Carajás: a gente aqui só pensa nisso

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Por Neilton Gomes Carneiro (*)

A rodovia PA 150, ou BR 155, ninguém sabe ao certo, é a principal estrada do sudeste paraense, a região que quer pendurar mais uma estrela na Bandeira brasileira. De Marabá a Conceição do Araguaia são 450 quilômetros de asfalto esburacado, poeira no verão, atoleiro no inverno, acidentes fatais, assaltos, abandono, abandono e abandono. Quem vem de Goiânia pelo Tocantins, do alto da ponte sobre o Rio Araguaia pode pensar que está saindo do País para entrar numa republiqueta bombardeada. A polícia, fortemente armada, manda parar, checa documentos, pede para abrir porta-malas. Ônibus e caminhões parados, bagagens revistadas, mercadorias conferidas. Bem-vindo. E você segue, tentando equilibrar o carro entre o matagal e a buraqueira.

Se você conseguiu ler até aqui, haverá de entender por que a gente quer tanto redesenhar o mapa do Brasil, colocando uma linha dividindo o Pará dos 39 municípios do Carajás. A calamidade da rodovia PA 150, ou BR 155, é apenas um dos nossos problemas. A própria confusão dos nomes da estrada, se PA ou BR, ilustra bem a tese de que estamos sós. Nem Belém, nem Brasília. Nada. O Estado quer jogar a pista no colo da União, que até hoje não assumiu a maternidade. Ora, a rodovia é nossa, deixa que a gente cuida. Deixa que a gente zela pela educação e trata da saúde. Mas deixa aqui também nossos impostos e nossos votos.

O tema das conversas aqui é a divisão do Pará, que será decidida em plebiscito dia 11 de dezembro próximo. Os eleitores do Estado estão convocados para dizer sim ou não para a criação de Carajás e Tapajós. Na mesa dos botecos, na saída das igrejas, nas esquinas, nos campos de futebol, no trabalho, todo mundo só fala nisso. Todo carro tem um adesivo com o dedão fazendo sinal de positivo para dizer SIM, no dia do plebiscito, a “Mais escolas”, “Mais Justiça” e tudo mais que falta aqui – e o rol é grande. Falemos das escolas do Pará, as piores do Brasil, segundo o ranking do Ideb, que mede o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Nota 3,6, numa escala que vai a 10. Abaixo dos 3,8 da média da Região Norte. Bem atrás dos 4,6 da média nacional. O Tocantins recebeu 4,5. Goiás, 4,9. O Maranhão dos Sarney, 3,9. As Alagoas de Fernando Collor e Renan Calheiros, 3,7. Nós, 3,6: dois números que resumem tudo. Estamos no fundo do poço.

Os políticos do Pará não têm medo de nos perder. Acompanhe os argumentos das lideranças políticas de Belém pelos jornais. Nem falam na gente. Querem mesmo é nos mandar, esses estrangeiros, de volta para Goiás, Maranhão, Minas, Paraná. Falam nas 50 toneladas de ouro, paládio e platina que serão extraídas de Serra Pelada a partir do ano que vem. Falam do ferro de Canaã dos Carajás, em quantidade suficiente para mais meio milênio de exploração, coisa de fazer chinês abrir o olho. Da gente, nem uma vírgula, e ponto final. Nossa identidade com eles também é zero. Chega da hipocrisia paz-e-amor, das cantiguinhas de união, e trololó, e trololó. Nós queremos é distância deles. E Belém quer é ficar com o ouro de Serra Pelada, e o ferro de Canaã, e continuar nos mandando espelhinhos.

Quando a gente se queixa de Belém, pelo amor de Deus, não pense que estamos falando da gente sofrida da periferia. Não. Os pobres em Belém estão tão distantes quanto nós dos benefícios que a riqueza do Pará poderia proporcionar. Lá, na cara do governo, o esgoto corre a céu aberto. Lá, sob o bigode das autoridades, o crack promove um genocídio. O governo também não existe nas cercanias de Belém, e a bandidagem aproveita o vácuo para estabelecer seu império do medo. Quando a gente dispara algum xingamento contra Belém, o alvo é a elite política incompetente, omissa, corrupta, que mata sem-terra, que assassina bebês na porta do hospital, que rouba descaradamente a Assembléia Legislativa. Pense você: se os políticos do Pará entregaram a capital deles ao esgoto e ao crime, nunca vão se mover por nós, estrangeiros, que moramos a mais de mil quilômetros de distância.

Tentaram desmoralizar a campanha pelo Carajás com o argumento de que estávamos tentando criar mais um Estado sanguessuga das verbas federais. De fato, havia a desconfiança de que o novo Estado seria apenas mais um bebê guloso pelas tetas da Pátria Amada. Mas o restante dos brasileiros pode dormir tranquilo, não vamos ajudar a depauperar o saqueado Tesouro Nacional. O minucioso estudo elaborado pelo economista Célio Costa provou que o Carajás é superavitário. Seu PIB seria de 20 bilhões de reais, a 19ª economia entre as unidades federativas. Não nasceremos ricos como o Paraná nem pobres como o Piauí. Mesmo sem contar com uma sólida política de industrialização e de fortalecimento do comércio, somos autossustentáveis.

A divisão seria um favor para o Brasil, jamais um ônus, especialmente quando o mundo volta seu olhar sedento para a Floresta Amazônica, em que se concentram as maiores reservas de água doce, de minério e de biodiversidade do Planeta. A parte verde-amarela da floresta tem um território de 4,8 milhões de quilômetros quadrados, com 11 mil quilômetros de fronteira com outros países. A Europa inteira, incluindo a parte não-asiática da Rússia, tem pouco mais de 10 milhões de quilômetros quadrados. Gente aqui é uma espécie rara. Nos 296.660 quilômetros quadrados que correspondem ao futuro Estado do Carajás, por exemplo, habitam apenas 1.372.590 almas, média de 4,6 habitantes por quilômetro quadrado. Nada, a não ser a boa vontade estrangeira, garante por enquanto a soberania brasileira sobre essa imensa riqueza.

O Carajás será um posto avançado do Brasil na Amazônia. O progresso promovido pelo novo Estado vai atrair brasileiros de todos os quadrados. O pressuposto lógico é o de que o governo de Carajás vai construir obras de infraestrutura que impulsionem o desenvolvimento. Que faça rodovias, pontes, portos e aeroportos para integrar a nova unidade federativa e esta ao restante do País. Incentive a indústria, especialmente as dos setores minerossiderúrgico e agropecuário. Crie escolas, bibliotecas e teatros e coloque um pouco de luz nesta escuridão medieval em que vivemos. Tudo isso gera emprego, produz riquezas e atrai multidões para esse ponto quase vazio do Planeta. Seremos guardiães do maior tesouro do País ao povoar a floresta, garantindo a soberania nacional sobre a água doce, o minério, as matas e os bichos da Amazônia.

A interiorização do desenvolvimento é vital para o Brasil, e o País nos deve isso. Os números do estudo do economista Célio Costa mostram o tamanho da disparidade regional. Sete estados do Sul-Sudeste, com 17,6% do território nacional e 56% da população brasileira, controlam 73% da riqueza nacional e 82,7% do produto industrial. Ao restante dos brasileiros, que ocupa 81,4% do território do País, cabem nanicos 27% do PIB. Não é justo. Fere a Constituição federal, que prevê o desenvolvimento regional como um dos objetivos fundamentais da República. E é um grave erro estratégico para um país de dimensões continentais. Ao concentrar a riqueza e a população em um cantinho do território, abre perigoso vácuo à cobiça estrangeira e impede que outras mãos e cérebros ajudem a impulsionar o Brasil ao primeiro mundo.

A gente vê do outro lado do Rio Araguaia que a divisão foi muito boa para o Tocantins e para Goiás. Separados, os dois cresceram mais que a média nacional. Entre 1995 e 2007, a média de crescimento nominal do PIB em todo o País foi de 39,7%. No mesmo período, Goiás cresceu 57,3%, o Tocantins avançou 68,6%. Todo mundo ganhou. O Tocantins é pobre, mas tem estradas boas. Não vive a febre do ouro, mas tem hospitais, que ajudamos a lotar com nossos doentes. Não exporta ferro pra China, mas tem escolas com professores bem remunerados para os padrões do Pará. Tem Justiça célere, se comparada à nossa. Tem imprensa. Se o Tocantins, que Goiás supunha ser apenas um grande areal, conseguiu tanto, imagine o que podemos fazer.

Você, que mora em Brasília, Goiânia ou Rio de Janeiro, deve estranhar o fato de  a campanha pelo Carajás mirar-se no exemplo do Tocantins. Pra você ter ideia, amigo, a que ponto chegamos. Sou tocantinense, amo aquela terra, onde estão enterrados os meus avós, e, por isso, sei que algo está errado quando o Tocantins se torna modelo de alguma coisa. E está, por isso a luta pela emancipação. Mas vamos consertar tudo isso a partir de 11 de dezembro, dia do plebiscito, data a partir da qual o Carajás vai se separar do Pará de direito, pois de fato já são dois estados bem distintos. Apesar da cantiguinha paz-e-amor da campanha dos divisionistas, a cisão está aberta para sempre. Amém.

(*) Neilton Gomes Carneiro é advogado no Sul do Pará.

28 comentários em “Carajás: a gente aqui só pensa nisso

  1. claudeon alves ferreira Responder

    como belem poderia ser portentosa ser impera somente a roubalheira nos poderes publicos? e pelo que eu sei belem é so mais uma cidade que cresceu a deus dará. belem nunca sera uma capital como goiania, teresina e assim sucessivamente… a unica diferenca de belem para marabá é que leva o titulo de capital do estado paraense mas ela nunca serviria e nem servira de modelo para outras capitais por que impera a desorganizacao no que vcs chamam de capital e aos seus arredores ou seja as cidadezinhas que vcs chamam de area metropolitana da capital, vcs sao um povinho que acham que sao donos da razao mais vai acabar….

    Toninho:

    Abandono, papo de divisionista
    Paraense amigo, não nascido em Belém,
    quer convencer-me dos pretensos benefícios
    da divisão do Pará. “É a saída dos
    municípios pobres” diz, como se no Brasil,
    no Pará, a miséria não campeasse, graças
    às antigas redes de corrupção manobradas
    por políticos seculares, os mesmos milagreiros,
    que ainda se vangloriam da eterna
    atuação política, isto é, da lorotaria à porta
    de eleições. Meu amigo, por ter nascido em
    município do sul do Pará, acha-se no dever
    de ser contra a “rica e portentosa Belém”,
    baboseira que reproduzo, para se ter ideia
    do festival de enganação que rege a onda
    separatista. Dividir, esfrangalhar o Pará toma
    ares de partidarização, ser ou não ser
    da “rica e exuberante Belém”.
    Fora as questões técnicas, os números,
    a risível metragem da pretendida divisão,
    atestado do grau da jogatina de interesses
    político-pessoais, a omissão do parlamento
    paraense e o desrespeito ao Pará, o problema
    central é “quem” são os obsessivos por dividir.
    Sãos os mesmos escolados de sempre, os
    que agora fazem coletas e acordos políticos,
    certos de seus bilhões triplicados, se colar a
    farsa da divisão. “Quem” joga tudo pela divisão?
    Os divisionistas iriam entregar à toa
    seus milhões? São os de sempre. Aproveitam-
    se do jeito mais para pacato ou acomodado
    dos paraenses, escondem os caninos,
    fazem pose de redentores e engrossam malabarismos
    verbais, furados, contra a miséria
    do Pará, longe desta Belém, que eles querem
    passar sem cruel, crudelíssima miséria.
    Contra um Pará fraterno, unido, promissor,
    os espertinhos só falam em abandono.
    Mas desde quando os autossantificados redentores
    sugam as tetas da pátria Pará? Desde
    quando armam traições e azeitam suas
    minas, suas máquinas de cifrões? Leio no
    jornal deste julho que o “marqueteiro Duda
    Mendonça esteve já dez dias em Redenção
    tratando da campanha pró-criação do Estado
    de Carajás”. Por que esses ases da “desmiseriação”
    nacional há muito não moveram
    seus bafos milagrentos contra os males sociais
    que agora juram resolver com varinhas
    de condão? Os divisionistas são ótimos, sim,
    em autoglorificação, em palavrórios, em posar
    de semideuses. São maiorais em altas
    articulações, sim, altíssimas, mas em favor
    pessoal e de asseclas.
    Incito o amigo. Peço lista de cinco benfeitorias
    de real alcance social dos divisionistas,
    velhos políticos eleitos pelo Pará. Ele
    empaca no ramerrão abandono. Quando os
    “messias” foram contra o trabalho escravo,
    qual deles articulou um sim à CPI da Alepa?
    Lutam em prol de si. Distribuem esmolas de
    seus latifúndios aos pobres das redondezas,
    uma pílula aqui, outra ali, em troca de votos.
    Penduram-se às deputanças e as senatorias
    brasílicas, endinheiradas, na esperança de
    levantar a crista na política para mais poder
    e milhões. São rápidos em levantar milhões,
    para mais infindáveis pastos, reses, jatinho
    no quintal. Nunca moveram uma palha de
    valia a “essa gente” abandonada das regiões,
    abandonadas, sim, à omissão deles. E prometem
    paraísos mentidos encravados neste Brasil
    minado de fomes e de alpinistas, heróis
    postiços em discursos e palanques.
    O amigo quis me convencer de que só
    Belém cresce, moderniza-se, enquanto o
    “resto” do Pará apodrece. Enfurnados em
    gabinetes, refinaria de acordos, os divisionistas
    não veem os guetos de mortos-vivos
    belenenses, os quais quando acossados
    pelas faltas e fomes, comuns ao Brasil todo,
    não podem nem descansar na morte de fato.
    Vagam em cemitérios onde, à mínima
    chuva, corre a boiação de ossos e restos do
    finado engatados nos matagais dos campos
    diabolicamente santos, de gente humilde, isso
    bem aqui, divisionistas, na pujante Belém
    de residências que são bunkers e, ainda assim,
    sujeitas a assaltos a qualquer hora. Sobre
    cemitérios, lembrei do da Soledade, cada
    dia mais descampado, sem suas campas do
    tempo em que enterrar envolvia belas artes,
    nosso patrimônio de época a esfarinhar-se
    nesta Belém não, nunca, jamais, de jeito nenhum
    abandonada. Mencionei o Santa Isabel,
    reino de abandono e gatunagem, o que
    há muito espantou até as almas penadas e a
    vergonha dos que deszelam por esse cemitério,
    onde enterro, após as três da tarde, só
    com segurança.
    Disse ao divisionista da possante, potente,
    vigorosa Belém noturna desértica. Dos
    enlamaçados da RMB, onde os miserandos
    têm de ter sapato reserva, pois, com um pingo
    a mais, Belém afunda. “Meu” divisionista
    sabia bulhufas de abandono. E de distância.
    Parecia desconhecer que hoje qualquer celular
    furreca une terras e astros. Citei Mª do
    Espírito Santo Rosa, autora de “Tocantins: o
    novo separatismo do norte de Goiás”. “A divisão
    atendia a interesses pessoais, políticos e
    eleitoreiros; uma proposta de aventureiros e
    oligarquias regionais”. Coisa velha, o divisionismo,
    hoje mais uma bolha e bulha dessa
    péssima política no Pará. Sabe-se lá, quando
    a gente se livra dessas farsas, para que nenhum
    abandonado de verdade sofra no Pará,
    suas minas abertas a todos os brasileiros
    aninhados em seu solo não rifado, vendido,
    loteado, partidarizado.

  2. Nilo Jr Responder

    Parabéns, Neilton!
    Você conseguiu resumir toda a verdade sobre esta região. Sou sul paraense (de nascimento) e moro no Tocantins por falta de oportunidades e condições dignas no sul do Pará. Acho engraçado quando a “grande” imprensa do Pará diz que o Tocantins é um estado falido. Damos um banho de infra-estrutura no Pará e olha que o PIB do Tocantins (13 bilhões) é bem abaixo que o de Carajás (19 bilhões), que dirá do Pará (58 bilhões). Belém tem apenas 6% de rede de esgoto, Palmas já tem por volta de 50% em apenas 22 anos, e por vai…..

  3. Nome (obrigatório) Responder


    Anita:

    A verdade tem que ser dita. A criação de Carajás e Tapajós, especialmente o primeiro, serve apenas aos interesses escusos desses forasteiros imundos que só trouxeram desgraça ao Pará. Éramos um estado pacífico até a chegada dessa corja que só trouxe violência, invasão de terras, grilagem, pistolagem, receberam terra de graça no regime militar e hoje envergonham nosso estado na mídia com desgraças em série. O povo paraense precisa deixar de ser trouxa e ficar recebendo bem essa laia de criminosos e vagabundos que aqui chegam de todos os cantos do país querendo apenas se dar bem em cima de nós. Como tolerar as hordas de migrantes, especialmente maranhenses sem nenhuma qualificação que aqui chegam pelo trem da Vale com passagem paga pela quadrilha Sarney? Como tolerar essa malta do centro-oeste e do sudeste que aqui chega se achando donos do estado e querendo dividir nosso território na maior cara-de-pau? Acorda Pará, chega de sermos explorados por essa escória, como se não bastassem os péssimos políticos que temos

  4. Kpnup Responder

    Nina eu quero o meu Pará grandão,inteiro,imenso e votarei 55 e 55. Eu amo meu Estado como um todo e me incomodo sim em perder a região oeste(Tapajós) e sul / sudeste do Pará. Não somos “burros” e “Preguiçosos” como muitos de vocês nos qualificam. Queremos a união de todas as regiões do Pará para podermos realmente crescer e fazer do Estado o mais rico e prospero do país. Espero contar com sua ajuda ou não caso deseje sair do Estado após a derrota do “sim” no onze de dezembro( DIA DO NÃO). Eu quero união e não divisão,brigas e outras coisas que só atrapalham o Estado. E realmente a ideia de Carajás e mal vista na região oeste paraense.

  5. Elton - União Brasileira dos Estudantes Secundaristas Parauapebas Responder


    Anita:

    A verdade tem que ser dita. A criação de Carajás e Tapajós, especialmente o primeiro, serve apenas aos interesses escusos desses forasteiros imundos que só trouxeram desgraça ao Pará. Éramos um estado pacífico até a chegada dessa corja que só trouxe violência,
    invasão de terras, grilagem, pistolagem, receberam terra de graça no regime militar e hoje envergonham nosso estado na mídia com desgraças em série. O povo paraense precisa deixar de ser trouxa e ficar recebendo bem essa laia de criminosos e vagabundos que aqui chegam de todos os cantos do país querendo apenas se dar bem em cima de nós. Como tolerar as hordas de migrantes, especialmente maranhenses sem nenhuma qualificação que aqui chegam pelo trem da Vale com passagem paga pela quadrilha Sarney? Como tolerar essa malta do centro-oeste e do sudeste que aqui chega se achando donos do estado e querendo dividir nosso território na maior cara-de-pau? Acorda Pará, chega de sermos explorados por essa escória, como se não bastassem os péssimos políticos que temos

    Minha querida você e tão desinformada, que sem saber cometeu um crime de preconceito quando você relatou em sua fala, a insatisfação contras nordestinos especificamente os Maranhenses. pois não podemos de forma alguma descriminar ninguém por sua região cor ou raça conforme estabelecido pela legislação do pais, melhor dizendo do mundo inteiro. quando você fala que os Maranhenses estão tomando o estado significa que eles competências para assumir o que lhe for designado, e antes de fazer alguns comentários, principalmente em sites com tamanha credibilidade com este. Sugiro que você aprender assistir e ler revistas com assuntos políticos e outro a mais, menos de fofoquinhas para você não ser tão infeliz em seus próximos comentários. No momento eu sou contra a divisão do estado mais estou em processo de formação sobre este assunto, justamente para não cometer gafes com a sua.

    Uma grama de informação vale mais que um milhão.

  6. Anônimo Responder

    Fantástico este texto. Simplesmente brilhante. Aborda todos os tópicos necessários. Impossível alguém ser intelectualmente politizado e discordar das idéias apresentadas, elas são realistas e ñ ideológicas. É a verdade nua e crua, doa a quem doer.

  7. Nina Responder

    Bom, não resta dúvidas de que este é o sonho de consumo dos que querem o “Para Grandão”, porque já deu para perceber que consideram a região onde moram a banda pobre, talvez podre mesmo deste imenso Estado, e não se incomodam em perder o Tapajós, que na visão simplista e egoísta dos irmãos paraenses, não contribui para a manutenção do atual estado de coisas, que é o restante do Estado trabalhando para que os paraenses de nascimento possam manter o seu “way of life” que é muita festa, bebedeira, praia, etc. Se for para continuar assim, nem ligam de continuar sendo colônia extrativista do Sul e Sudeste do país por mais alguns anos. Pessoalmente, não acredito nem um pouco que os moradores do Tapajós tenham a intenção de votar contra a criação do Carajás, até porque a luta deles é ainda mais antiga e sabem direitinho o que significa abandono, ao contrário da turma do NÃO, que não conhecem nada além de Belém e Salinas, mas ainda se atrevem a dizer que amam seu estado. Absolutamente lamentável.

  8. kpnup Responder

    A cada dia que passa eu tenho mais certeza que pelo menos o Estado de carajás não vai sair do papel, pois buscando irformações nas diversas regiões do Pará, pricipalmente na redião oeste do Pará (Tapajós) eu percebo um clima de não aderência a causa do carajás. A grande maioria da população do oeste paraense poderá até votar a favor do Estado do Tapajós, mas votarão contra a criação do Estado de Carajás, aí meus caros, já era, não vai dar não para carajás, pois a região nordeste mais a região oeste do Pará votarão contra Carajás. O Lira maia enganou vocês direitinho mesmo Né! Vocês ainda caem em papo de políticos? Ainda mais do Lira Maia rsrsrsrs. Ele Lira Maia correndo pela beirada ainda pode se tornar o grande favorecido às custas de vocês, pois o dinheiro das companhas são todos de vocês e quem está se beneficiando é o Lira Maia, Maria do Carmo, e outros “bobinhos” da região oeste. Bom meu alerta tá dado agora se querem continuar a serem os bobos do Lira Maia aí já é com Vocês!

  9. Nina Responder

    Acho que tem algumas pessoas por aqui que precisam voltar para as aulas de geografia. O Pará precisa ser dividido porque nenhum modelo de gestão dará certo neste Estado que possui mais de 1.253.000.00 Km2, ou seja, o tamanho de Minas Gerais (588.384.000 Km2), São Paulo ((248.209,23 km²), Rio Grande do Sul (281.748,538) e Rio de Janeiro (43.696 Km2). Ah, ainda cabe o Espírito Santo (46.077 Km2) e por pouco não cabe também Santa Catarina (95.346 Km2). Bem, acho que nem preciso dizer que todos estes estados que citei são modelos de desenvolvimento e qualidade de vida, ao contrário do PARÁ GRANDÃO, que virou sinônimo de pobreza e atraso. No dia 11 de dezembro teremos chance de mudar este quadro e passaremos a ter 03 (três) estados ecnomicamente viáveis, em vez de um único Estado que assemelha-se a um paquiderme, grande, pesado e lento.

  10. Gleydson Responder


    Revoltado:

    Esses Paraenses rssrs coitados , nem sabem o que dizem. Acorda corja!!! dar uma olhada nos numeros..Carajas nem é uma separaçao e sim uma criaçao, pois aqui nunca existiu presença de estado, ainda mais essa corja de corruptos de Belém..

    O que é mais triste é constatar a cegueira dos que abraçaram a idéia da divisão. Reclamam da ausência do estado ou dos corruptos de Belém mas nunca se lembram que os seus líderes separatistas (vide Giovanni Queiróz, Asdrúbal Bentes, Zequinha Marinho, Bernadete Ten Caten, Zé Geraldo, etc…) sempre estiveram lado a lado com esses sucessivos governos corruptos, alguns deles ocupando Secretarias e cargos estratégicos no Estado, como exemplo, Asdrúbal, que renunciou recentemente uma Secretaria no governo Jatene antes de ser acusado de promover esterilização em série em troca de votos (uma versão digamos mais “moderna” da troca de dentaduras por votos). Eu pergunto, porque não cobram desses seus “heróis” uma prestação de contas do que eles fizeram enquanto podiam (podem) para mudar a triste realidade que eles vivem?

  11. Senna Responder

    CRIAÇÃO DO ESTADO DE CARAJÁS: Não Existem Forasteiros, Existem Sim Trabalhadores… E, É Claro, os aproveitadores.

    Caros paraenses de coração e paraenses por naturalidade, sem essa de forasteiros. Esse discurso favorece a quem?
    Forasteiros seríamos nós, paraenses natos, pois quando chegamos/chegam nesta região – Sul/Sudeste do Pará – é comum sermos perguntados: tu és do Pará?
    Moro em Paraupebas há cinco anos, gosto desta Cidade. É uma cidade hospitaleira, rica em cultura… Falta valorizá-la.
    Quando cheguei aqui, pasmem, não se entoava, nem se ouvia o Hino do Pará nas comemorações; nem na Câmara de Vereadores em determinadas ocasiões. Participei da aula inaugural, março/2008, do Curso de Licenciatura Plena em Matemática – UFPA/UAB (na Câmara da Cidade) e percebi a ausência do hino do Pará, reclamei e solicitei que fizesse parte daquela solenidade; foi providenciado… E cantei com orgulho o hino do nosso Estado, no que fui acompanhado por vários estudantes e pessoas presentes.
    Aos políticos, autoridades e empresários que defendem a divisão do Estado para melhorar a governabilidade, cuidem de lutar – que foram eleitos para isso – pela melhoria da condição de vida dos moradores desta região. Mãos à obra!
    Estamos carentes de tudo: na educação, na saúde, na segurança, principalmente. O latifúndio, a grilagem, invasões de terras públicas, etc., é uma questão de Força Nacional (não fizeram nada, talvez, porque o Lulinha tem grandes terras na região, aliás, o defensor da divisão, Duda Mendonça, também).
    Aos políticos, autoridades e empresários que defendem a separação que cuidem de lutar por essa reorganização, acirremos nossas lutas pela união do Pará, pela valorização de seu povo e de seu patrimônio, que, na verdade é todos nós que moramos nesta região.
    Nós nos sentimos sim esquecidos pelo governo estadual. Mas fica claro que a questão não é de divisão, é de modelo de gestão e de vontade política para que o governo fique mais próximo da sua população. Se os líderes regionais entendessem a região – uma das mais ricas do planeta – como prioridade, ganhariam todos, visto que o problema é de investimento em infra-estrutura para a sustentabilidade é, também, de gestão pública dos recursos, de discutir o papel da VALE nesta estrutura de poder, não de divisão. Nossas riquezas estão se esvaindo, daqui a pouco restará só um enorme buraco, enormes áreas degradas, imensos desmatamentos e uma região devastada e espoliada, e, um povo pobre e sofrido. Aliás, como foi com nossos ancestrais indígenas que perderam sua identidade cultural.
    Precisamos sim de lideranças autênticas, não de usurpadores, não de bajuladores, não de quem só se apropria dos recursos públicos, não de enganadores.
    Precisamos de justiça competente e célere.
    Precisamos de um aparelho estatal que funcione em favor do povo.
    Aprimore-se a gestão pública e o modelo de estado. Não a divisão!
    Falta-nos quem sabe, competência para tornarmos realidade o potencial do Estado do Pará. Denunciar falcatruas, exigir do Judiciário que se faça justiça. Exigir do Governo Federal mais investimentos para nossa região – união em favor do povo do Pará, em vez de desunião…
    Não existem forasteiros, existem sim trabalhadores… E, é claro, os aproveitadores, estes sim, é que devem banidos de qualquer lugar.
    QUERO O MEU PARÁ GRANDE, UNIDO E BEM ADMINISTRADO!
    Professor Sena – diretor da EEEM Gen Euclydes Figueiredo – Parauapebas.

  12. Revoltado Responder

    Esses Paraenses rssrs coitados , nem sabem o que dizem. Acorda corja!!! dar uma olhada nos numeros..Carajas nem é uma separaçao e sim uma criaçao, pois aqui nunca existiu presença de estado, ainda mais essa corja de corruptos de Belém..

  13. Paulo Sérgio Responder

    O Tribunal Superior Eleitoral designou o dia 11 de Dezembro de 2011 para a realização do plebiscito para a pretensa criação dos Estados de Carajás e Tapajós. Esse dia vai ser transformado em DIA DO NÃO por todos os Paraenses, natos ou de coração, verdadeiramente comprometidos com o Estado do Pará, que lutam para fazer do Pará um grande Estado, onde a UNIÃO seja sua maior marca… Dizer NÃO A DIVISÃO é uma forma de afastarmos de vez as intenções nebulosas e nefastas contidas nas propostas dos separatistas; o que eles querem é aumentar ainda mais o patrimônio pessoal, querem mais cargos políticos para terem um poder ainda maior sobre as mesmas populações que sempre foram por eles exploradas, enganadas, assaltadas em sua própria dignidade. O DIA 11 DE DEZEMBRO VAI SER O DIA DO NÃO:
    55 É NÃO
    NÃO PELA INTEGRIDADE DO PARÁ
    NÃO PELA DIGNIDADE DOS PARAENSES
    NÃO PARA NÃO SER ENGANADO
    NÃO PARA DEIXAR DE SER EXPLORADO!

  14. Marcos Responder

    Os que votam não, tento entender e não consigo, se querem um estado só para eles porque votam no 55, deveriam votar no 77, pois este lhes darão sim um estado só para eles.

  15. Nina Responder

    Cansativo este BLÁ, BLÁ, BLÁ, sobre os “forasteiros que querem roubar nossas riquezas” e sobre os “políticos oportunistas” que querem a divisão. Colocaram uma venda nos olhos e nos ouvidos e se recusam a entender que o POVO do Carajás e Tapajós, brasileiros que são, tem direito a residir aqui ou em qualquer outro pedaço do território nacional sem precisar da autorização dos moradores mais antigos, porque é só isto que os paraenses nascidos em Belém, região Nordeste e Marajó são: moradores mais antigos. Também ignoram, convenientemente, que a divisão dos Estados não é golpe, mas um direito constitucionalmente garantido pelo art. 18, § 3º, da Constituição Federal e que a população dos futuros estados do Carajás e Tapajós está apenas exercendo este direito ao convocar o plebiscito. Espero, sinceramente, que no final o bom senso prevaleça e o SIM vença, para adquirirmos representatividade política suficiente e deixarmos de ser solenemente ignorados pelo restante do país, malgrado as tais riquezas que os paraenses querem manter a qualquer preço, ainda que estas em nada melhorem a qualidade de vida da população.

  16. Nome (obrigatório) Responder

    ANITA É DOENTE MENTAL, VAI VER É FREQUENTADORA DA COLONIA DE FÉRIAS ONDE UMA ADOLESCENTE FOI VIOLENTADA, OQUE É PIOR DEBAIXO DA BARBA BRANCA DO NOBRE GOVERNADOR DO FALIDO ESTADO!!!
    POR ISSO 77!!!
    OQUE NÃO PODERÁ ACONTECER É TER DARCI E CORJA COM PODERES…AÍ SIM MUDAMOS O CENÁRIO..
    É PRA MUDAR

  17. Nome (obrigatório)Gilmar Ferreira Responder

    Impressionante a atitude ignorante e preconceituosa dessa tal de “Anita”, que se mostra intolerante, arrogante, o que não é bom para um povo tão micigenado como nós. Falar mal dos desbravadores que aqui estão só demonstra a falta de conhecimento e tolerancia com próximo. O que seria desta região se não fosse os goianos, bahianos, mineiros, paulistas, maranhenses e todos de vários estados que aqui fincaram seu futuro, derramaram e derramam seu suor, criaram familias, laços de amizades amor por esta região. O que seria de turdo isso se aqui estivessem só nossos irmãos paraenses, que não se pre-dispõe de aptidão para agricultura, pecuaria e muitas outras atividades? Acho bom certas pessoas reverem seus conceitos antes de sair por aí derramando um monte de besteiras, ferindo e magoando um povo que só quer o progresso de uma região esquecida por seus governantes. Optem pelo SIM, para que melhores dias possa advir.

  18. NC Responder

    Vamos dividir Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alias perguntem aos gauchos se eles querem se dividir!
    Fora forasteiros!!!!!

  19. Clayton Santos Responder

    Mais uma ladainha de um esperto querendo se da bem na bolada. Agora ja atiram nas periferias de Belém, como se isso fosse problema exclusivamente do Governo do Estado. Este rapaz, nasceu em um antigo interior do estado de Goias, estado ao qual tem cidades perto de Brasilia onde seus habitantes nem podem sair depois das 18:00 que logo serão assaltados ou mortos, fora os que existem perto da divisa do Tocantins. Textos desse advogado de ladrãozinho de galinha servem para enganar as pessoas humildes que nada sabem sobre cenarios politicos, sociais e economicos. Dizer que o estado do Maranhão as escolas por lá são melhores, podem até ser mas se compararmos a quantidade de alunos e escolas do Pará com o Maranha ai nem se compara. Se o desenvolvimento em Goias ou Tocantins estivesse tão bom o que faz um cidadão como este morando no Pará? Será que é falta de oportunidade, pois certamente qualificação não deve ter frente aos demais do seu estado de origem oui então porque nada se tem por lá, pois se tivesse bom com dizem eu mesmo teria me mudado para esses estados.
    Ainda não me conformo como os divisionistas pregam essa divisão. Será que so existe PIB maior nesta região e não deve ter problemas sociais grandes que nem o governo federal consegue resolver (vide SEM TERRA).
    Parece que eles ja tem a formula magica para resolver todos esses problemas a partir da divisão!!
    Diem ainda que a divisão Carajás será exemplo de desenvolvimento sustentável da Amazonia.Pelo que eu saiba nesta região estão os maiores grileiros de terra, os maiores desmatadores com suas fazendas para criação de gado oui apenas para destruição da floresta, região onde impera a lei do mais forte, mesmo com o estado presente, lugar onde pistoleiros tem vez, pistoleiros que certamente devem falar “uai” copiado dos mineiros (tocantinense ou goiano) ou deve falar “drobra” (maranhense) ja que nessas terras eles são o ‘Timoteo”!

  20. Edilson Gomes Responder

    ALERTA: O site do Carajás(www.estadodocarajas.com.br) não está sendo atualizado. Vejam a última matéria publicada. Tem algo errado com isso. Veja a diferença com o Tapajós, este é frequentemente atualizado. Pode ser um indício de sabotagem. Moro no Tocantins e estou torcendo muito pelos milhares de carajaenses que lutam por dias melhores a partir da aprovação do novo estado. Não tenham medo de provocações. Vão à luta!

  21. Waldomiro Responder

    Anita, discordo quando em sua fala diz que os divisionistas são grileiros, pistoleiros e trouxemos algum tipo de violência. O que eu tenho certeza é que quem veio para essa região, desbravou, conquistou, trabalhou e suou e por nossa causa que o pará é o que é hoje, porque se dependesse de vocês iriam morrer em Belém e na região do norte ai tomando açai e dormindo, porque é apenas isso que vocês fazem, curtir priguiça.
    São todos descendentes de índios contra o desenvolvimento da região e do país, só pensam em vocês, são muito egoístas.
    Pense melhor e reveja seus conceitos em quem lutou para melhorar a região.

  22. Anita Responder

    A verdade tem que ser dita. A criação de Carajás e Tapajós, especialmente o primeiro, serve apenas aos interesses escusos desses forasteiros imundos que só trouxeram desgraça ao Pará. Éramos um estado pacífico até a chegada dessa corja que só trouxe violência, invasão de terras, grilagem, pistolagem, receberam terra de graça no regime militar e hoje envergonham nosso estado na mídia com desgraças em série. O povo paraense precisa deixar de ser trouxa e ficar recebendo bem essa laia de criminosos e vagabundos que aqui chegam de todos os cantos do país querendo apenas se dar bem em cima de nós. Como tolerar as hordas de migrantes, especialmente maranhenses sem nenhuma qualificação que aqui chegam pelo trem da Vale com passagem paga pela quadrilha Sarney? Como tolerar essa malta do centro-oeste e do sudeste que aqui chega se achando donos do estado e querendo dividir nosso território na maior cara-de-pau? Acorda Pará, chega de sermos explorados por essa escória, como se não bastassem os péssimos políticos que temos

    • Zé Dudu Autor do postResponder

      A que nível chega o grau de desinformação de uma pessoa. Sinceramente eu queria saber que idade tem e o que faz da vida a Anita pra dizer o que disse.

  23. Toninho Responder

    Abandono, papo de divisionista

    Paraense amigo, não nascido em Belém,
    quer convencer-me dos pretensos benefícios
    da divisão do Pará. “É a saída dos
    municípios pobres” diz, como se no Brasil,
    no Pará, a miséria não campeasse, graças
    às antigas redes de corrupção manobradas
    por políticos seculares, os mesmos milagreiros,
    que ainda se vangloriam da eterna
    atuação política, isto é, da lorotaria à porta
    de eleições. Meu amigo, por ter nascido em
    município do sul do Pará, acha-se no dever
    de ser contra a “rica e portentosa Belém”,
    baboseira que reproduzo, para se ter ideia
    do festival de enganação que rege a onda
    separatista. Dividir, esfrangalhar o Pará toma
    ares de partidarização, ser ou não ser
    da “rica e exuberante Belém”.
    Fora as questões técnicas, os números,
    a risível metragem da pretendida divisão,
    atestado do grau da jogatina de interesses
    político-pessoais, a omissão do parlamento
    paraense e o desrespeito ao Pará, o problema
    central é “quem” são os obsessivos por dividir.
    Sãos os mesmos escolados de sempre, os
    que agora fazem coletas e acordos políticos,
    certos de seus bilhões triplicados, se colar a
    farsa da divisão. “Quem” joga tudo pela divisão?
    Os divisionistas iriam entregar à toa
    seus milhões? São os de sempre. Aproveitam-
    se do jeito mais para pacato ou acomodado
    dos paraenses, escondem os caninos,
    fazem pose de redentores e engrossam malabarismos
    verbais, furados, contra a miséria
    do Pará, longe desta Belém, que eles querem
    passar sem cruel, crudelíssima miséria.
    Contra um Pará fraterno, unido, promissor,
    os espertinhos só falam em abandono.
    Mas desde quando os autossantificados redentores
    sugam as tetas da pátria Pará? Desde
    quando armam traições e azeitam suas
    minas, suas máquinas de cifrões? Leio no
    jornal deste julho que o “marqueteiro Duda
    Mendonça esteve já dez dias em Redenção
    tratando da campanha pró-criação do Estado
    de Carajás”. Por que esses ases da “desmiseriação”
    nacional há muito não moveram
    seus bafos milagrentos contra os males sociais
    que agora juram resolver com varinhas
    de condão? Os divisionistas são ótimos, sim,
    em autoglorificação, em palavrórios, em posar
    de semideuses. São maiorais em altas
    articulações, sim, altíssimas, mas em favor
    pessoal e de asseclas.
    Incito o amigo. Peço lista de cinco benfeitorias
    de real alcance social dos divisionistas,
    velhos políticos eleitos pelo Pará. Ele
    empaca no ramerrão abandono. Quando os
    “messias” foram contra o trabalho escravo,
    qual deles articulou um sim à CPI da Alepa?
    Lutam em prol de si. Distribuem esmolas de
    seus latifúndios aos pobres das redondezas,
    uma pílula aqui, outra ali, em troca de votos.
    Penduram-se às deputanças e as senatorias
    brasílicas, endinheiradas, na esperança de
    levantar a crista na política para mais poder
    e milhões. São rápidos em levantar milhões,
    para mais infindáveis pastos, reses, jatinho
    no quintal. Nunca moveram uma palha de
    valia a “essa gente” abandonada das regiões,
    abandonadas, sim, à omissão deles. E prometem
    paraísos mentidos encravados neste Brasil
    minado de fomes e de alpinistas, heróis
    postiços em discursos e palanques.
    O amigo quis me convencer de que só
    Belém cresce, moderniza-se, enquanto o
    “resto” do Pará apodrece. Enfurnados em
    gabinetes, refinaria de acordos, os divisionistas
    não veem os guetos de mortos-vivos
    belenenses, os quais quando acossados
    pelas faltas e fomes, comuns ao Brasil todo,
    não podem nem descansar na morte de fato.
    Vagam em cemitérios onde, à mínima
    chuva, corre a boiação de ossos e restos do
    finado engatados nos matagais dos campos
    diabolicamente santos, de gente humilde, isso
    bem aqui, divisionistas, na pujante Belém
    de residências que são bunkers e, ainda assim,
    sujeitas a assaltos a qualquer hora. Sobre
    cemitérios, lembrei do da Soledade, cada
    dia mais descampado, sem suas campas do
    tempo em que enterrar envolvia belas artes,
    nosso patrimônio de época a esfarinhar-se
    nesta Belém não, nunca, jamais, de jeito nenhum
    abandonada. Mencionei o Santa Isabel,
    reino de abandono e gatunagem, o que
    há muito espantou até as almas penadas e a
    vergonha dos que deszelam por esse cemitério,
    onde enterro, após as três da tarde, só
    com segurança.
    Disse ao divisionista da possante, potente,
    vigorosa Belém noturna desértica. Dos
    enlamaçados da RMB, onde os miserandos
    têm de ter sapato reserva, pois, com um pingo
    a mais, Belém afunda. “Meu” divisionista
    sabia bulhufas de abandono. E de distância.
    Parecia desconhecer que hoje qualquer celular
    furreca une terras e astros. Citei Mª do
    Espírito Santo Rosa, autora de “Tocantins: o
    novo separatismo do norte de Goiás”. “A divisão
    atendia a interesses pessoais, políticos e
    eleitoreiros; uma proposta de aventureiros e
    oligarquias regionais”. Coisa velha, o divisionismo,
    hoje mais uma bolha e bulha dessa
    péssima política no Pará. Sabe-se lá, quando
    a gente se livra dessas farsas, para que nenhum
    abandonado de verdade sofra no Pará,
    suas minas abertas a todos os brasileiros
    aninhados em seu solo não rifado, vendido,
    loteado, partidarizado.

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