Pará e Minas disputam “no tapa” trono da mineração em 2022

Estado do Sudeste segue com vantagem, mas diferença vem caindo de maneira que estado do Norte pode ultrapassá-lo a qualquer momento. Parauapebas, Canaã, Curionópolis e Marabá produzem juntos o correspondente a 85% de tudo o que MG movimenta ao longo do ano inteiro

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O Pará está afiando suas picaretas para tirar de Minas Gerais o título provisório de maior minerador do país em 2022. O estado do Sudeste, que ultrapassara o do Norte este ano, vinha impondo distância considerável, mas essa estrada diminuiu, segundo análise do Blog do Zé Dudu, que nesta quinta-feira (8) se debruçou sobre os números da Agência Nacional de Mineração (ANM) para checar a atividade mineral do país.

A distância de Minas para o Pará, que era de R$ 2 bilhões em julho, caiu para R$ 1,5 bilhão em agosto e pode encerrar 2022 com o proprietário de Carajás no topo da mineração brasileira pelo quarto ano consecutivo. Esse rali entre os estados deixa os produtores entusiasmados em tempos de minério de ferro ― principal produto de ambos os estados ― cotado abaixo de 100 dólares a tonelada e movimenta o setor mineral, que, como toda engenharia, é movido a números e rankings.

Minas produziu até agosto R$ 64,205 bilhões em recursos minerais, sendo que o carro-chefe dessa produção são o ferro (R$ 52,048 bilhões), o ouro (R$ 5,678 bilhões), o calcário dolomítico (R$ 1,146 bilhão) e o fosfato (R$ 1,142 bilhão). Em Minas, as bambambãs são a Vale (R$ 20,506 bilhões), a Reunidas (R$ 7,719 bilhões), a Anglo American (R$ 7,539 bilhões), a CSN (R$ 4,588 bilhões), a Kinross (R$ 2,978 bilhões), a AngloGold Ashanti (R$ 2,043 bilhões), a Usiminas (R$ 1,811 bilhão) e a Samarco (R$ 1,041 bilhão), embora haja outros cerca de 1.340 CNPJs de atuando no ramo.

O Pará, por seu turno, vem na cola com R$ 62,748 bilhões movimentados em recursos minerais, quase que totalmente por ferro (R$ 47,195 bilhões), cobre (R$ 6,989 bilhões), alumínio (R$ 3,68 bilhões) e ouro (R$ 3,49 bilhões). As mineradoras Vale (R$ 53,885 bilhões), Paragominas (R$ 1,545 bilhão), Rio do Norte (R$ 1,525 bilhão) e Fênix (R$ 1,116 bilhão) são as líderes do setor.

Cinturão “Pacacuma”

No Pará, quatro municípios juntos são quase suficientes para produzir tanto quanto o estado de Minas Gerais inteiro. O cinturão “Pacacuma” ― formado pelas iniciais dos municípios de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Marabá ― situado dentro do complexo minerador de Carajás movimentou, de janeiro a agosto deste ano, R$ 54,068 bilhões em recursos minerais, majoritariamente ferro e cobre. Esse valor corresponde, só para comparar, a 84,2% de tudo o que Minas produziu no período.

Os dois campeões nacionais, Parauapebas e Canaã dos Carajás, já movimentaram R$ 26,375 bilhões e R$ 21,16 bilhões respectivamente. Marabá, que é 7º maior produtor de minério de país, já rendeu R$ 5,374 bilhões, enquanto Curionópolis contribui com R$ 1,159 bilhão. Entre Marabá e Curionópolis estão ainda Itaituba (R$ 2,617 bilhões) e Paragominas (R$ 1,546 bilhão), com movimentação mineral bilionária.

3 comentários em “Pará e Minas disputam “no tapa” trono da mineração em 2022

  1. Misael Responder

    Nas nossas aulas os professores sempre recomendam “leia o blog do zedudu” devido os informes e dados da mineração bem elaborados por vocês!! Parabéns!!

  2. Misael Responder

    Gostei dos dados! Estou fazendo uma pesquisa na faculdade (curso de Geologia) sobre esse tema. Qual a fonte???

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