Caso Ana Karina : oitiva de testemunhas

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Durante todo o dia de ontem (09), no Fórum da Comarca de Parauapebas, foram ouvidas as testemunhas do caso Ana Karina. A oitiva foi presidida pelo MM juiz da Vara Penal Dr. Líbio Araújo Moura. Novamente os acusados Alessandro Camilo, Minêgo e Magrão não foram se fizeram presentes.Houve acordo entre defesa e acusação que não haveria prejuízo processual pela ausência dos réus que estavam representados por seus advogados.

Foram ouvidas as seguintes testemunhas:
Major Juniso Honorato e Silva – relatou que presenciou o depoimento de Alessandro Camilo de Lima quando o mesmo confessou ter assassinado Ana Karina e não levantou nenhum fato novo senão os já relatados. Durante o relato do depoente major Juniso a acusada Grasiela Barros passou mal e foi conduzida até um Hospital pelo Corpo de Bombeiros atendendo a solicitação do juiz.

Soldado PM Francisco da Silva Sousa – relatou que acompanhou a diligência para prender o acusado Magrão e que esteve no suposto local do assassinato onde foram recolhidos os projéteis; que foi Magrão quem indicou o local exato onde foram efetuados os disparos.

Jaime Martins Oliveira – relatou que é proprietário de um bar próximo a casa onde reside Alessandro Camilo; que o conhece há oito anos.

Pedro Francisco Sousa de Macedo – relatou que por conta de discussão que teve com outro cidadão e deste ter sofrido ameaças, recebeu uma arma calibre 380 de um amigo e que esta arma foi posteriormente trocada por outra pois não sabia usá-la; que soube depois que a pistola teria sido usada na morte de Ana Karina.

Marklene de Araújo da Silva – apenas ratificou o depoimento de Pedro Francisco Sousa de Macedo acrescentando alguns detalhes.

Paulo de Tarso Bandeira Pinheiro – relatou que conhece Minêgo e que o viu na Palmares II; que o encontrou e viu trabalhando entre os dias 8 e 11 de maio pois estava na casa de uma amiga que mora próxima ao local onde Minêgo tem uma pocilga.

Matusalém Antônio Davi Lopes Ferreira de Melo -  relatou que trabalhou com Minêgo;  contou detalhes do dia 10 de maio que teria passado trabalhando com Minêgo até às 18 horas.

Luzia Maria da Silva Soares – relatou que é proprietária de um bar próximo à pocilga de Minêgo e que o mesmo comprava leite dela; que Minêgo esteve em seu bar no dia 10 de maio até por volta das 21:30 horas em companhia de seu filho.

Taffarel da Silva Neia – relatou que é filho de D. Sônia, dona do Bar e que esteve com Minêgo até às 22 horas do dia 10 de maio.

Adeibson Amorim de Sousa – relatou que é neto de D. Sonia e ratificou o depoimento da mesma confirmando que Minêgo esteva no bar até aproximadamente 21:30 horas do dia 10 de maio.

Valquíria Duarte de Moraes – relatou que é proprietária de um açougue na vila Palmares desde maio de 2009; que mantém negociação de compra e venda de gado com o acusado Minêgo; que no dia 09 de maio do ano em curso negociou com Minêgo dois bois carreiros; que ficou acertado com seu marido Ronaldo que os bois seriam mortos no dia 10; que seu marido saiu para matar os bois por volta das 16:00 horas; que soube por Ronaldo que os bois haviam fugido e foi necessário procurá-los; que os bois foram encontrados em outro lote; que os dois bois foram mortos no dia 10; que seu marido chegou por volta das 22:00 horas com um dos bois numa saveiro; que Minêgo apareceu logo em seguida para verificar a pesagem do gado; que como viu que tinha apenas um boi Minêgo voltou para apanhar o outro.

Odorico de Almeida Lima Neto (Rambo) – relatou que é investigador de Polícia lotado na 20ª Seccional de Parauapebas; que esteve no local onde os disparos contra Ana Karina aconteceram; que quem conduziu a diligência ao local foi Magrão; que teve contato com Minêgo antes da prisão, enquanto ele estava preso e durante o interrogatório policial; que Minêgo fora preso por porte de arma numa sexta-feira durante a tarde; que Minêgo contara que fora acionado por Grasiela para lhe dar apoio; que lembra que Grasiela acionou Minêgo depois de ter saído pelos fundos da DEPOL; que Graziela e Minêgo se encontraram, segundo ele, no Posto Chagas e ela pediu a Minêgo que a levasse ate Curionópolis para se encontrar com Alessandro; que foi no trajeto que Grasiela relatou os acontecimentos; que Magrão negou participação de Minêgo no fato; que durante a conversa no sábado a tarde, na presença do Promotor de Justiça Dr. Januário, o acusado Minêgo atribuiu a autoria do assassinato de Ana Karina à Alessandro e Magrão; que a declaração de Minêgo além da presença do Promotor está gravada em vídeo; que havia sido no trajeto a Curionópolis que Grasiela relatara como o crime havia sido executado à Minêgo; que o depoente não presenciou qualquer tipo de coação ao acusado Alessandro quando de sua confissão no quartel da PM; que no trajeto a Curionópolis Grasiela teria ligado para sua irmã Ágda esconder ou pegar uma arma de fogo que estava na casa de Alessandro; que o acusado Minêgo relatara que a advogada Betânia teria sumido com o carro de Alessandro para acabar com os vestígios; que Graziela falou à Minêgo que o fato jamais seria descoberto pois o corpo fora jogado no rio, no momento em que relatou a história do tambor; que não ouviu qualquer outra versão sobre o desaparecimento do corpo; que ouviu de um comandante dos bombeiros que o corpo não teria sido jogado no local.

Terminada as oitivas das testemunhas, o MM juiz Dr. Líbio de Araújo Moura marcou nova audiência de instrução para o dia 09 de fevereiro de 2011, às 10:00 horas visando oitiva das testemunhas de defesa José Silva Oliveira e Paulino Silva Costa. Para a mesma data foi marcado o interrogatório dos réus Alessandro Camilo de Lima, Florentino de Sousa Rodrigues (Minêgo), Francisco de Assis Dias (Magrão), Grasilea Barros de Almeida e Pedro Ribeiro Lordeiro, sendo que os réus presos deverão ser apresentados pela autoridade carcerária.

O defensor da acusada Grasiela Barros apresentou declaração médica alegando que a mesma encontrava-se sem condições físicas para participar da oitiva. Por volta das 15 horas a acusada recebeu alta médica depois de ter sido medicada mas não retornou ao Fórum.

Com informações do site do TJPA

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