O pedreiro Ademar Jesus da Silva, que disse ter matado seis jovens em Luziânia (GO) em dezembro e janeiro, foi encontrado morto neste domingo na cela onde estava detido em Goiânia, segundo agentes da Polícia Civil. Silva foi preso no último dia 10 e indicou um local em uma região rural onde seis corpos estavam enterrados.
De acordo com a polícia, ele se enforcou em uma cela individual da Denarc (Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos). O corpo foi achado por volta das 13h e já foi removido por uma equipe do IML (Instituto Médico Legal). Técnicos devem fazer uma perícia no local.
Segundo a Polícia Civil, o pedreiro oferecia dinheiro para que os jovens, que tinham de 13 a 19 anos, o ajudassem no transporte de materiais de construção. Em um matagal, os rapazes eram mortos com golpes na cabeça. Os corpos ainda não foram identificados.
O pedreiro deu diferentes explicações para as mortes, chegou a dizer que recebia dinheiro para cometer os crimes.
OAB
Em nota divulgada na tarde deste domingo, o presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, afirmou que o sistema carcerário é "falho e desumano", o que "acaba estimulando o crime ao invés de proporcionar a recuperação do apenado. Agora não mais teremos uma só investigação sobre as circunstâncias que levaram um juiz a liberar um psicopata, mas outra para saber como esse psicopata, depois de assassinar seis garotos, morreu sob a vigilância do Estado", ressaltou o presidente da OAB na nota.
Para ele, são "duas falhas do Estado, que mais o aproximam da lei da selva do que da lei dos homens". Cavalcante disse ainda que "é hora de corrigir rumos sob pena de continuamos a assistir esse festival de omissão e de atentado contra a cidadania".
Fonte: Agência Folha
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