Voz do leitor – Justiça do Trabalho em Parauapebas

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Prezado Zé Dudu,

Redigi o texto abaixo com propósito de chamar à atenção das autoridades da justiça do trabalho em Parauapebas, e também o encaminharei para o Tribunal Regional, na expectativa de solução, pois o fatos narrados são verídicos, e pode confirmar se achar necessário. Conto com o seu apoio na divulgação, pois acredito na força deste teu blog e na sua abrangência em Parauapebas e região.

Grande Abraço.

CASA DE FERREIRO…ESPETO DE PAU!  JUSTIÇA…MAS NÃO PARA TODOS!

Um ato claro de discriminação pode ser observado no prédio do Fórum Trabalhista de Parauapebas. O prédio, apesar de dispor de uma ampla estrutura, com salas espaçosas, e largos corredores, deixa a desejar numa série de quesitos, dentre estes, a falta de uma lanchonete, de um estacionamento público, e principalmente, de banheiros adequados em número e qualidade que atenda o enorme público que se utiliza destas instalações.

No que diz respeito aos banheiros, nos primeiros 03 meses de funcionamento do novo prédio, a todos era permitida a utilização dos amplos banheiros na parte interna do prédio, o que hoje já não é mais possível, pois tais instalações foram fechadas para o uso público, ficando restritas aos servidores e juízes, enquanto para os demais usuários: reclamantes, advogados, prepostos e testemunhas, em maior número, restaram apenas um minúsculo banheiro masculino e outro feminino com capacidade para uma pessoa por vez, na parte externa do prédio, e sem sabonete nem toalhas. Ou seja, não atendem em capacidade devido ao grande número de usuários, em acessibilidade para deficientes, principalmente para cadeirantes, devido ao piso de brita no acesso aos banheiros, e a insuficiência de espaço interno. E como agravante, a exposição deste público no período chuvoso, por ser o acesso pelo estacionamento privativo, em área sem cobertura.

Quanto à lanchonete, esta se faz necessária, haja vista a extensa pauta de audiências e seus constantes atrasos que, por inúmeras vezes extrapolam o horário de almoço. Não tendo as pessoas como se ausentarem do local para se alimentarem, mesmo porque, nas imediações não há estabelecimentos que oferecem este tipo de serviço.

No saguão de espera não há ventiladores, e nos bebedouros não há copos descartáveis.

Afinal, para onde vai todo o dinheiro arrecadado com custas e recursos trabalhistas? Será que parte deste dinheiro não poderia ser aplicada na própria instalação onde esta enorme receita é gerada?

O verdadeiro sentido de justiça traduz-se em equidade e igualdade, mas ao que nos parece, os responsáveis pelo Fórum Trabalhista de Parauapebas não assistiram esta aula no curso de direito, que certamente fizeram pra chegarem onde estão.

É lamentável! Como acreditar numa justiça que não aplica seus princípios dentro da própria casa? Fatos desta natureza não nos deixam dúvidas…à distância existente entre o discurso e o fato neste nosso Brasil é realmente enorme…E este país não é para todos os brasileiros.

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3 comentários em “Voz do leitor – Justiça do Trabalho em Parauapebas

  1. Apolônio de Tiana Responder

    Conversei com meu Pai e resolvi dar uma volta em Parauapebas. Fazia tempo, desde minha ressurreição, que meu corpo físico não sentia o vento, o sol … quis ir a Parauapebas. Lá, decidi conhecer a Justiça dos Homens. Pelo fato de que meu Pai, no início dos tempos terrestres, preconizou ao Homem o TRABALHO, fui logo ao Fórum Trabalhista; afinal de contas, o trabalhar é assim dom divino e deve ser como tal tratado, com extrema reverência. Chegando lá, encontrei tudo muito organizado, os juízes em suas salas, bem trajados, os trabalhadores em suas melhores roupas, eufóricos e honrados pelo momento tão solene e importante (afinal, não é todos os dias que se pode falar das próprias mazelas a um Juiz). Assisti a algumas audiências sem ser notado, por ter-me misturado aos expectadores e achei, mesmo, que os Homens estão de parabéns. De fato, essa justiça destina-se bastante aos pobres, meus preferidos, e atenua-lhes a dor das injustiças por eles experimentadas na vida. O calor do Pará me induzira a tomar muita água e, dado momento, meu corpo físico reclamou por uma rápida eliminação de urina. Corri para o banheiro, esperando certamente encontrar um ambiente similar ao do restante do edifício, tão belo e organizado. Encontrei a plaquinha e meti a mão na maçaneta. Fechado à chave. Uma senhora muito gentil me disse que aquele banheiro era só para os juízes e prontamente explicou o caminho para o banheiro do grande público. Como eu havia me esquecido da sensação desagradável de prender o xixi, apressei-me e caminhei por um pátio amplo. Chovia sobre mim e cheguei a um estacionamento, de onde vislumbrei uma portinha fechada, com cinco pessoas esperando em fila. Ali estava eu, fazendo contorcionismo para não me molhar (de urina, já que a chuva me encharcara) quando um funcionário chegou, pedindo mil desculpas e disponibilizando o banheiro reservado, com todas as suas regalias; afinal, o Filho de Deus não podia prender o xixi nem se molhar numa fila de estacionamento. Pronto: fui revelado! Meu Pai, preocupado com minha demora, mandou Gabriel vir à minha procura. Gabriel se orgulha muito do generalato das hostes, e não deixa suas vestes reluzentes e sua espada por nada. Ao indagar por mim, acabou prejudicando meu disfarce e o gentil senhor que o acompanhava naquele momento, certamente um alto funcionário do judiciário humano, mostrava-se agora muito constrangido por me ver naquela situação inédita. “Por favor, Senhor. Venha usar o banheiro reservado aos Magistrados, que Lhe é mais adequado. Não é justo que o Senhor aguarde em fila sob esta chuva, para usar um banheirinho tão minúsculo, mal-cheiroso e pouco asseado.” Gentilmente, respondi-lhe: “Meu filho. Ainda que eu já não tivesse urinado nas calças, recusaria seu generoso convite. Meu Pai fez TODOS os Homens à sua imagem e semelhança, iguais entre si. Muito O desagrada quando vocês se esquecem dos desígnios d’Ele e se discriminam mutuamente. Eu poderia ter vindo ao mundo como Imperador de Roma, mas preferi vir pobre. Se você me prometer franquear aquele banheiro limpo e adequado para todos, eu prometo que, da próxima vez que aqui eu aqui estiver, honrarei a seu pedido usando-o, desde que os meus pobrezinhos possam usá-lo também”

  2. robson cunha do nascimento Responder

    Se eu fosse frequentador da área não iría utilizar, em caso de necessidade, banheiro externo, em hipótese alguma. Falta saber o nome de quem postou a “reclamação” e o “POR QUÊ” do silêncio dos nobres colegas que lá militam.

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