Gerente do Banco Itaú de Parauapebas é feita refém

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Um bandido morreu e outros seis foram presos durante tentativa de extorsão contra a tesoureira da agência do Banco Itaú no município de Parauapebas, localizado no sul do Pará. O crime é conhecido como ‘Sapatinho’ – consiste no sequestro de parentes dos funcionários de agências bancárias para que eles retirem dinheiro do cofre dessas instituições para fazer pagamento do resgate de seus familiares mantidos em cativeiro.

Os presos foram identificados como Jocimar Pereira dos Santos, Wagner da Silva Cruz, Leodivan André Dourado da Silva, Katilene Neves da Silva, Adriana Alves Santos e Marcos Aurélio da Silva Rocha, ex-vigilante do banco e atual vigilante da Justiça do Trabalho. O homem que morreu após troca de tiros com a Polícia foi identificado apenas pelo prenome ‘Rogério’. Um revólver calibre 38 foi apreendido.

O caso teve início da noite de anteontem, quando a tesoureira do banco, a filha e um irmão dela foram sequestrados por oito bandidos. As vítimas foram levadas para zona rural e ameaçadas por varias horas.

O delegado Antônio Miranda Neto, da Delegacia de Parauapebas, contou que a tesoureira e a filha dela foram libertadas ainda de madrugada, mas com a ordem de seguir até a agência bancária e retirar todo o dinheiro do cofre, como pagamento do resgate do irmão dela, que ficou com os bandidos. A vítima permaneceu em poder dos bandidos por aproximadamente de 16 horas.

Contrariando as ordens dos bandidos, a tesoureira avisou a Polícia. Policiais civis começaram a monitorar os bandidos e a funcionária do banco ainda de madrugada. Pela manhã, com o apoio da Polícia Militar, o banco foi cercado. O delegado orientou a vítima a negociar um falso pagamento de resgate aos bandidos.

No final do expediente bancário, por volta das 16 horas, Jocimar e Katilene foram para a frente da agência bancária para receber o pagamento. A funcionária entregou ao casal R$ 5 mil e, no momento em que eles recebiam o dinheiro, a Polícia os prendeu em flagrante.

CATIVEIRO

Por meio das informações da vítima e dos dois acusados presos, a Polícia chegou até o local do cativeiro. Um dos bandidos tentou reagir e disparou contra os policiais. Houve troca de tiros e um dos suspeitos acabou morrendo.

No local, a Polícia conseguiu libertar o refém e prender outras seis pessoas. Um oitavo participante conseguiu fugir, mas a Polícia trabalhava identificá-lo e prendê-lo.

O delegado Antônio Miranda Neto contou ainda que está apurando o nível de participação de cada um dos envolvidos no crime. Ele adiantou que um dos presos, Marcos Aurélio da Silva Rocha, trabalhou como vigilante no Banco Itaú e que atualmente trabalhava como vigilante na Justiça do Trabalho de Parauapebas. Para a Polícia, o vigilante é a pessoa que forneceu informações sobre a rotina do agência e da tesoureira.

5 comentários em “Gerente do Banco Itaú de Parauapebas é feita refém

  1. Larte Beckman Responder

    A justiça é falha, o poder de investigação no Brasil, só funciona quando os ricos são vítimas e a imprensa anda muito mal informada!

  2. Bruno Monteiro Responder

    Prezado Poster, como servidor efetivo da Justiça Federal do Trabalho peço a retificação da informação constante da matéria que afirma que o acusado Marco Aurélio, suposto líder do bando sequestrador, foi ou é vigilante da Justiça do Trabalho. Para tal afirmativa ser verdadeira, o indigitado necessariamente teria de compor os quadros desta Especializada. Em verdade, Marco Aurélio era vigilante da empresa de segurança privada Bertilon, que presta serviços para várias instituições, públicas e privadas, nesta cidade, inclusive à Justiça Federal doTrabalho.

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