Economia: Parauapebas e Canaã iniciam 2022 como 2º e 3º em importância nacional

Por outro lado, Marabá foi tragado pelas águas das fortes chuvas de janeiro e afundou de entre os 30 maiores exportadores para a 175ª posição. Ausência de embarque de cobre o prejudicou

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Os municípios paraenses de Parauapebas e Canaã dos Carajás começaram o ano segurando, mais uma vez, as pontas da economia nacional. E quem atesta isso é o Ministério da Economia, por meio de seus dados mensais da balança comercial brasileira. Nesta segunda-feira (7), o órgão divulgou as estatísticas da balança consolidada em janeiro por município, e Parauapebas aparece como o 2º lugar que mais dá lucro ao país. Canaã dos Carajás é o 3º.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou indicadores gerais da balança comercial e calculou o superávit líquido dos exportadores. Os números dos dois medalhões paraenses são tradicionalmente tímidos no início de ano por conta das chuvas, que pressionam e desafiam a atividade mineradora, da qual Parauapebas e Canaã sobrevivem.

Parauapebas foi o 3º maior exportador nacional, com 512,68 milhões de dólares transacionados em commodities, atrás apenas do Rio de Janeiro (1,215 bilhão de dólares) e Duque de Caxias (974,62 milhões). Mas vai ao posto de 2º mais importante porque importa poucos produtos na comparação, por exemplo, com a cidade do Rio. O saldo líquido da Capital do Minério na balança foi de 501,5 milhões de dólares em janeiro.

Com Canaã dos Carajás a situação é similar. Quarto maior exportador nacional, com 472,29 milhões de dólares embarcados em produtos, a Terra Prometida registrou o 3º maior faturamento líquido, já descontada a importação. O superávit totalizou 466,29 milhões de dólares no mês passado, à frente da Cidade Maravilhosa, de 349,81 milhões de dólares.

Na lista dos 20 maiores exportadores ainda há outro nome paraense: Barcarena. O município do alumínio contribuiu com 205,83 milhões de dólares e foi o 11º maior exportador brasileiro.

Marabá tomba feio

Embora Parauapebas e Canaã se mantenham no topo da produção de commodities, o mesmo não se pode dizer de Marabá, maior produtor nacional de cobre. O município que sempre ficava entre os 30 maiores exportadores (findou 2021 como o 29º maior) foi parar na 175ª colocação, com apenas 20,83 milhões de dólares exportados em janeiro.

Uma das explicações está na falta de embarques de cobre da mina de Salobo no mês passado, conforme apurou o Blog. As fortes chuvas que se abateram sobre Marabá também contribuíram para a queda brusca nos dados da balança comercial. Sem exportação ativa expressiva de cobre, o ferro fundido foi o principal produto da cesta marabaense, com 13,92 milhões de dólares de participação. A carne bovina, no total de 6,55 milhões, vem na sequência.