Moradores de residencial bloqueiam agência da Caixa em Tucuruí

As obras do conjunto estão paralisadas há três anos e muitas casas foram ocupadas irregularmente

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Manifestação de moradores do Residencial Cristo Vive, em Tucuruí, bloqueou, desde às 7h desta terça-feira (12), a entrada da agência da Caixa Econômica Federal naquela cidade. Somente os terminais eletrônicos de autoatendimento estão com acesso livre. O movimento reivindica o retorno das obras do residencial, paralisadas por falta de recursos. Até o momento a gerência não se manifestou sobre o caso.

Na manifestação de hoje um dos coordenadores do movimento popular, Fábio Silva de Silva, explica que não há mais recursos suficientes para terminar as obras das mais de 400 unidades habitacionais restantes e os funcionários da construtora estão sendo demitidos. Ainda segundo o coordenador, os recursos disponíveis desta última etapa foram aplicados na reforma de várias casas que estavam depredadas em decorrência de anos de ocupação irregular.

A pauta dos moradores a ser discutida com a gerência da Caixa diz respeito à liberação de mais recursos para concluir as obras de reforma das casas. Em relação ao bloqueio da agência, Fábio explica o acesso à área de atendimento está liberada porque a população que precisa realizar saques e fazer pagamentos não pode ser prejudicada.

Problema antigo

A construção do Residencial Cristo Vive, com 1.000 casas, começou em março de 2012 pela empresa Construtora Elfece Ltda., contratada pela Caixa Econômica Federal, para entregar a obra em 12 meses.

A empresa não cumpriu o prazo e a obra foi paralisada, ficando as casas abandonadas por muitos anos. Em 2014, o Ministério Público recomendou que as obras fossem retomadas, o que aconteceu no início de 2015, pela empresa Tech Casas. Porém, em 4 de setembro daquele ano, parte das casas foi invadida por pessoas que se dizem sem teto que há muito esperavam pelos imóveis, mas nenhuma solução foi apresentada em três anos. Diante desse problema, a Caixa encerrou a negociação. E o caso foi parar na Justiça.