Helder apresenta potencial econômico da bioeconomia na Lide Brazil Conference, em Londres

Governador do Pará mostrou guinada que está em curso para o processo de transição para um estado com zero emissões em 2036
Governador do Pará fala para platéia de titãs da economia e da política do Brasil e da Europa na Lide Brazil Conference 2023, em Londres

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Brasília – Convidado como um dos expositores na Lide Brazil Conference 2023, Helder Barbalho (MDB) apresentou a empresários e governantes do Brasil e da Europa, nesta quinta-feira (20), o que está fazendo para transformar o estado, quatro anos antes do Brasil, na primeira unidade da federação “zero carbono”.

O governador do Pará disse que os esforços de seu governo perseguem a conciliação em construir uma transição com um novo olhar de desenvolvimento sustentável como pilar de desenvolvimento, apostando na exploração de 43 produtos da Floresta Amazônica, que têm potencial de geração de R$ 143 bilhões através da bioeconomia.

O evento de dois dias, com encerramento na sexta-feira (21), acontece em Londres e aborda temas como meio ambiente, economia, desenvolvimento social e agronegócio. Empresários, banqueiros, ministros e políticos participam de mais um encontro promovido pelo Grupo Lide, empresa do ex-governador de São Paulo, João Dória Jr., no Hotel Savoy, na capital do Reino Unido.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), também participam dos debates, que contam ainda com autoridades europeias e 300 empresários e investidores.

Barbalho fez um pronunciamento na manhã desta quinta-feira, onde falou sobre os desafios dos estados da Amazônia. “Na condição de governador, mas também na condição de presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia, que reúne os nove estados da região, temos buscado construir uma nova visão de comportamento da sociedade, do uso do solo em nossa região,” declarou. “Não é algo simples, em se tratando de uma região que há poucas décadas viu-se estimulada a ocupar o território mediante a ocupação da terra, gerando migração, gerando investimentos, impulsionando a partir do uso da terra com antropização, com a implementação de agricultura, pecuária”.

Algumas palavras-chave foram utilizadas por ele para facilitar o entendimento do que o seu governo está fazendo: conciliação, transição, sustentabilidade e bioeconomia.

O governador revelou que a estratégia começou a colher os primeiros frutos: apenas na pecuária, o Pará saltou de quarto para segundo maior rebanho comercial do país e já detinha a primeira posição de bubalinos.

“Somos líder nacional agrícola na produção de açaí, cacau e dendê. Somos a maior província mineral do mundo. Este mesmo estado, com tantas vocações do uso extrativo, também é um estado que possui 70% de seu território preservado,” enfatizou, anunciando ainda que o Pará foi o estado que mais reduziu o desmatamento no Brasil nos últimos dois anos.

Ele explicou: “Nós não propomos que o Pará deixe de ser protagonista da pecuária; que deixe de ser protagonista na agricultura. Apenas estamos propondo deixar a lógica da extensividade na produção e passarmos à intensidade e isso tem se mostrado eficaz com números, como por exemplo, do último ano”.

“O Pará alavancou o número de cabeças de gado de 23 milhões de reses para 26 milhões, assumindo a vice-liderança de maior plantel do país, ao tempo que reduziu o desmatamento de 2021 para 2022 em 21%,” salientou o governador.

Barbalho está apostando no desenvolvimento da bioeconomia no estado. Ele ilustrou que: “Após um ano de debates em todo o território paraense, foi apresentado na última COP, em Sarm-el-Sheik, no Egito, o plano de bioeconomia paraense, que estima, a partir da pesquisa com 43 tipos de produtos, a alavancagem de US$ 120 bilhões de dólares em negócios”.

O governador disse que o estado está seguindo com determinação os planos traçados e apresentou a candidatura de Belém, a capital, para sediar a COP30 [Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)], em 2025, saindo da explanação muito aplaudido.

Por Val-André Mutran – de Brasília

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