Parauapebas: Médica é presa acusada de participação em execução de funcionário da Vale

O primeiro a ser preso por esse crime, em maio deste ano, foi o policial militar Denis da Conceição Matos, acusado de ser o executor do crime de pistolagem. O crime ocorreu em novembro de 2021

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A Polícia Civil de Parauapebas prendeu, na manhã desta terça-feira (4), a médica Raijane Martins Barbosa Loras, em cumprimento de Mandado de Prisão Preventiva, expedido pela 2ª Vara Criminal do Fórum do município, por homicídio qualificado. Ela é acusada de envolvimento na execução de Cleyton Jorge de Sousa Perote em 27 de novembro de 2021, crime pelo qual foi preso, no dia 3 de maio deste ano, o policial militar Denis da Conceição Matos.

Cleyton Jorge Perote, então com 35 anos de idade, era funcionário da mineradora Vale e, no dia em que foi assassinado, chegava ao ponto de ônibus, no Bairro Cidade Jardim, onde aguardava com seus colegas a condução que os levaria ao Projeto Salobo.

Em nota ao Blog, a defesa de Raijane Loras afirmou que a médica sempre se colocou à disposição da polícia quando requisitada. Confira a íntegra da nota:

Raijane Loras é reconhecida profissional na região de Parauapebas, sendo médica há mais de 15 anos na cidade, onde mora com seu marido e um dos seus filhos.

Os fatos investigados são de 2021 e a médica sempre se colocou à disposição perante a Autoridade Policial, tendo inclusive se apresentado espontaneamente na Delegacia para prestar esclarecimento e comparecido quando foi chamada.

Por conta disso, solicitamos ao juiz do processo e à autoridade policial o acesso completo à investigação, pois existem documentos e informações que ainda não foram entregues para a defesa.

Com relação à prisão, ela possui todos os requisitos para se defender e esclarecer os fatos em liberdade, por isso, aguardamos e confiamos que o judiciário poderá reavaliar esta questão.
Lucas Sá
Advogado criminalista da médica Raijane Loras

Denis da Conceição Matos

Sobre o crime

Por volta das 4h da madrugada, a vítima se aproximava do local quando surgiu uma motocicleta com dois ocupantes; o da garupa, identificado durante as investigações como o cabo Denis, disparou duas vezes contra a cabeça de Cleyton.

Um ano e meio após o início das investigações, o policial militar foi preso, acusado do crime de pistolagem, e por ter disparado, nos dias 20 e 23 de abril, contra a residência da autoridade judiciária responsável pelo caso. Desse modo, responde também pelos crimes de tentativa de homicídio e coação no curso do processo.

(Caetano Silva)