júnior. Contratado para fazer uma ligação clandestina – um “gato” – em uma casa da Rua Central, no Bairro Jardim Tropical, em Parauapebas, ele morreu eletrocutado ao encostar na rede, sem proteção alguma.
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Valdene de Jesus Lopes, tia de João Fonseca Júnior, contou à Reportagem do Blog que, sem emprego, o sobrinho passou a ser uma espécie de “faz tudo” e, diariamente, saía de casa para fazer “bicos” a fim de ganhar algum dinheiro para seu sustento e da mulher, que estava viajando.
Ontem, contratado pelo dono da casa em que se acidentou, Antônio José Martins Carvalho, o rapaz acabou encontrando a morte. O Resgate do Corpo de Bombeiros foi chamado e atendeu, em minutos à ocorrência, removendo o homem ao Hospital Geral, mas ele já chegou àquela casa de saúde sem vida.
Celpa lamenta a morte de João Jr. e adverte sobre o perigo de ligações clandestinas
Procurada pelo Blog, a Celpa, em nota, lamenta o acidente que levou o desempregado à morte e reforça que somente equipes da concessionária estão habilitadas a fazer qualquer tipo de intervenção na rede de distribuição de energia.
“Além de causar acidentes graves e até fatais, como curtos-circuitos e morte por eletrocussão, o furto de energia é uma prática criminosa e a concessionária tem trabalhado constantemente com o apoio da Polícia Civil para mapear e eliminar ações ilegais em todo o Estado”, adverte.
A Celpa finaliza afirmando que o desvio de energia elétrica é crime é previsto no Artigo 155 do Código Penal Brasileiro, que dispõe: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: pena de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.