Segunda reportagem do Jornal da Globo sobre a Amazônia

Continua depois da publicidade

A segunda de uma série de reportagens sobre a Amazônia que a equipe do Jornal da Globo vem mostrando essa semana, mostrou ontem Parauapebas, uma cidade sem infraestrutura, e com muita pobreza.

Tonico Ferreira 2Segundo Tonico Ferreira, repórter do JG, Parauapebas é uma cidade improvisada: cheia de favelas e áreas ocupadas irregularmente. Ela nasceu na porta da mina de Carajás. É a pobreza ao lado da riqueza do minério. Por que a infraestrutura de Parauapebas é tão precária se tem um PIB per capita semelhante ao da cidade do Rio de Janeiro?, questiona o repórter.

“O recurso que nós temos hoje ele é considerável se você comparar com outros municípios. Porém ele não é suficiente para atender toda a demanda social gerada pela grande migração que vem para o nosso município, que cresce 18% ao ano”, explicou Darci Lermen, prefeito de Parauapebas.

O geógrafo João Márcio Palheta, da Universidade Federal do Pará, tem outra explicação. Ele diz que cidades como Parauapebas não sabem aproveitar a riqueza que têm.

“Esses municípios têm que criar capacidade de usar a mineração, não como fim, mas como meio pra atingir outros tipos de atividade econômica, de serviço, de saúde, de educação”.

O engenheiro que criou Carajás, Eliezer Batista concorda. Ele reconhece que houve um erro estratégico no projeto: não prever um pólo industrial ao lado da mina.

“A ideia original nossa não era só vender minério de ferro, nós sempre acreditamos que você tem que agregar valor em todo produto. Nenhum país fica rico vendendo matérias-primas ou commodities”.

A reportagem segue comentando que: desde que surgiu como vila, há menos de 30 anos, Parauapebas atrai gente em busca de emprego. A cidade mantém um forte ritmo de crescimento econômico e tem grande oferta de empregos com carteira assinada. Mas as empresas precisam de montadores de estruturas, mecânicos de manutenção, operadores de máquinas e muita gente chega no local com pouco, ou nenhuma, qualificação.

Na área rural, a mineradora promove ações de apoio a pequenos agricultores vizinhos da mina. Construiu escolas e incentiva os moradores a viver da terra sem desmatar a floresta. Mas são iniciativas modestas, diante dos problemas agrários. A concentração de população pobre transformou a área de Carajás em uma das mais violentas da Amazônia.

A migração de pessoas desqualificadas profissionalmente, a violência e a má gestão dos recursos, são, segundo a reportagem, as razões desse crescimento desordenado e da péssima qualidade de vida que o parauapebense hoje  é obrigado a conviver.

Veja o vídeo com a segunda reportagem exibida no Jornal da Globo clicando aqui. Me intriga o fato do repórter global não citar, em momento algum da série de reportagens, o nome da VALE, tratando-a apenas por “mineradora”.

[ad code=1 align=center]

17 comentários em “Segunda reportagem do Jornal da Globo sobre a Amazônia

  1. sonhadora Responder

    a falta de politicas publicas são visiveis, falta comprometimento da autoridades, precisamos de politicos que trabalhem realmente… precisamos analisar melhor nossos representantes e da um basta nessa situação, o povo esta cansado de sofrer , é hora de mudar.

  2. Sidney Rungue Responder

    Assisti ao vídeo e li a reportagem. Assustei com o que foi apresentado. Sim temos muitos problemas em nossa cidade. Mas venhamos e convenhamos, a reportagem retrata uma Parauapebas que não existe mais, ela fala dos primórdios da cidade e não da atual Parauapebas. As ruas não são abertas de qualquer jeito, talvez o fosse, mas não é mais assim.
    Temos um PIB muito alto, e achei muito estranho compará-lo ao do Rio de Janeiro, por que o Rio de Janeiro? Alguém já parou pra pensar nisso? O Rio de Janeiro vive em guerra, é uma cidade linda, mas que está sendo destruída pelos próprios moradores. Não tem segurança e o terror é o companheiro de todos que ali habitam.
    Penso que foi uma péssima comparação, talvez o grande interesse era mesmo promover o Rio em detrimento a Parauapebas, que cresce e está incomodando a muitos.
    Hoje temos uma cidade até certo ponto linda, e não existem as “favelas” como foram apresentadas, existe sim, vilas mais carentes e que realmente precisam de renovo, mas isso é por causa do grande crescimento da cidade, ela cresce mais do que a China, já pararam pra pensar nisso?
    Sim, temos muito que melhorar, e não podemos parar, mas temos também que valorizar o que já foi feito e incentivar o que será feito, e não aceitar tudo que falam da nossa cidade, por matérias compradas ou direcionadas.

  3. Lucy Responder

    Caro Zé Dudu, se Parauapebas fosse uma favela como foi divulgado pelo jornalista Tonico Ferreira, no Jornal da Globo, tenho certeza absoluta que um ex ténico da seleção brasileira, assim como centenas e centenas de pessoas não teriam investido milhões de reias em um município “miserável”, como foi taxado pelo jornalista. Ainda bem que a guerra constante aqui é por uma vaga de emprego e não entre traficantes e policiais como acontece no Rio de Janeiro, onde o PIB foi equiparado ao nosso município. Para nós que moramos e trabalhamos aqui, é inaceitável que reportagens desta natureza venham denegrir a imagem da cidade que mais cresce no estado do Pará e porque não dizer do Brasil? A cidade tem apenas 22 anos, ainda é muito carente, mas não pode ser comparada a uma favela. E se aqui é uma favela, todos os dias abriga favelados que chegam de todos os estados brasileiros em busca de melhor qualidade de vida, inclusive do Rio de Janeiro. Ninguém tem culpa do crescimento desordenado da cidade. Agora, chamar Parauapebas de favela só pode ser brincadeira de mau gosto!

  4. Ederson Frazão Responder

    Fico até triste quando vejo isso saindo logo na globo só falam mal da cidade… mas é só a verdade. porq enquanto isso tem muitos ae até pref só robando dinheiro ae.. num faz nada. Deus me livre. Dinheiro a cidade num falta não isso até o Barack Obama sabe.. enquanto nao sair esse tanto de panelinha a situação vai ser sempre essa.

  5. sandra Responder

    Acredito que há muito o que se fazer por Parauapebas,visto que as autoridades políticas do local não estão demonstrando muita preocupação com a qualidade de vida das pessoas moradoras nesse local.Mas agora que está sendo publicado em rede nacional o descaso ocorrido no município quem sabe,né esses políticos criam vergonha em meio as suas faces e vestem a camisa de verdadeiros administradores numa ação contrária a atual. CRIA VERGONHA SEUS LADRÕES DE FUTURO!!!

  6. Cabra Indignado Responder

    Em relação ao comentário de Fernanda: política social que resulta em qualidade de vida promovida pela administração pública e com recursos da exploração mineral deve ser destinada a população em geral, e não somente a alguns poucos. Não concordo com a sua colocação no que diz respeito a existência de infraestrutura em alguns locais da cidade. A infraestrutura da qual vc fala, existe apenas em alguns pouquíssimos bairros, provenientes principalmente de loteamentos privados. E mesmo assim alguns deles simplesmente foram implantados sem nem mesmo se preocupar com a lei, que obriga a oferecer o minimo de infra, como energia, água potável e meio-fio, abertura e pavimentação de ruas, etc. E nesses bairros, minha cara, a maioria da população nem nunca pisou. Quem conhece a história de Parauapebas sabe que as ruas foram abertas na louca, como define o Chico Brito na reportagem. O asfalto veio antes do saneamento (é lógico, é mais barato, e todo mundo vê). Prefeito que asfalta e limpa ruas é lembrado como homem que fez, prefeito que distribui água e esgoto, nem lembrado é. Se parte do Cidade Nova hoje tem água encanada, agradeçam ao Chico das Cortinas, que com todas as suas limitações, foi lá e fez. Perguntem para os pioneiros nesse bairro e vão tirar a prova. No início do povoamento já deu pra ver o rumo que a cidade iria tomar. Parauapebas é terra de contrastes, e os problemas estão por todo lado. Só que de seus carrões com ar condicionado os que tinham a obrigação de fazer justiça e corrigir as mazelas do passado não poderão ver os problemas que existem do outro lado. Sugestão: morem uma semana em cada bairro, e façam uma pesquisa para ver o que a população sofre diariamente. Lá do alto de Carajás, e dos bairros montados pelas grandes incorporadoras de imóveis, vcs não vão saber nunca!!!

  7. anonimo Responder

    Caros cidadãos de Parauapebas, o que temos de fazer nessa próxima eleição é escolher candidatos que tenha compromisso realmente com nossa cidade. A respeito do comentário lá de cima sobre o PDT concordo plenamente, pois agora estão querendo sair de santinhos e cuspindo no prato que comeram e se lambusaram, esse é um papel muito medíucre pois a Saúde está assim a culpa é deles também. Tenho dó é do povo que ainda cairão nas promessas dessa gente. Então vamos mudar e eleger gente nova e tirar esses políticos que já esperimentamos e que não derão certo.

  8. maria aparecida campos Responder

    Nossos governante estao preocupados com o desmatamento mais se equeci que a vale tira oque e de mais precioso que e o minerio deixado a terra sem crosta mais dura daqui algum tempo tudo que se plantar por aqui ñ vai dar mais nada que a terra so vai esta carcaça.muito cuidado nossa terra tambem chora por misericordia nao so a floresta a vale tira minerio e planta misseria veja a serra do navio em macapa um cimiterio.

  9. Fernanda Responder

    Oi Zé, vi a matéria agora a pouco pela net. Apesar de ter achado importante mostrar os fatos e números reais da realidade local, acho que faltou mostrar o outro lado, afinal: existe uma Parauapebas com infra-estrutura e perspectivas de crescimento diferentes das que são mostradas nas imagens.

    Quando o Tonico cita os 153 mil habitantes, quem não conhece, acha que se trata de uma enorme favela no meio da floresta.

    Ahhh! Só comentando: o repórter se refere a Vale como mineradora, respeitando apenas as regras das técnicas de texto de TV mesmo.

    Grande abraço e parabéns pela inciativa do blog!

  10. Reges Menezes Responder

    Pra mim que nasci, cresci e fui criado aqui em Parauapebas é uma vergonha lê e vê uma noticia como essa. Parauapebas por ter uma comparação como essa em relação ao RJ deveria ser exemplo de cidade (cidade modelo) para o Brasil e para o Mundo. Apesar de todas as reportagens de sentido nacional escolher os lugares mais críticos da nossa cidade, eles não faltam com a verdade e diz tudo o que estar acontecendo de fato em nosso Município. Isso serve para que as pessoas que administram e investem na cidade realizem ações para mudar essa visão que o resto do Brasil tem em relação à Parauapebas.

  11. Abismado Responder

    É um absurdo tanto recurso arrecadado para nenhuma infraestrutura digna da nossa receita. Há dias atrás, o PDT em seu ato de repúdio ao governo, qualificou a gestão do “geverno cidadão” de Bandidos, esta é a opnião de quem está dentro do governo há cinco anos e meio, de quem fez parte de toda corrupção, merece crédito? Além da imcompetencia de nossos gestores que não conseguem viabilizar uma nova matriz econômica no município, há a falta de compromisso social da Vale com a população de parauapebas. Por que não temos aqui uma extensão da Fundação Vale oferecendos cursos superiores e qualificando o nosso povo? Quais os projetos sociais da Vale aqui embaixo? Por que a Vale não procura agregar valor ao seu produto incentivando a instalação de uma ciderurgica no município?

  12. ououou Responder

    nossa acredito mesmo que isso ningume vê
    cade a justiça e mp??? ta tudo comprado???
    zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

  13. Servidor da Saude - SEMSA Responder

    concordo com a noticia do jornal da globo todos nós sabemos que a maioria das empresas que contratam os funcionários garante muitos beneficios e um deles é um plano de saúde onde tem direito a consulta, internação e cirurgia … é uma minoria que precisa do serviço de má qualidade por não ter infraestrutura e tudo é remendado pega um pedacinho aqui outro ali e quem ganha é os chefes (diretores e coordenadores) por serem parentes ou amigos dos politicos ai pegam um cargo de motorista ou Aux. de Serv. Gerais (de fachada) e ganha um abssurdo de dinheiro quanto a nós se fizermos uma hora extra é obrigado tirar folga ou mesmo esquecer por tudo é proibido segundo eles a folha de pagamento esta alta R$ realmente como não vai ficar alta se um diretor tem um salários de R$ 4mil e se imaginarmos quantos diretores existem e cargos de confiança soma tudo e vira pizza…

  14. MATEUS Responder

    Sinto-me triste em ver minha cidade passando por mals bocados, simplesmente por causa de uns bandidos colocados por nós mesmos no poder público
    Só nos resta ficar calados.
    Todos nós vemos o enriquecimento inlicito de vários que ocupam cadeiras importantes no nosso governo, mais não fazemos nada, culpo a mim e a nós cidadãos de Parauapebas por ficarmos todos calados e com o nariz de Palhaço.
    Vamos ver o que podemos fazer, vamos nos manifestar, fazer greves para de pagar impostos energia elétrica, água durante um mês pra ver o que acontece kkk, ae digo q eles pelos menos ficaram sem um bom dinheiro uns dias kkk
    Mateus Subway Bebidas 24 Horas

Deixe seu comentário

Posts relacionados