Parauapebas: violência contra mulher é tema de debate

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Mulheres pobres, ricas, brancas, mulatas, negras, ruivas têm uma coisa em comum: todas elas já sofreram; sofrem neste exato momento ou vão sofrer daqui a cinco minutos violência por parte de seus companheiros ou maridos. De 100 delas que sofrem violência, 70 casos foram em suas próprias casas. No Brasil, a cada cinco minutos uma mulher sofre violência do companheiro. Algumas insistem no erro e não denunciam o agressor. Os vizinhos denunciando, os homens violentos acabam sendo punidos com base na Lei Maria da Penha, mesmo que a mulher que sofreu a violência não o denuncie.

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Para tratar deste assunto foi realizado nesta quarta-feira na Câmara de Vereadores o 22º Encontro da Mulher de Parauapebas – Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A iniciativa foi da Prefeitura Municipal de Parauapebas / Secretaria da Mulher, por intermédio do Centro de Referência para a Mulher e do Conselho Municipal da Mulher, com o apoio do poder judiciário local.

Pela manhã houve a palestra da desembargadora Maria de Nazaré Savavedra, presidente da Comissão de Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Pará. À tarde, duas técnicas do TJ– PA, Riane e Elis Maria, também abordaram o assunto e fizeram esclarecimentos de interesse das mulheres. A abertura do evento contou com a participação do juiz Líbio Araújo Moura, da 3ª Vara da Justiça Federal e da Dra. Eliane Salgado, juíza da 2ª Vara, além de representantes dos poderes Executivo e Legislativo.

O objetivo do seminário foi discutir as alternativas de combate à violência contra a mulher, conhecer as novidades da Lei Maria da Penha (que pune com mais rigor os agressores). “A ideia foi promover um seminário para troca de informações entre a secretaria da Mulher, o Tribunal de Justiça do Pará, a comunidade jurídica e a comunidade em geral de Parauapebas”, afirmou a secretária da Mulher do município, Joelma de Moura Leite (foto). Segundo ela, não há uma estatística exata sobre a violência doméstica contra a mulher, mas a violência é crescente. “Nós sabemos que a violência contra a mulher é crescente, mas reconhecemos que a maioria das vítimas não tem maturidade e não se sente preparada para denunciar o agressor”, destacou Joelma, que deixa o cargo dia 31 de março e será substituída pela secretária adjunta, Daniela Marisa Costa.

Para a vice-presidente do Conselho da Mulher de Parauapebas, Síndima Pinto, “o seminário é importante para conscientizar as pessoas sobre o combate à violência doméstica e reconhecemos que as mulheres estão mais conscientes sobre o assunto”. Segundo ela, quem quiser denunciar é só ligar no número 180.

Desde quando foi implantado em 8 de março de 2000, o Centro de Referência da Mulher de Parauapebas realizou mais de 3 mil atendimentos jurídicos, psicológicos e sociais. “Prestamos esclarecimentos sobre separação, cesta básica, atendimento médico e, dependendo do caso damos encaminhamento para os órgãos competentes”, informou a psicóloga Heloísa Costa (foto abaixo), do Centro da Referência da Mulher de Parauapebas.

Segundo ela, até o final do ano deverá ser inaugurada a Delegacia da Mulher (atrás do prédio da Defensoria da Mulher no bairro Novo Horizonte), onde se concentrarão todos os órgãos competentes para atendimento à mulher. “Isso vai facilitar a vida de todos”, destacou, lembrando que hoje não há uma estatística oficial sobre os casos de violência contra mulher no município.

Por Lima Rodrigues, de Parauapebas

4 comentários em “Parauapebas: violência contra mulher é tema de debate

  1. M.J.A. Responder

    O estuprador Jurandir Bekão voltou. Agora tem duas portarias, é secretário de administração e interino chefe de governo. Um prêmio que o prefeito Itamar deu pelo desempenho do filhinho garanhão. Mas a farra está com os dias contados. Pela justiça vai até 08 de março. Pela Câmara pode até ser antes.

  2. Mulher de fé - Canaã dos Carajás Responder

    Onde está o Inquérito que investigou o ESTRUPO DO SR. JURANDIR?

    CADÊ O INQUÉRITO DRA. PROMOTORA?

    SERÁ QUE O ESTRUPADOR AINDA VAI FALAR DE TODAS AS MULHERES DE CANAÂ?

    SEI QUE A JUSTIÇA SABE DE TUDO E ESPERO QUE ELA TOME PROVIDÊNCIAS.

  3. Mulher de fé - Canaã dos Carajás Responder

    Hoje, em Parauapebas, estão discutindo os direitos das mulheres, ou melhor, o sofrimento de muitas mulheres neste Pará sem lei.

    Em Canaã dos Carajás, um estrupador protegido pelo prefeito ITAMAR ainda vai nas rádios da região para falar o que quer e o que não quer contra as mulheres.

    DRA. PROMOTORA DE JUSTIÇA, QUEREMOS JUSTIÇA, SABEMOS QUE A SENHORA GOSTA DE JUSTIÇA, ENTÃO FAÇA JUSTIÇA.

  4. tamá Responder

    Já em Canaã dos Carajás a violência contra a mulher é institucionalizada. Numa afronta à sociedade canaense, o prefeito Itamar reconduziu seu secretário de gestão e planejamento ao cargo. Jurandir, acusado do crime de estupro, acumula também a chefia de governo.
    A coragem da vítima em denunciar o marginal pode servir de exemplo para que outras vítimas se manifeste.
    Na cidade todo mundo sabe que se Jurandir for preso outras mulheres vítimas do crápula se apresentarão.
    Parabéns Joelma pela iniciativa.
    Reage Canaã.

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