Tucuruí: HRT intensifica a Campanha “Julho Amarelo” de Combate as Hepatites Virais

A campanha nacional alerta para os cuidados com a prevenção, controle e tratamento da doença. Hepatite é uma inflamação no fígado causada por vírus ou por outros fatores, a exemplo de medicamentos, doenças autoimunes, uso de álcool e herança genética

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O Hospital Regional de Tucuruí (HRT), no sudeste do Pará, intensificou as ações da Campanha “Julho Amarelo”, que tem como meta prevenir, tratar, combater e controlar as hepatites virais no país. A campanha nacional é deslanchada todo mês de julho, visando intensificar as ações nesse sentido.

A hepatite é uma inflamação no fígado causada por vírus ou por outros fatores, a exemplo de medicamentos, doenças autoimunes, uso de álcool e herança genética. Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Existem diferentes hepatites que são classificadas com as letras do alfabeto, dentre elas temos as A, B e C. Os testes rápidos são oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS) para as hepatites B e C em centros de testagem ou unidades básicas de saúde e dão o resultado em 30 minutos.

Caso o resultado do teste seja reagente a pessoa deve ser encaminhado para confirmação e tratamento. Segundo o Ministério da Saúde (MS), é importante fazer pelo menos uma vez os testes rápidos para hepatite B e C. O diagnóstico precoce evita as complicações graves da doença.

A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença. No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha “Julho Amarelo”, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras A, B, C, D (Delta) e E.

Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.

O Sistema Único de Saúde oferece tratamento para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado. Segundo o MS, a falta de conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.

Tina DeBord