Redenção: Justiça Federal determina retirada de manifestantes da reserva Apyterewa

Os manifestantes cercaram a base da Fundação Nacional do Índio (Funai) em protesto contra as ações de fiscalização do Ibama, com apoio da Força Nacional, de combate ao desmatamento ilegal e também a retirada de invasores das terras indígenas
Manifestantes cercaram a base da Funai dentro da reserva Apyterewa

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Atendendo ao pedido do Ministério Público Federal do Pará (MPF), a Justiça Federal em Redenção, no sul do estado, determinou o fim imediato de bloqueio ou ameaça de boqueio à base da Fundação Nacional do Índio (Funai), que fica dentro da reserva indígena Apyterewa, do povo Parakanã. A Justiça também determinou a apreensão de maquinários, equipamentos e outros materiais utilizados para bloquear o acesso a base da Funai, assim como o uso de força policial para a retirada dos manifestantes sob pena de multa por R$ 20 mil por dia aos líderes do movimento.

O MPF fez o pedido de reintegração de posse depois que um grupo cercou a base do órgão em protesto contra as ações de combate ao desmatamento ilegal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), com o apoio da Força Nacional, na área em cumprimento a Portaria N° 631, de 12 de Novembro 2020, que Autoriza a Fiscalização de Repreensão na Extensão Apyterewa e dispõe sobre o emprego da força de Segurança Pública em cações conjuntas para retirar os invasores da área indígena, que fica entre Altamira, no sudoeste do estado, e São Felix do Xingu, no sul do Pará.

As manifestações começaram na manhã da última terça-feira (17) seguem até a manhã desta sexta-feira (20). Ao todo, cerca de 1.200 agricultores estão protestando contra a Portaria Nº 631 e ação do Ibama e da Força Nacional, que eles alegam estar sendo truculenta.

Representantes das associações de produtores da área, que estão ilegalmente dentro da reserva, querem o fim das ações. Eles prometeram ir à Brasília pedir apoio ao Governo Federal, para por fim a fiscalização. Eles se apoiam nas palavras do presidente Jair Bolsonaro, que prometeu, durante sua campanha, flexibilizar fiscalizações de combate a crimes ambientais e rever demarcações de reservas indígenas.

(Tina Santos)