Comércio injeta quase R$ 4 bilhões em massa salarial nos municípios paraenses
É a primeira vez que o potencial salarial do comércio paraense é medido e esmiuçado em nível de município.
É a primeira vez que o potencial salarial do comércio paraense é medido e esmiuçado em nível de município.
Blog fez leitura da situação de São Félix do Xingu e Canaã dos Carajás, cujas prefeituras podem estar faturando mais e menos, respectivamente, por falta de contagem populacional.
Tonelada de problemas de ordem social que seguem irresolutos torna estado um dos menos competitivos do país e faz levar “taca empresarial” de lugares até três vezes menos populosos.
Produção industrial do Pará cresceu quase 60% em maio porque Canaã dos Carajás disparou na produção de minério de ferro após Parauapebas sofrer forte desaceleração em abril.
Crescimento será puxado pela produção de soja, cuja expansão será de 4,4%, estima o IBGE. Enquanto 9 estados vão apresentar retração na sojicultora, Pará ampliará em quase 100 mil t.
Blog apurou em primeira mão que, para recenseador, estado poderá ter 8 mil vagas, 1.400 das quais concentradas em Belém. Parauapebas terá cerca de 200 oportunidades e Marabá, 250.
A “Terra Prometida” já é 3º lugar do Pará que mais movimenta mercadorias e serviços, atrás, por enquanto, de Parauapebas e Belém. S11D, da Vale, bota Canaã em todas as lideranças.
Polos isolados de prosperidade empresarial são Canaã dos Carajás, que aumentou em 145% número de empresas, e Vitória do Xingu, que elevou em 440% pessoal ocupado; veja ranking.
Estarrecedor: no estado, é proporcionalmente mais fácil jovem ser assassinado que encontrar emprego. Enquanto isso, Belém é a capital com 5ª maior taxa de jovens desocupados.
Pelotão de iletrados do estado soma 555 mil habitantes com 15 anos ou mais e é 7º maior do país. Além disso, média de anos de estudo dos paraenses (8,8 anos) é inferior à nacional (9,5).
Índice de atividade caiu levemente entre janeiros de 2018 e 2019. Uma das razões é a baixa na produção física do minério de ferro em Parauapebas, que “perdeu” mais de 1 milhão de toneladas.
Além disso, cerca de 1,85 milhão residem em casas de madeira e quase 21 mil vivem em cortiços. Condições de moradia dos paraenses estão entre as piores do Brasil.
Blog fez levantamento completo do número de habitantes oficial nas cidades, algo desconhecido porque o IBGE não divulgada em suas estimativas anuais os recortes por situação de domicílio.
São 656 mil habitantes que, ainda hoje, não sabem ler e escrever e passaram não mais que um ano na escola. Na capital do estado, segundo o IBGE, são 70 mil.
Em municípios como Parauapebas e Canaã dos Carajás, com forte presença de mão de obra masculina nos serviços da mineração, há quase o dobro de homens em relação às mulheres no mercado formal.
Parauapebas e Canaã dos Carajás são quem experimentaram o maior aumento proporcional no número de novas mamães. Canaã, inclusive, teve maior crescimento do Brasil.
Rendimento por pessoa no Pará é R$ 863, inferior a um salário mínimo. Até aumentou entre 2017 e 2018, mas continua abaixo da média do país e está defasado em 20 anos em relação ao mínimo necessário.
Medida foi publicada no Diário Oficial de hoje e integra pacote do Prosap, aquele mesmo programa para o qual prefeito de Parauapebas queria empréstimo de 70 milhões de dólares.
Taxa de desocupação é de 10,2%, a menor desde abril de 2016. Apesar disso, paraense perdeu renda no final de 2018, informalidade disparou e estado virou fábrica de “autônomos” que ganham menos de salário mínimo.
Os dois municípios paraenses são considerados os piores em alguns quesitos urbanísticos importantes, dentro de suas respectivas faixas populacionais. Marabá e Parauapebas ficaram de fora da amostragem.