Morre, aos 67 anos, ex-deputado Haroldo Martins

Corpo será velado nesta quarta-feira, 7, no hall da Alepa. Presidente da Casa, deputado Daniel Santos, cancela sessão e decreta luto de três dias

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Por Hanny Amoras – de Belém

Faleceu na tarde desta terça-feira (6), em São Paulo, onde estava internado, o ex-deputado e médico Haroldo Martins (DEM), vítima de adenoma de paratireoide – um tumor que aumenta a concentração de cálcio no sangue e provoca uma série de problemas no organismo, desde a dificuldade de locomoção até a depressão.

Com a morte do parlamentar, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Daniel Santos (sem partido) decretou luto de três dias, cancelando a sessão desta quarta-feira (7) e a sessão itinerante marcada para ser realizada em Breves, no Marajó, na próxima quinta-feira (8), para render as últimas homenagens a Haroldo Martins, cujo corpo será velado no hall do Palácio Cabanagem.

Nascido em Cametá em 20 de maio de 1952, Haroldo foi vereador de Belém por dois mandatos (1993 a 2001), pelo então PMDB, e em seguida foi eleito para a Alepa, onde exerceu cinco mandatos. Durante o mandato do então deputado Mário Couto como presidente da Casa, Haroldo Martins foi o 1º secretário da Mesa Diretora. Ele vinha tentando retornar ao parlamento estadual, mas não conseguiu, ao obter 22.280 votos nas eleições de 2018.

O falecimento do político e médico, com atuação na área de ginecologia e obstetrícia, pegou de surpresa os amigos. O Blog do Zé Dudu conversou com o ex-presidente da Alepa, o também médico Márcio Miranda (DEM), que não conseguiu esconder a emoção pela despedida do amigo e colega de parlamento. “Ele estava bem, levando uma vida normal,” disse o demista.

Com filhos médicos, Haroldo Martins foi levado para São Paulo, para a retirada do tumor, mas entrou em coma após perder os sentidos. “É uma perda não só para a medicina, mas também para a política,” lamentou Márcio Miranda, que destacou a franqueza e a generosidade do colega, assim como a dedicação à medicina, profissão que jamais abandonou mesmo durante os mandatos parlamentares.

“Era até difícil falar com o Haroldo porque ele desligava o celular para atender os pacientes,” lembrou Márcio Miranda. E era na região do Baixo Tocantins onde o médico e político mais trabalhava, com atenção redobrada às pessoas que mais precisavam de cuidado à saúde. “E ele sempre cuidava muito da esposa dele, que passou por três AVCs,” revelou Miranda.