Dilma vem ao Pará

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A ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, confirmou, nesta segunda-feira (06), em Brasília, sua viagem ao Pará no segundo semestre, para fazer um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado e assinar o protocolo da obra da siderúrgica que a empresa Vale construirá em Marabá.

A ministra aceitou convite da governadora Ana Júlia Carepa, feito durante audiência no Centro Cultural Banco do Brasil, onde a ministra despacha provisoriamente.

A governadora tratou com a ministra sobre diversos assuntos relacionados ao Pará. Ana Júlia Carepa pediu mais recursos para combater os efeitos das chuvas e das enchentes que atingiram o Estado nos últimos meses, e sugeriu a Dilma Roussef uma visita ao Estado. A ministra aceitou o convite e definiu uma agenda ampla, da qual constam o balanço do PAC e a assinatura do protocolo, com a Vale, para a construção da siderúrgica.

Na ocasião, Ana Júlia Carepa também convidou a ministra para participar da procissão do Círio de Nazaré, em outubro. "Dilma se mostrou receptiva e declarou seu carinho pelo nosso Estado. A nossa expectativa é que a data da viagem seja marcada para, no máximo, daqui a três meses", informou a governadora.

Durante a reunião, a ministra destacou a importância do Pará para a Amazônia e para o restante do País, e comprometeu-se a buscar os recursos solicitados pela governadora. Dilma disse, ainda, que sua receptividade ao convite da governadora devia-se ao "enorme desejo" que tem de visitar novamente o Pará.

Desenvolvimento social – Outra audiência da governadora, que obteve excelente resultado, foi com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. Ana Júlia Carepa solicitou mais recursos para projetos que beneficiam a população mais carente do Estado e recebeu do ministro a garantia de que o Estado terá prioridade.

Segundo ela, além das enchentes que atingiram mais de 200 mil pessoas, a economia do Pará sofreu sérios abalos em decorrência da crise econômica internacional. A governadora também observou que, apesar dos esforços do Estado, ainda é necessário que o governo federal suplemente recursos, a fim de dar suporte às famílias de trabalhadores que ficaram desempregados após as ações de combate ao desmatamento ilegal.

Ana Júlia Carepa pediu ao ministro a liberação de recursos referentes ao pacto pelo Desenvolvimento Social, da Secretaria Nacional de Inclusão Produtiva, ao qual o governo do Pará aderiu no ano passado.

Patrus Ananias garantiu que, por sua importância estratégica, o Pará tem prioridade. Ele sugeriu uma reunião entre as equipes técnicas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e do governo paraense, para definir, nos próximos dias, um cronograma de trabalho e as principais ações para o Estado.

O ministro acrescentou que a madeira apreendida no Pará será doada pelo Ibama ao MDS, para que este faça um leilão destinado às ações de inclusão social, que beneficiarão a população dos municípios brasileiros, especialmente os paraenses. "Não podemos esquecer que a maior parte das ações da Operação Arco Verde estão no Pará. Assim, é natural que o Estado seja um dos que mais receberão os recursos", disse Patrus Ananias.

Assuntos estratégicos – Pela manhã, Ana Júlia Carepa reuniu-se com o ministro Extraordinário da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Daniel Vargas. Convidada pelo ministro – que substituiu Mangabeira Unger -, ela ouviu os planos da Secretaria e que são de interesse do Pará.

Vargas garantiu à governadora que, durante sua gestão, está preservada a defesa dos interesses do Pará e da Amazônia na SAE. Ela agradeceu e destacou a importância da Secretaria para a solução de graves e históricos problemas que atingem a Amazônia.

Sônia Zaghetto – SECOM