Vale e Ibama realizam audiência pública para discutir expansão da ferrovia

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Ulisses Pompeu – com informações da Ascom Vale

Na noite de ontem, segunda-feira, 9, a Vale realizou em Marabá uma audiência pública para discutir o projeto de Expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que visa aumentar a capacidade de transporte de minério de ferro. Segundo a empresa, o objetivo é explicar às comunidades os programas ambientais, benefícios e outras questões relacionadas ao empreendimento e o seu Estudo Ambiental.

Outros municípios do Pará e Maranhão recebem audiências e as reuniões estão sendo coordenadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e fazem parte do processo de licenciamento do projeto. No Maranhão, acontece em Açailândia (10), Alto Alegre do Pindaré (11) e Santa Rita (12). Em Marabá, várias pessoas fizeram questionamentos sobre as obras e o impacto que elas terão nas comunidades, como o bairro km 7, um dos mais afetados em Marabá com a ferrovia.

O projeto de Expansão da EFC representa um dos maiores investimentos da empresa em logística e vai gerar mais de 8 mil empregos no pico das obras, que acontecerão em 27 cidades, sendo quatro no Pará e 23 no Maranhão. A Vale aguarda a concessão da Licença de Instalação por parte do Ibama para iniciar as obras, com exceção de um trecho de 60 km que já foi licenciado pelo órgão e que abrange os municípios de Santa Rita, Itapecuru-Mirim, Anajatuba, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas e Açailândia.

A obra interligará os 54 pátios de manobra já existentes ao longo da ferrovia que possui 892 km, permitindo que os trens circulem nos dois sentidos. Hoje, a EFC possui apenas uma linha e os pátios funcionam como desvios no cruzamento dos trens. Essa conexão representa a instalação de 559 km de trilhos.

Outro ponto importante do projeto é o foco na melhoria da segurança das pessoas e da operação. Ao todo, serão construídos 43 novos viadutos rodoviários, melhoria e prolongamento de passagens de pedestres e veículos, além da instalação de cerca ou muro de proteção ao longo de toda a faixa de domínio da EFC. A faixa de domínio, de propriedade da União, é a área destinada à segurança da comunidade e operação ferroviária.

A implantação da nova linha ferroviária de Carajás está sendo realizada com a utilização de maquinários considerados os mais avançados em tecnologia de construção de ferrovia no mundo. Foram adquiridas máquinas como a NTC (New Track Construction) que tem capacidade de construir 1.500 metros de linha por dia, inovando a produção de grade ferroviária. Essa tecnologia garante mais segurança aos trabalhadores e confiabilidade à operação. Além disso, as obras de expansão irão empregar dormentes de concreto ao invés de madeira. Os dormentes de madeira utilizados atualmente serão substituídos. A tecnologia vem contribuir com a proteção ambiental.

CAPACITAÇÃO

As obras de expansão da Estrada de Ferro Carajás, a construção de um ramal ferroviário de 100 km, no Pará, bem como a expansão do Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, incluindo a construção do Píer IV, integram o Programa Capacitação Logística Norte (CLN). O objetivo do Programa é preparar toda a infraestrutura logística da Vale para transportar o volume de minério de ferro produzido no Pará. Com o fim das obras, previsto para o segundo semestre de 2016, será possível transportar e embarcar 230 milhões de toneladas por ano (Mtpa). Hoje a capacidade de transporte da EFC é de 130 Mtpa.

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