Tucuruí: Moradores de vila da Eletronorte fazem manifestação pedindo suspensão de cobrança de energia elétrica

Os manifestantes se concentraram, na manhã desta quinta-feira (29), em frente ao prédio do Centro Administrativo das Vilas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT). Eles querem ser ouvidos, para discutir sobre a regularização dos imóveis que ocupam, para então pagarem energia
Moradores querem suspensão de pagamento de conta de energia e regularização das casas que ocupam

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Vários moradores da Vila Residencial da Eletronorte realizaram, na manhã desta quinta-feira (29), uma manifestação em frente ao Centro Administrativo das Vilas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT), cobrando a regularização dos imóveis que ocupam. Os manifestantes exigem que a Eletronorte realize uma audiência pública com aos moradores dessas vilas para fazer a regularização das residências.

De acordo com os moradores, só após essa regularização, é que irão aceitar a cobrança da energia elétrica na vila. Os moradores afirmam que se a Eletronorte não receber as lideranças, ainda hoje, eles irão continuar com a manifestação nos próximos dias.

Ontem, quarta-feira (28), os moradores da Vila Residencial da Eletronorte participaram de uma audiência pública, mas não avançaram nas discussões. A manifestação de hoje foi pacífica.

Eles querem uma nova audiência pública junto aos representantes da empresa para tratar sobre suspensão da cobrança de energia elétrica, que passará a ser feita pela Equatorial Energia, e quanto à regularização das casas, problema que se arrasta há anos e que causou ainda mais preocupação nos moradores após previsão de privatização do Grupo Eletrobras, que administra a Eletronorte.

Segundo Edilene Silva, vice-presidente da Associação dos Moradores da Vila Permanente (ASMOVIPE), o objetivo da manifestação é assegurar que a cobrança de energia seja feita após a regularização e venda das casas. “Não queremos ficar sem pagar energia, como muitos questionam, mas é preciso resolver com urgência algo que já se arrasta há anos”, argumenta Edilene.

De acordo com Aline Pozzebom, presidente da ASMOVIPE, a audiência pública é de extrema importância para que haja consenso. “A Eletronorte até o momento não parou para conversar com os moradores”, afirma.

A Vila residencial foi construída, inicialmente, para alojar os funcionários que trabalharam na construção da UHE Tucuruí, mas hoje a maior parte dos moradores é de pessoas sem vínculo com a Eletronorte ou outra empresa prestadora de serviços.

Cerca de 12 mil pessoas moram na Vila Residencial, subdivida nas vilas Permanente, Marabá, Tropical e Península. Durante a manifestação, a Eletronorte não recebeu a comissão de moradores e também ainda não se manifestou quanto aos problemas apontados pela associação.

Tina DeBord

Foto: Divulgação