Em virtude da baixa procura, campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada no Pará

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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) prorrogou por mais duas semanas a campanha contra a influenza em todo o Pará, e alerta sobre a importância de os grupos indicados para a vacina procurarem os postos de saúde para receberem a dose. Até esta sexta-feira, 22, pouco mais de 575 mil residentes no Pará se vacinaram contra a doença, o que representa somente 38,88% da meta estabelecida. O objetivo é atingir 80% do grupo prioritário para a imunização, composto por 1.479.953 milhões de pessoas no Estado. A campanha no Pará está em vigor desde o dia 4 de maio.

Os dados estão ao alcance da consulta pública pelo site (http://sipni.datasus.gov.br/) do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, órgão responsável pela dispensação de vacinas para todas as regiões do País. Como a maioria dos Estados sequer atingiu a metade da meta é bem provável que haja prorrogação. Portanto, a Sespa aguarda notificação oficial do MS para as devidas providências.

“É importante que as pessoas procurem por um posto de saúde o quanto antes e não deixem para se vacinar nos últimos dias. A vacina demora cerca de 15 dias para fazer efeito”, alertou a coordenadora estadual de Imunização, Jaíra Ataíde, na ocasião de lançamento da campanha  no Pará, para a qual o Ministério da Saúde enviou 1.694.088 milhões de doses, que podem ser encontradas em 3.306 mil postos de vacinação fixos.

A vacina contra a gripe é indicada aos que fazem parte do grupo prioritário, ou seja, os que são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença: crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais.

A vacina contra a gripe é segura e evita o agravamento da doença, internações e, até mesmo, óbitos por influenza. Estudos demonstram que a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Todas as pessoas que fazem parte do grupo prioritário devem se dirigir aos postos de saúde com o cartão de vacinação. As pessoas com doenças crônicas devem apresentar também prescrição médica no ato da vacinação. Aqueles pacientes que já fazem parte de programas de controle das doenças crônicas do SUS, devem se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receber a vacina.

Após a aplicação da dose, podem ocorrer dor no local da injeção e o endurecimento leve da pele, manifestações que geralmente passam em 48 horas. A vacina é contraindicada a pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

As grávidas são um desafio à parte, já que formam um grupo mais receoso e resistente à campanha. “Não há perigo. Pode se imunizar em qualquer período gestacional”, recomenda Jaíra Ataíde, coordenadora estadual do Programa de Imunizações, ao lembrar que a vacina só é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastro-intestinais, dor muscular intensa e prostração.

Abaixo, o balanço atualizado sobre a cobertura vacinal no Estado e também em cada um dos grupos prioritários. Lembrando que esses dados são atualizados pelo Ministério da Saúde a cada hora do dia.

  • Crianças: cobertura vacinal está em 35,68%, com 237.499 doses aplicadas numa população de 665.562. Este total aplicadas refere-se a soma das doses administradas em crianças indígenas e não indígenas, de 6 meses a 4 anos.
  • Trabalhadores da Saúde: cobertura vacinal de 41,97%, com 47.278 doses aplicadas numa população de 112.644.
  • Gestantes: cobertura vacinal de 39,04%, com 40.713 doses aplicadas numa população de 104.287.
  • Puérperas: cobertura vacinal de 46,72%, com 8.008 doses aplicadas numa população de 17.139.
  • Indígenas: cobertura vacinal de 34,71%, com 10,709 doses aplicadas numa população de 30.851.
  • Idosos: cobertura vacinal de 42.08%, cm 231.210 doses aplicadas numa população de 549.470. O total de doses aplicadas refere-se à soma das doses administradas em pessoas de 60 anos e mais (idosos, profissionais de saúde e os indígenas).
  • Dados gerais: Pará com cobertura de 38,88% e 575.417 doses aplicadas numa população de 1.479.953.

Fonte: ASCOM – SESPA