Parasitas, que infeliz escolha!

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No jornal O Liberal do último domingo o colunista Ismaelino Pinto, em um momento de rara infelicidade poética, usou o termo “parasitas” para tratar os que, apesar de terem outros estados como origem, estão no Pará e defendem a divisão. Frede Silveira, residente e domiciliado em Marabá nos conta no artigo abaixo o que pensa sobre o termo usado pelo xenofóbico colunista do jornal de Rômulo Maiorana (foto). Acompanhe:

Romulo Maiorana “ Certas personalidades, sejam públicas ou privadas, por sua história de vida, exigem todo o respeito do mundo de quem a elas se referem seja a que pretexto for.

Cheguei a Belém do Pará, exatamente no romper do ano de 1979, vindo de minha natal Manaus, depois de uma breve visita aos familiares, após algum tempo morando do Rio de Janeiro. Em Belém, provei do açaí e não teve jeito, fiquei. Não tinha como não ficar numa cidade com um povo tão amável e hospitaleiro.

Mesmo não tendo ainda encontrado um governo capaz de colocá-la no lugar que merece no ranking das melhores capitais brasileiras.

Em Belém, iniciei os estudos superiores na área jurídica, cursei e me formei em Direito. E foi na época dos estudos que conheci uma das pessoas mais interessantes e carismáticas da minha vida.

Era por volta de outubro de 1981 e por motivo de uma greve, a primeira do CESEP, hoje UNAMA, e entendendo que a mesma não tinha justa motivação, integrei o grupo contrário a mesma. Após usar de todos os meios internos possíveis e vendo que não conseguiríamos por fim ao movimento paredista, e, digo, como sempre disse, sem receio, com motivação puramente politiqueira, fomos uma certa noite, já por volta da meia-noite ao jornal O Liberal para expor publicamente nossas mazelas e estancar o injusto movimento. Lembro como se fosse hoje da pessoa que nos recebeu naquela noite.

Tratava-se de uma lenda viva da história do jornalismo paraense e, sem sombra de dúvidas, do país mesmo. Era Romulo Maiorana em pessoa. Como um dos líderes do movimento, tive o prazer de ter trocado algumas palavras com aquele homem que me pareceu tão simples que me surpreendeu. Após esse dia e a convite do patrono do maior jornal do Pará e do Norte brasileiro, estive por umas três ou quatro vezes lá no jornal para conversar com o lendário Romulo Maiorana e confesso: até hoje jamais conheci alguém que amasse tanto Belém do Pará como aquele homem.

E hoje, fico pensando: e se aquele digno e honrado homem ao invés de ter aportado em Belém lá pelos idos de 1953, vindo de Recife, Pernambuco, cheio de sonhos, tivesse fincado os pés por essas terras do sul ou sudeste paraense? Como fizeram os chamados forasteiros que hoje lutam por sua independência político-administrativa? Ah!, com certeza já estaríamos morando há muito tempo no Estado do Carajás.

Não creio que se vivo fosse Romulo Maiorana estivesse apoiando a divisão do Pará. Mas, de uma coisa tenho absoluta certeza pelo que dele conheci: franquearia seus veículos de comunicação aos que são favoráveis a divisão, porque, acima de tudo, além de extremamente generoso, era um perfeito democrata. Qualidade que anda em falta por aí”.

Frede Silveira – advogado licenciado

16 comentários em “Parasitas, que infeliz escolha!

  1. louriedson lopes Responder

    EM PRIMEIRO LUGAR SOU CONTRA A DIVISÃO.
    Sou contra e tenho meus motivos. mas nao sou contra quem assim deseja que o para seja fatiado em partes , ricas medias e pobres.
    o que falta a este estado sim é fazerem melhor uso dos eus recursos naturais, digamos de passagem parauapebas quanto nao tem de royaltes?
    o problema do para nao seria de divisão de areas mas sim de recursos melhores aplicados , tanto pelos gestores estaduais e municipais. tambem como a grande maioria deste estado nao sou nativo, mas me considero parte dele. e quanto ao sr ou sra ismaelino pinto , saiba bem tanto que o brasil nao é dos brasileiros nascidos , mas dos nativos indigenas(marajoaras e tupinambas e outros.) que aqui ja estavam bem antes. espero que o Pará nao seja divido , e que os nativos de belem se dignem em conhecer o para antes da Europa. pois em belem os feudais que ali residem nao sabem, onde fica o bairro da pratinha ou da terra firme(bairros de belem) mas conhecem paris e outros megalopes europeias.
    o grupo musical mosaico de ravena tem uma musica que sintetisa muito bem tudo isso. os indios daqui agora so querem hamburgue.

  2. Diego Responder

    Enquanto esse debate estiver concentrado so na elite e não desce para a base ou seja a população permanecerei neutro e nem votarei no dia do peblescito por que vejo que esse debete so se concentra na elite e ainda não vi essa comissão organizar simposio seminarios, debates etc com o publico alvo que a população de baixa renda, so vejo dizerem que vai ser bom que vai trazer beneficios mais que beneficios trarar para a nossa região? o que consigo obsevar e que os problemas apontados são relacionados a gestão, tipo ha é por que belem e muito longe tem que dividir, ja chegou ao ponto de ir nos bairros tirar titulos e regularizar perante a justiça eleitoral para obterem mais votos, não me admira que o sim perca e o não ganhe por que na minha opinião en vez de ir la no bairro altamira tirar titulos eleitorais deveria ir la mais para discutir o projeto e seus meleficios e beneficios para a populaçaõ.

  3. Kpnup Responder

    Realmente são um bando de parasitas. Agora vai uma pergunta aos separatistas: Será que eles dividiriam suas fazendas, seus latifúndios com os trabalhadores, com os sem terras???? Já que são favoráveis à divisões creio eu que eles dividiriam suas fazendas e seus latifúndios!!! Eu Voto 55 (cinquenta e cinco ) Não à divisão do Pará

    • Zé Dudu Autor do postResponder

      Kpnup, creio que os fazendeiros não dividiriam as suas fazendas até porque não é obrigação deles proporcionar boas estradas, boas escolas, boa saúde, boa segurança….

  4. jorlan maraba Responder

    pq tanta preocupacao com os gastos que o novo estado vai gerar na sua instalacao? nao entendo. outra, pq achar que a populacao de belem entende alguma coisa de para? eles entendem de salinas, de marajo, de litoral! ainda hoje eh novidade em maraba o governador do estado por aqui! soh axo que cada macaco tem que cuidar do seu galho. maraba eh o meu! e o melhor pra min, pelos anos de abandono administrativo, eh a divisao. nao dividir o estado por causa de belem? voces de belem naum vivem no interior do estado pra ver como estamos mau. pior! voces ai em belem tambem estao ruins das pernas, com saude e educacao precarias.
    deem a cezar, o que eh de cezar!

  5. Marcos Responder

    Teriam de ser criados do zero novos Executivos, Legislativos e Judiciários estaduais. Mais gastos, sem nenhuma garantia de que seriam eficientes em uma região onde a presença do poder público sempre foi problemática. É mais racional aproveitar o debate suscitado pelo plebiscito para discutir a melhoria da estrutura existente”.

    “A divisão “ad infinitum” não resolve problemas administrativos, como mostrou a proliferação desenfreada de municípios após a Constituição de 1988. Foram criados mais de mil, até que o Congresso impôs limites, em 1996”.

    “Mesmo que aprovada pela população paraense, o que é não é possível antever dada a ausência de pesquisas de opinião confiáveis, a divisão do Pará ainda assim precisaria ser chancelada pelo Congresso Nacional.”

    “O ideal é que os eleitores do Pará reconheçam a impropriedade da divisão de seu Estado. Do contrário, a iniciativa precisa ser barrada pelo Congresso – que, ao aprovar a realização do plebiscito, deu a largada nesse despropósito”.

  6. Anonimato Responder

    Se nao fosse os forasteiros(‘nos)que aqui vivemos o Para nao seria o mesmo…se formos fazer uma pesquisa mais da metade dos maiores empresario do para sao de outras localidade.

  7. Gleydson Responder

    Só acrescentando: muitos dos que defendem a divisão não franqueiam os seus veículos de comunicação aos que defendem o Pará inteiro.

  8. Gleydson Responder

    Não encontrei a palavra “parasita” no texto do referido autor. No mais, concordo em gênero, número e grau com as suas palavras.

  9. Sandro Lucio Responder

    ACHO QUE JÁ PASSOU DA HORA DA POPULAÇAO DO FUTURO ESTADO DE CARAJÁS FAZER UM BOICOTE AS DESORGANIZAÇÕES ROMULO MAIORANA,O QUE ESSE PESSOAL TEM BATIDO EM NOSSA POPULAÇAO É BRINCADEIRA. CARO ZÉ AXO Q VC COMO LIDER DESSE INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO E COM INFLUENCIA EM DIVERSOS SETORES PODERIA FORTALECER ESSA IDEIA,A COMEÇAR PELOS EMPRESARIOS EM NAO ANUNCIAR NA CITADA EMISSORA,O POVO NAO DÁ AUDIENCIA ETC ETC , FAZER UMA CAMPANHA DIRECIONADA A ESSE GRUPO QUE TEM VARIOS MOTIVOS PRA FICAR CALADO …

    FORA ORM

  10. Valéria Bargmann Responder

    Parasitas, que infeliz escolha!

    -Agora chegou a NOSSA Hora… Não Vamos Cruzar os Braços e Morrer na Praia, Jamais!!! ≈\.٩(̾●̮̮̃̾•̃̾)۶
    *Pq Juntos Somos IMBATÍVEIS!!!

  11. Luis Responder

    Não tive a oportunidade de ler a referida coluna e não sei a quem o colunista referiu-se nesse momento de “rara infelicidade “. Com certeza não foi a todos.

    Definição retirada do site Wikipédia: “Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo.”

    Alguma semelhança com alguns dos nossos políticos?

  12. Valéria Bargmann Responder

    * “Tem dias que agente se sente, como quem partiu ou morreu, agente ESTANCOU DERREPENTE, ou foi o mundo então que cresceu, AGENTE QUER TER VOZ ATIVA NO NOSSO DESTINO MANDAR, MAIS EIS QUE CHEGA, A RODA VIVA E CARREGA O DESTINO PRA LÁ!!!
    “.-(

  13. wanterlor bandeira Responder

    Bom dia Zé.
    Esses trogloditas não sabem conviver com o contraditório. Um processo que poderia ser limpo, transparente, franco e aberto, torna-se raivosa em razão do pensamento atrasados desses energúmeno. Uma pena

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