Cheias deste ano deram prejuízo de pelo menos R$ 1,1 milhão a Marabá

Montante não abarca prejuízo daqueles que perderam seus bens nas enchentes. Números da prefeitura local apontam que 340 famílias foram afetadas quando Rio Tocantins passou de 10m

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A cidade onde mais chove na região de Carajás, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), teve de desembolsar muito mais de R$ 1 milhão, às pressas, para socorrer pessoas que ficaram desabrigadas em decorrência das cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas no inverno deste ano. A conta do Blog do Zé Dudu leva em conta apenas três processos de dispensa de licitação, dois dos quais a Prefeitura de Marabá acaba de encaminhar ao mural do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

A primeira aquisição, no valor de R$ 296 mil (veja aqui), foi para comprar lanches com vistas a atender a equipes de apoio da Defesa Civil e das Forças Armadas que prestaram serviços de mudança e relocação das famílias atingidas pela elevação dos rios, conforme decreto da Prefeitura de Marabá datado de 4 de março deste ano. Salgados, sanduíches, pizzas, refrigerantes e água mineral constam da lista de itens.

Já a licitação para construção de abrigos foi dividida em duas: uma menor, no valor de aproximadamente R$ 70 mil (veja aqui), e outra maior, ao custo de R$ 815 mil (veja aqui). Ambas tinham em vista instalar as 340 famílias contabilizadas pelo governo local como desabrigadas por conta das cheias. Ao todo, 1.240 habitantes dos núcleos Velha Marabá, Nova Marabá, Cidade Nova e São Félix foram afetados quando o Rio Tocantins chegou a 10,26 metros acima do nível normal. Muitas delas tiveram significativas perdas materiais.

A conta é, sabidamente, muito maior, já que a Prefeitura de Marabá também teve de gastar com itens de primeira necessidade para dar suporte provisório às famílias desalojadas e, talvez, ainda não tenha encaminhado os respectivos processos licitatórios ao TCM. No ano passado, de acordo com levantamento prévio do Blog, o governo de Tião Miranda gastou quase R$ 3 milhões durante a enchente, tendo comprado cestas básicas, colchões, entre outros itens.