Saiba mais detalhes sobre os caminhões gigantes da Vale

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Com capacidade para transportar até 400 toneladas, os veículos fora de estrada transportam 800 mil toneladas de terra por dia

Por Gustavo Poloni

Quem visita as minas de ferro da Vale em Carajás, no sudeste do Pará, tem a impressão de que está numa terra de gigantes. Nas ruas com o dobro da largura convencional, onde placas de sinalização e semáforos estão instalados a 10 metros de altura, circulam 105 caminhões fora de estrada. Quem se depara com um deles pela primeira vez fica impressionado. Com oito metros de altura, 15 metros de comprimento e rodas que têm o dobro do tamanho de uma pessoa, esses caminhões têm capacidade para transportar até 400 toneladas – o mesmo volume de um avião Boeing 747, que leva em média 415 pessoas. Em um dia, a frota movimenta 800 mil toneladas de carga, suficiente para encher o estádio do Maracanã em apenas 24 horas.

Um dos 105 caminhões fora de estrada em operação na Vale: capacidade para carregar até 800 mil toneladas de terra por dia

Na foto de Salviano Machado, um dos 105 caminhões fora de estrada em operação na Vale: capacidade para carregar até 800 mil toneladas de terra por dia

  • Um dos 105 caminhões fora de estrada em operação na Vale: capacidade para carregar até 800 mil toneladas de terra por dia   A operadora Ádila ao lado do pneu de um caminhão fora de estrada: carteira de habilitação só depois de arrumar trabalho na Vale  O caminhão fora de estrada, da Vale: 16 degraus para chegar à cabine do operador  Dentro da cabine do operador do caminhão fora de estrada é possível encontrar duas telas de computador: ajuda de câmeras para manobrar  Dois caminhões fora de estrada circulam pelas ruas da mina da Vale em Carajás: terra de gigantes  Em 2011, frota de caminhões fora de estrada vai ganhar reforço: aumento de 30% na capacidade diária de transporte  Depois de carregados, os caminhões fora de estrada abastecem os britadores da Vale: produção de 110 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano

O caminhão fora de estrada é um tipo de equipamento que só pode ser encontrado em lugares como as minas de ferro da Vale. Para entrar em um deles é preciso fazer esforço. A cabine do operador, como são chamados os 525 motoristas do caminhão, encontra-se no alto de uma íngreme escada de 16 degraus. Dentro dela, o conforto é total: banco ergométrico para não cansar o operador (e um improvisado para os caronas), ar-condicionado (num local onde a temperatura faz, em média, 32º Celsius) e duas telas de computador. Elas trazem dois tipos de informação: a primeira é a missão do dia. Ou seja, para qual frente de exploração o operador deve se dirigir. A segunda transmite imagens captadas por uma câmara instalada na parte traseira do veículo e que ajuda o operador a dirigi-lo.

À primeira vista, operar um caminhão fora de estrada não parece difícil. A direção é hidráulica, e o veículo é semi-automático – ou seja, não é preciso pisar na embreagem para trocar de marcha. A velocidade também não assusta: ele atinge apenas 40 quilômetros por hora. A dificuldade está nas dimensões. “A visibilidade é muito ruim”, diz Ádila de Oliveira, 23 anos, que é operadora de caminhão fora de estrada há três anos e que não tinha carteira de habilitação quando foi contratada para trabalhar na Vale. “Às vezes não dá para ver se tem alguma coisa perto do veículo”. O problema de visibilidade já resultou em acidentes. Em 2007, um trabalhador morreu ao ser atropelado por um caminhão fora de estrada dentro de uma mina.

Para evitar acidentes, a Vale tomou uma série de providências. As camionetes que circulam dentro da mina precisam ser munidas de equipamentos de segurança, como giroflex (a luz que fica piscando em cima de carros de polícia) e bandeirolas amarelas presas em hastes de 10 metros de altura e que têm pequenas lâmpadas nas pontas. O motivo? Ajudar os operadores de caminhões fora de estrada a visualizá-los nas ruas e, assim, evitar acidentes. Nos próximos meses, a empresa vai instalar sensores de distância nos caminhões, como aqueles que ajudam motoristas a estacionar seus carros. Tudo para que os operadores possam conduzir os caminhões fora de estrada com mais segurança.

A operadora Ádila ao lado do pneu de um caminhão fora de estrada: carteira de habilitação só depois de arrumar trabalho na Vale

Antes de entrar num caminhão fora de estrada, o operador passa por um treinamento. Além de aulas teóricas, o candidato é submetido a 16 horas dentro de um simulador. Com três telas e um cockpit que simula a cabine, ele lembra um videogame. O banco mexe de acordo com o terreno e a cada erro uma mensagem em vermelho aparece no meio da tela. O aspirante a operador precisa realizar tarefas, como carregar o caminhão. Para ser aprovado, a nota exigida é alta: 86% de acerto. “Além de ser o primeiro contato do operador com o veículo, o simulador ajuda a corrigir deficiências”, afirmou Thalisson Lopes, instrutor de equipamento de mina. “Se ele não sabe manobrar ou bascular ele passa por uma espécie de recuperação”.

Nos próximos meses, candidatos a operadores devem passar pelo teste do simulador. Isso porque a frota de caminhões fora de estrada na mina de Carajás vai ganhar reforços em 2011. A Vale anunciou em maio a compra de 14 novos equipamentos ao custo de US$ 100 milhões. Fabricados pela alemã Liebherr, eles têm capacidade para até 400 toneladas de carga e vinham sendo testados pela Vale desde o ano passado. Com a chegada dos novos caminhões, a capacidade de transporte de carga vai aumentar 20%, chegando a mais de 30 mil toneladas por dia.

Fonte:Site Economia Ig.com.br

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7 comentários em “Saiba mais detalhes sobre os caminhões gigantes da Vale

  1. david gabriel silva cruz Responder

    nossa gotei de conheçer um poulco desas maquinas fora de estrada lei todos os dias dt sobre eses caminhoes fora de setrada, eu tenho so 22 anos
    tem cnh categori ab
    vai fazer 3 anos agora em junio e ja vol trocar pra d ,
    mas com um obijetivo de um dia deus mi ajudar e eu ser um operador de caminhaõ fora de estrada.

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