Após intenso trabalho de investigação do setor de inteligência da Delegacia de Polícia Civil de Santana do Araguaia, no sul do Pará, equipes da Delegacia e da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários de Redenção (DECA/Redenção), também no sul do estado, chefiadas pelo delegado Diego Máximo, com o apoio da Polícia Militar, frustraram uma reunião entre grileiros de terras no início da noite de ontem (11) e levou seis líderes do movimento criminoso para a cadeia.
De acordo com o delegado Diego Máximo, a reunião seria para acertar os últimos detalhes da invasão da fazenda Ouro Verde, situada em Santana do Araguaia, que pertence ao espólio do ex-prefeito de Redenção, Carlo Iavé, falecido há poucas semanas vítima de Covid-19. Ainda segundo o delegado, mesma propriedade já foi invadida antes pelo mesmo grupo de infratores.
Os policiais chegaram ao local da reunião por volta de 18h30 quando o grupo estava se concentrando. Ao todo, seis pessoas foram presas e várias outras foram conduzidas até a Delegacia para prestarem esclarecimentos.
O delegado informa que, no local, foram encontradas diversas anotações contábeis, além de documentos referentes à “Associação dos Produtores Rurais de Santana do Araguaia”. “Antes de anunciar a prisão dos líderes do movimento, eu expliquei à todos os presentes que, apesar do falecimento do proprietário, as suas propriedades não são terras sem dono e que, por isso, qualquer invasão ou tentativa de invasão é crime e não será tolerada”, ressaltou Diego Máximo.
Ele acrescenta ainda que, a inteligência da Delegacia de Santana do Araguaia obteve também a informações de que uma advogada do estado de Goiás, que seria uma espécie de mentora da ação, participaria da reunião. No entanto, ela não estava presente no momento da operação e, por isso, não foi presa.
Já um candidato a vereador por Santana do Araguaia, que estava no local, foi preso em flagrante. A fiança será arbitrada no valor de cinco salários mínimos.
A operação contou com quatro viaturas e 12 policiais. Os acusados irão responder pelo crime de associação criminosa, com pena máxima de até três anos de prisão.
(Tina Santos)