Entrevista: Milton Zimmer crê que aliança com o PMDB no Pará fortalecerá Dilma, Paulo Rocha e Helder Barbalho

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Entrevista MZO Blogger entrevistou hoje o deputado estadual Milton Zimmer, do PT, que fez um resumo do seu mandato, explicou os fatos que o motivaram a si lançar candidato a presidência do Diretório Estadual do Partidos dos Trabalhadores e disse apoiar uma aliança com o PMDB em 2014.

Blog – Que balanço o senhor faz do seu mandato?

Milton Zimmer – Eu costumo dizer que divido o meu mandato em dois aspectos. Um, que são as nossas emendas parlamentares que eu tenho apresentado, pois eu tenho uma preocupação especial aqui pra nossa região (Canaã dos Carajás, Parauapebas, Curionópolis e Eldorado dos Carajás), que é o melhoramento da educação. Sabedor da demanda e do crescimento da região, tenho tentado usar meu mandato para conseguir a instalação da Universidade Estadual do Pará aqui em Parauapebas e em especial tenho apresentado emendas para que a UEPA instale aqui um curso de medicina ou da área da saúde. Tenho apresentado emendas para que o governo do estado construa escolas nesses municípios; apresentei projeto para a construção de um Complexo Poliesportivo em Parauapebas e a construção de um matadouro municipal, que além de gerar muitos empregos também atenderá o pequeno produtor e beneficiará o consumidor final. Essas emendas estão aprovadas na Assembleia mas não foram executadas pelo governo estadual.

A segunda é a apresentação de emendas que visam fortalecer os movimentos sociais. Nesses três anos conseguimos a liberação de dois veículos (um entregue à cooperativa de polpas em Parauapebas e outro entregue à uma cooperativa de frutas de Tailândia); outros projetos de minha buscaram fortalecer associações e cooperativas com equipamentos e por último tramita um projeto de minha autoria que visa a construção de um silo em Parauapebas, um armazém com secador que vai incentivar a produção agrícola na região. Tenho andado muito em todo o estado e dialogado dentro dessa perspectiva.

Blog – O senhor alega que suas emendas foram aprovadas mas ainda não foram executadas. É muito difícil ser oposição ao governo do estado e realizar um bom mandato?

Milton Zimmer – Muito difícil, e mais ainda pra um deputado como eu, que fez parte de forma assídua no debate pela criação do Estado de Carajás. Além de ser de oposição ainda sinto uma certa resistência do governador em virtude da minha participação em prol do Carajás.

Blog – Há uma retaliação por parte do governador Jatene porque o senhor apoiou a divisão do Pará?

Milton Zimmer – Sim, eu sinto isso. Mas a gente vem conversando com os vereadores, já que eles estão mais próximos dos deputados, que na Câmara de vereadores existe um tempo para que os projetos sejam apresentados. Na Assembleia não, lá eu tenho projetos que foram aprovados nas Comissões e que ainda não foram para a plenária. Minha agonia é de que termine esse primeiro mandato e nenhum projeto vá à votação.

Blog – O senhor é candidato a presidente do Diretório Estadual do PT aqui no Pará. Porque essa candidatura?

Milton Zimmer – Minha candidatura visa buscar um debate interno dentro do partido. O PT está organizado pelas tendências internas de um modo que é de difícil compreensão dos que não fazem parte do partido, e minha candidatura se deu em virtude de debates internos das tendências que nos apoiam e com muito diálogo foi mostrado a importância de termos um candidato. Fui o escolhido em uma lista que continha ainda os nomes do ex-prefeito de Concórdia, o Elias, e o Guto, ex-presidente da FETAGRI. Fui o escolhido por ter um mandato, porque já fui presidente de um diretório municipal e por ser do interior do Pará, já que uma grande maioria dos companheiros acredita que sendo do interior o presidente pode acompanhar melhor os debates e intervir em várias decisões, já que em algumas algumas, em minha opinião, foram equivocadas, quando fizemos alianças erradas deixando de ganhar algumas prefeituras e lançamos candidaturas onde deveríamos ter apoiado outros partidos. Isso se deu em virtude da distância do Diretório Estadual dos municipais. Estamos rodando o estado do Pará apresentando nosso nome e buscando apoio.

Blog – Parte do PT e até alguns candidatos que concorrem com o senhor pela presidência do partido acreditam na viabilidade de uma candidatura própria para o governo do Estado em 2014. Qual a sua opinião sobre isso?

Milton Zimmer – No nosso time nós dialogamos que deveremos ser responsáveis. A prioridade nossa é reeleger a companheira Dilma para que o país possa continuar nesse bom ritmo  Para isso o PT vem fazendo o diálogo em todos os estados, fazendo composições que culminem com a reeleição de Dilma. Em busca dessas alianças, nós defendemos uma composição com o PMDB aqui no Pará já no primeiro turno para que possamos vencer o PSDB aqui no Pará. É uma questão de responsabilidade política. Além do mais, se pegarmos as regiões de Carajás e Tapajós veremos as dificuldades que o atual governo do estado fez essas duas regiões passarem na área da saúde e infraestrutura. A Articulação Socialista defende essa aliança no primeiro turno por  acreditar que ela irá contribuir com a eleição da Dilma e garantirá uma cadeira de senador para o partido, apoiamos a candidatura do companheiro Paulo Rocha ao senado e acreditamos que essa aliança fará com que o PT assuma novamente a cadeira no senado que foi da companheira Ana Júlia.

Blog – Nas eleições de 2012 houve uma disputa interna dentro do PT e do debate foi vencedor o grupo que apoiava uma candidatura própria à prefeitura de Belém. O senhor não teme que esse racha entre as tendências provoque um desânimo na parte perdedora e isso venha fragilizar mais ainda o partido no Estado?

Milton Zimmer – O erro foi esse, o de achar que necessitávamos de uma candidatura sem que para isso tenha acontecido uma avaliação profunda. Talvez o processo do Alfredo ter sido candidato (a culpa não foi do Alfredo) quando na realidade o partido não tinha as condições ideais para  lançar um candidato próprio. E isso pode voltar a acontecer aqui no Pará. Em minha opinião uma candidatura própria nesse momento, apenas por ser própria, não nos permite garantir que teremos uma votação expressiva. É preciso que se construa as bases de uma boa aliança, que se faça debates das estratégias e dos programas para que possamos avançar.

Blog – Em Parauapebas quem o senhor está apoiando para o Diretório Municipal do PT?

Milton Zimmer – Desde julho nós estamos participando do debate aqui em Parauapebas que houvesse uma candidatura consensual em torno de um nome. Isso não foi possível e hoje temos três candidaturas, o vereador Arenes, o Jorginho e o Tadeu. Nós, do PT, queremos voltar a ser governo em Parauapebas, e para isso é necessário que se fortaleça o partido, que se organize o partido. Nós estamos apoiando o Tadeu por acreditar que ele, com o apoio da AS, DS, PT pra Valer, com parte do MS e a AE pode providenciar esse debate de fortalecimento do PT local e que os companheiros de Parauapebas votem em mim no dia 10 para presidente do PT Estadual.

 

3 comentários em “Entrevista: Milton Zimmer crê que aliança com o PMDB no Pará fortalecerá Dilma, Paulo Rocha e Helder Barbalho

  1. Prefeito Marcha Lenta Responder

    Partido é algo que está muito acima das instituições, políticos, polícia e não tem responsabilidade nenhuma com o povo e nem é penalizado quando seus políticos condenado por peculato, mas está abaixo do sistema financeiro, então o que adianta falar de responsabilidade política se o sistema financeiro não está na mão do povo? O edil deve saber que de conversa fiada já estamos fartos.

  2. Paraense Responder

    O deputado defende a aliança PT/PMDB no estado a partir do ponto de vista de um projeto nacional e não considera as especificidades no estado do pará onde a experiência de governo de Ana Júlia com o PMDB revelou uma incompatibilidade de interesses dos dois partidos em relação a administração pública que paralisou alguns setores do governo. Dessa forma o deputado pretende abrir mão de um projeto político em prol do povo paraense. É lamentável deputado.

  3. Anônimo Responder

    O PT no município de Parauapebas há duas décadas é dirigido pele grupo do Milton com a (AE) articulação de esquerda (DS) democracia socialista, Não tá hora de uma nova direção partidária.

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