Em meio a pressão, Saúde planeja destinar doses extras de vacina ao Pará

Depois de cobranças de Helder Barbalho, MS pretende acelerar a vacinação no Pará para tentar conter o avanço na nova cepa do coronavírus na região.

Continua depois da publicidade

O Ministério da Saúde planeja enviar doses extras de vacina contra à Covid-19 ao estado do Pará assim que o próximo lote estiver disponível. Auxiliares do ministro Eduardo Pazuello disseram que, assim como o Amazonas, o Pará também vai receber uma cota adicional de 5%, além da fração a que o estado tem direito.

No fim de janeiro, diante do aumento de casos de Covid-19  no país e do comprometimento do sistema de saúde dos estados, o Fórum dos Governadores e o ministério discutiram a criação de um fundo permanente de vacinas para socorrer as unidades da federação que enfrentam maior pressão. A proposta era a de fazer uma reserva de 5% de doses disponíveis para esses locais.

O ministério comandado por Pazuello pretende acelerar a vacinação no Pará para tentar conter o avanço na nova cepa do coronavírus na região.

A decisão da Saúde de destinar mais vacinas ao Pará acontece em meio a uma pressão do governador Helder Barbalho (MDB). Na terça-feira (9), ele enviou um ofício a Pazuello cobrando um quantitativo maior ao estado. No documento, Barbalho disse que o ministério ignora o impacto do colapso do Amazonas sobre o Pará.

“A região paraense do Baixo Amazonas foi, inicialmente, a mais afetada, e hoje enfrenta situação de lockdown, justificada, por exemplo, na disponibilidade limitada de leitos hospitalares, na dificuldade, em razão da distância e da necessidade de utilização de diferentes modais de transporte, de transferência de pacientes para outros hospitais estaduais e na circulação, já confirmada, da nova variante do coronavírus”, diz o texto.

O governador também afirma a Pazuello que o seu estado ocupa “a última colocação, em termos de percentual de doses recebidas por habitantes, entre todos os entes estaduais, tendo sido agraciado com quantidade suficiente para imunizar apenas 2,10% de sua população passível de ser vacinada”.

Por Thais Arbex, CNN