Defensoria da União fecha as portas no Pará por falta de estrutura básica

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Defensoria Pública da União (DPU) no Pará está há três dias de portas fechadas. O motivo para a interrupção das atividades: o órgão não tem estrutura básica para atendimento diário ao público. A ordem foi assinada no último dia 22 pelo defensor-geral da União no Pará, Anginaldo Oliveira Vieira, e começou a vigorar no dia 23. De acordo com a ordem de serviço, a interrupção das atividades foi necessária devido a condições precárias como falta de copos, papel higiênico, café, açúcar, papel toalha, sabão, itens de limpeza e outros produtos.

A precariedade, de acordo com a DPU, deve-se ao fato de que os contratos de copeiragem, limpeza e conservação com empresas terceirizadas não estão sendo executados. No documento, o defensor-geral informa que a unidade ficará fechada até que se restabeleçam as condições necessárias ao funcionamento do órgão. Enquanto isso, a DPU funcionará apenas em regime de plantão, para atender as demandas urgentes.

A ordem de serviço destaca a situação de abandono que se instalou no prédio com a falta de materiais básicos. Recentemente, para oferecer água a uma mulher que precisava tomar um medicamento, foi preciso improvisar um copo: “Uma senhora idosa, que procurou atendimento nessa repartição, precisou tomar água para ingerir um medicamento; foi improvisado um copo com uma folha de papel A4 (tipo ofício) dobrada em forma de cone”. De acordo com Anginaldo Oliveira, foi detectado que os servidores da Defensoria estavam se utilizando de jornais, por falta de papel higiênico.

Fonte: O Globo

4 comentários em “Defensoria da União fecha as portas no Pará por falta de estrutura básica

  1. Senna Responder

    Rídicula, pra não dizer indecente… A DPU não tem copos, não tem papel higênico, papel toalha… Por isso, para de atender o público.
    A situação parecida do que acontece aqui em Parauapebas, ao assumir o Governo do PSDB, o governo municipal do PT retirou todos os servidores dos órgãos estaduais. Pior para as escolas, pior para os estudantes… Já estamos em outubro, nós, gestores das escolas, vivemos da parceria local com o Secretário de Educação, Prof Raimundo Neto, que tem atendido nossos pleitos.
    Quero dizer aos servidores do DPU, que não é só copos, papel higênico, etc., que nos falta, são professores, servidores de apoio (Secretaria e serv gerais) e nem por isso paramos; a greve é por mais do que isso.
    Conta a responsabilidade desta categoria – profissionais da educação – o respeito ao público.
    Aos que atribuem a isso argumento para a Divisão do Pará, cobrem providências dos politicos que elegeram e parem com essa bobagem de atribuir culpa a outros… Cada qual assuma sua carapuça!
    O Pará tem que ser grande, não só em território, mas, pela grandeza do caráter de seu povo que, em última análise expressa a qualidade dos nossos representantes. Pelo que se vê é isso… Omissão.

  2. Nina Responder

    É nisto que penso quando falo sobre a falta de representatividade da região norte. O fechamento do núcleo da Defensoria Pública da União e a ordem judicial para que a PRF se instalasse na BR 155/PA 151, porque ninguém quer assumir a responsabilidade por ela, deixa evidente que para o governo federal o Pará é um zero absoluto, tanto que não se incomodam de dotar minimamente a sede da DPU que fica, pasme-se, em Belém, uma capital com mais de 1.300.000 hab. Por isto é que reafirmo: se a região norte não quiser continuar esquecida, precisamos dividir não só o Pará, mas também o Amazonas, para alcançarmos representatividade política suficiente para conseguir verbas e um pouco mais de atenção por parte do Governo Federal.
    Antes que me esqueça, para aqueles que vão insistir naquele argumento batido de que vai ser mais gasto para a União, vou repetir, com todo o respeito, o argumento do músico Sebastião Tapajós em uma entrevista recente que li e com o qual concordo totalmente: NÃO VÃO GASTAR MAIS DO QUE ROUBAM.

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