A Vale deve fechar este ano com investimentos entre US$ 8 bilhões e US$ 8,5 bilhões, seguindo as previsões do mercado, segundo apresentação realizada ontem (5) pela mineradora na BM&FBovespa. Após investir US$ 4,3 bilhões no primeiro semestre, a companhia prevê aportes de US$ 4 bilhões entre julho e dezembro deste ano.
O diretor-executivo de finanças da Vale, Luciano Siani, disse, na apresentação, que os investimentos de capital e correntes vêm sendo reduzido, o que ocorre à medida em que a empresa completa seu ciclo de investimentos.
Segundo ele, a Vale busca reduzir ainda mais o investimento com base em redução estrutural, mudança no escopo de projetos e reduções resultantes da desvalorização do real frente ao dólar.
A previsão inicial da companhia, divulgada no fim do ano passado, era investir US$ 10,2 bilhões este ano. Porém o número foi reduzido e, em meados de 2015, a empresa já trabalhava com uma projeção de cerca de US$ 9 bilhões. A redução potencial de US$ 10,2 para até US$ 8 bilhões é de 21,6%.
A Vale tem cerca de 75% de seu orçamento de investimentos em reais, o que faz com que esses gastos estejam sujeitos à variação cambial. Quando há desvalorização do real frente ao dólar, o investimento da Vale em moeda americana é reduzido.
O orçamento de investimentos da Vale para 2015 foi preparado com uma taxa de câmbio de R$ 2,60 por dólar. Mas em um cenário com a taxa a R$ 3 por dólar, o investimento cairia para US$ 9,2 bilhões, e com taxa de R$ 3,50 por dólar, o número iria para US$ 8,2 bilhões.
Na visão de fontes no mercado, a Vale pode fechar o ano com um investimento na faixa de US$ 7 bilhões. Em 2014, a empresa investiu US$ 12 bilhões e em 2013, US$ 14 bilhões.
Com o preço da commodity em baixa e com compromissos de pagamentos de dividendos de US$ 2 bilhões aos acionistas este ano, a Vale buscou formas de tornar o investimento mais eficiente, uma vez que ainda tem grandes projetos para concluir até 2016, incluindo o S11D, na Serra Sul de Carajás (PA), e o projeto de carvão de Moatize, em Moçambique, na África. Com informações do Valor Econômico.