Cresce o número de miseráveis no Pará

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É o que diz o último ‘Balanço Geral do Estado’, com dados de 2007, divulgado ontem no site da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFA), no qual consta o ‘Mapa da exclusão social’ paraense. O estudo aponta 3.392.670 pessoas que vivem com renda mensal menor do que meio salário mínimo per capita, 18,9% (540.265 pessoas) a mais do que em 2006 sem dinheiro suficiente para custear as despesas mínimas. Os indicadores apontam que o crescimento do número de pobres foi menor na Região Metropolitana de Belém (RMB), onde o aumento foi de apenas 6,7% de um ano para o outro.

Na região Norte, a quantidade de miseráveis cresceu 22,6% e, no País, aproximadamente 19%. Em 2006, segundo o Balanço, o Pará tinha apenas 40% de sua população abaixo da linha da pobreza. No diagnóstico, as mulheres formam a maior massa de pobres do Estado, numa proporção de 51% para elas e 49% para eles. Na RMB, a diferença é ainda maior: as pobres chegam a 54% da totalidade da população abaixo da linha da pobreza em 2007, enquanto que em 2006 o percentual era de 53%.

No ‘Mapa da exclusão’, outro indicador preocupa o Estado: a renda per capita da população. Em 2006, quando tinha uma população de 7.110.462 habitantes, o Pará registrou um crescimento real de 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 2005, chegando a R$ 5.910,00 per capita naquele ano. Já o Brasil registrou um PIB per capita de mais de R$ 11 mil. Embora o crescimento da economia paraense tenha sido mais que o dobro do crescimento brasileiro, o PIB per capita é pouco maior que a metade do índice nacional.

O estudo mostra que os cinco municípios com os maiores PIB’s per capita do Estado foram Canaã dos Carajás (R$ 50.488,00); Barcarena (R$ 46.851,00); Parauapebas (R$ 31.320,00); Tucuruí (R$ 23.667,00); e Marabá (R$ 13.055,00). Eles estão todos bem acima da média do índice estadual, onde se localizam importantes indústrias minerais de extração de cobre, ferro e bauxita, e a indústria de transformação, com a produção de alumínio e alumina, além da hidrelétrica de Tucuruí. Belém ficou apenas com a 13º colocação no ranking dos maiores PIB’s per capita, repetindo a posição do ano anterior.

Na nova configuração regional proposta pelo governo do Estado, o ‘Mapa’ aponta que a Região de Carajás, principalmente devido à atividade mineral, obteve o maior PIB per capita, em 2006 (R$ 14.331,00). A segunda colocação é da região do Lago de Tucuruí, com R$ 8.636,00); em seguida vem a região do Tocantins, com R$ 7.812,00; e a Região Metropolitana de Belém (RMB), com R$ 7.514,00). As quatro regiões juntas representam 50,08% da população paraense e 68,99% do PIB paraense.

De acordo com a Lei n° 6.836, de 13 de fevereiro de 2006, ‘o Mapa da Exclusão Social consiste num diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado, relativo ao ano de referência da prestação de contas governamental e ao ano imediatamente anterior’.

Fonte: Site Eco debate