Com dois golaços no Mangueirão, Paysandu e Remo empatam e seguem na ponta do Parazão

Nicolas e Eduardo Ramos foram os autores das pinturas no clássico de n° 753 entre os rivais

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Paysandu Sport Club e Clube do Remo fizeram neste domingo (08/03), o clássico de n° 753 da história entre os rivais, o mais jogado do mundo, em jogo válido pela 7ª rodada do Campeonato Paraense de 2020. A partida terminou no empate, por 1 a 1, no Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém, o que deixou a dupla na liderança do Parazão com 16 pontos cada. O Papão saiu na frente em um belo gol do meia-atacante Nicolas, aos 18 minutos do 1° tempo. O Leão empatou em um golaço de falta do meia Eduardo Ramos, que acertou no ângulo, aos 34 minutos, e acordou a coruja da meta do goleiro Gabriel Leite.

O jogo: Tudo igual no Mangueirão e com direito a dois golaços!

O clássico Rei da Amazônia marcado para às 16h, teve que ser adiado em uma hora, devido a vistoria que ocorreu antes da bola rolar, já que uma queda de parte do reboco do setor B, preocupou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. A Federação Paraense de Futebol (FPF) comunicou aos clubes que o jogo passaria para às 17h, e logo a informação chegou aos torcedores que só tiveram acesso ao Estádio Mangueirão, às 15h50.

O que chamou a atenção do clássico e surpreendeu os torcedores nas arquibancadas foi na hora da entrada em campo. Em vez dos times masculinos, as equipes de futebol feminino de Paysandu e Remo, adentraram no gramado de jogo juntamente com o quinteto de arbitragem, e ficaram para as execuções do Hino Nacional Brasileiro e logo na sequência o Hino do Estado do Pará. Uma homenagem as mulheres no Dia Internacional da Mulher.

Com a bola rolando, apesar de vários desfalques, o Remo começou melhor a partida. Na primeira chance, Eduardo Ramos rolou no meio para Djalma, que soltou o pé e mandou para fora. No lance seguinte, Nininho cruzou, a zaga do Paysandu cortou errado e a bola sobrou para Lukinha, o chute foi por cima, mas assustou o goleiro bicolor. Quando chegou pela primeira vez, o Papão foi fatal. Vinícius Leite arrancou pela esquerda e cruzou para trás, o meia-atacante Nicolas dominou e acertou um belo chute, indefensável para o goleiro Vinícius, 1 a 0, aos 18 minutos.

O Leão não sentiu o gol e buscou o empate. Em dois chutes de fora da área, um de Eduardo Ramos e outro de Jackson, o goleiro Gabriel Leite defendeu com segurança. Mas na jogada seguinte, não teve jeito. O meia Lukinha foi parado com falta cometida por Anderson Uchôa. Eduardo Ramos cobrou e acertou o ângulo, um petardo que acordou a coruja, aos 34 minutos do 1° tempo, um golaço, deixando tudo igual no Mangueirão. O Remo quase virou logo em seguida, quando Lailson cruzou para Eduardo Ramos, que limpou a marcação e chutou, a bola passou com perigo a direita da meta bicolor.

No 2° tempo, os times produziram menos. O Paysandu teve uma grande chance com o lateral-direito Tony, que saiu cortando toda a defesa remista, mas errou na finalização e mandou um chute cruzado para fora. Quem teve a melhor oportunidade de vencer o clássico foi o Leão. Djalma ganhou pelo meio e tocou para Wesley, que de primeira encontrou Eduardo Ramos na direita, o meia entrou na área e soltou o pé, a bola tirou a tinta da trave defendida por Gabriel Leite.

A chuva chegou forte e deixou o gramado pesado. Em um contra-ataque bicolor, o volante Lailson do Remo puxou Nicolas e o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, do Rio de Janeiro, expulsou o atleta remista com cartão vermelho direto, aos 39 minutos. Com um jogador a menos, o Leão se defendeu no final da partida. A última chance de gol foi dos bicolores, quando Luiz Felipe lançou para dentro da área e Alex Maranhão de frente para o crime, pegou errado na bola e mandou para fora. Placar final: Paysandu 1 x 1 Remo.

Por Fábio Relvas / Foto: Jorge Luiz