Zimmer pede maior segurança ao interior e revela falta de delegados em Goianésia e Nova Ipixuna.

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A falta de segurança pública no estado do Pará foi o tema do pronunciamento do deputado Milton Zimmer esta semana em sessão no plenário da Assembleia Legislativa (Alepa).

Durante o discurso, Zimmer criticou a postura do atual governo por não ter tomado providências para reforçar a segurança na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, região metropolitana de Belém, onde uma menor de 14 anos foi estuprada, e completou: “Segundo informações do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado, Carlos Esdras, o governador e a Susipe sabiam da fragilidade do sistema penal e sobre a liberdade que os presos tinham. Não entendo porque não agiram para combater os abusos cometidos no local”.

Com base política no sul e sudeste do Pará, o deputado revelou ainda a insegurança em que vivem as cidades de Goianésia e Nova Ipixuna do Pará, ambas não possuem delegados de polícia civil.

“ Mesmo depois dos assassinatos dos ambientalistas em Nova Ipixuna, a população continua sem delegado. Quando ocorre um crime o delegado de Jacundá é acionado. Da mesma forma acontece em Goianésia”, afirmou.

Zimmer chamou a atenção da secretaria de segurança pública para reforçar urgentemente o policiamento em Nova Ipixuna e mais uma vez revelou “lá existem quatro pessoas marcadas para morrer e o Estado precisa agir rápido”.

Preocupado com a realidade desses municípios que sofrem com a ausência de políticas de segurança pública, o parlamentar se comprometeu a realizar um levantamento para identificar o número de cidades que não dispõem de delegados de polícia civil.

 O deputado disse ainda que a distribuição do efetivo de policiais para garantir segurança no Estado continua desproporcional.

 Com base em levantamentos feitos pelo economista Célio Costa, responsável pelo estudo de criação do Estado de Carajás, Zimmer apresentou números que mostram a disparidade envolvendo os investimentos no contingente policial na capital e em especial na região de Carajás.

“Na região de Carajás existe pouco mais de 2.000 policiais, o que representa um policial para cada grupo de 776 habitantes. Um déficit de 1.115 policiais. Em Belém, o efetivo passa dos 6.500 policiais para atender um grupo de 207 habitantes”, destacou.

Ao finalizar o discurso, disse que não é contra os investimentos de policiais na capital, mas pediu que as políticas de segurança cheguem  ao interior do Estado. “Os mais de 1 milhão e 500 mil moradores da região precisam ter proteção, garantida pela constituição”, ressaltou.

Por Assessoria de imprensa do deputado