Grevistas de universidades federais não aceitam proposta do governo e prometem ampliar paralisação a partir desta semana

Ao todo, 31 instituições federais de ensino superior estão paradas. São 23 universidades, 7 institutos federais e um centro tecnológico. O movimento começou em 3 de abril
Sindicatos de professores e técnicos das universidades federais recusaram as propostas do governo e ampliarão a greve nas próximas semanas

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Em assembleia no final de semana, funcionários públicos da Educação Federal não aceitaram a proposta de reajuste salarial feita pelo governo, e prometeram ampliar a greve a partir desta segunda-feira (29). Segundo a direção do Comando de Greve, outras 12 instituições federais devem aderir à paralisação que se somarão com as 29 faculdades já paralisadas.

O Sindicatos de Professores e Técnicos das Universidades Federais, em comunicado, informou que a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a Ufba (Universidade Federal da Bahia) e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) vão aderir à paralisação.

Ao todo, 31 instituições federais de ensino superior estão paradas. São 23 universidades, 7 institutos federais e um centro tecnológico. O movimento começou em 3 de abril.

A decisão veio depois de assembleia realizada na sexta-feira (26). O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) declararam que não aceitarão o que foi proposto pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para encerrar as paralisações.

O governo tentou negociar com os profissionais um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e outro de 3,5% em maio de 2026.

“As propostas lançadas pelo governo foram largamente rejeitadas razão de que não há nenhuma perspectiva de estejamos no Orçamento de 2024 e porque as propostas de recomposição para os próximos anos estão muito aquém das expectativa que a categoria pleiteia, que é de 22,71% na recomposição das nossas perdes remuneratórias”, disse o presidente da Andes, Gustavo Seferian.

As associações sindicais também solicitaram uma reunião emergencial com os ministérios do Planejamento e Orçamento, da Fazenda e da Educação. Querem apresentar uma contraproposta até 3 de maio.

Ampliação do movimento grevista

Mapa da greve

Ao menos mais doze instituições federais devem iniciar a greve, prevista para ter início a partir do sábado (27), segundo a Andes. Serão 11 universidades e um instituto federal. De acordo com a entidade, outras paralisações ainda devem ser anunciadas.

Leia a lista:

O movimento, iniciado em 3 de abril, pede reestruturação da carreira, recomposição do orçamento da Educação e dos reajustes salariais da categoria.

Eis outras propostas:

• reajuste do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000;
• reajuste do auxílio-saúde per capita de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
• reajuste do auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90 e
• mudanças na progressão de carreira.

No Pará, aderiram ao movimento de paralisação:

• UFPA (Universidade Federal do Pará);
• Uniffespa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará);
• IFPA (instituto Federal do Pará).

* Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.