Parauapebas: Homem mata companheira, avisa a família dela e leva tudo o que tinha na casa

Nanda havia sido espancada por ele, decidiu sair de casa, levou os filhos para Bragança e voltou apenas para vender os bens que havia deixado na casa do casal, mas foi vítima de feminicídio

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A Polícia Civil em Parauapebas procura Rosemiro Quaresma, assassino confesso da ex-companheira Fernanda Valéria dos Santos Ribeiro, 30 anos, natural de Augusto Corrêa (PA), também conhecida como Nanda. O crime ocorreu provavelmente na madrugada desta, quarta-feira, dia 15. Após matar a mulher por estrangulamento, ele ligou, por volta das 3h, para uma irmã dela, que mora em Bragança, e disse que a havia assassinado, que corpo estava na casa em que moravam, na Rua Jade, no Bairro Morada Nova, e que ela comunicasse à polícia.

E mais: demonstrando total frieza, Quaresma disse ainda para a ex-cunhada, que havia deixado o ar-condicionado ligado para conservar o corpo antes da chegada do IML. O assassino também levou tudo o que havia na casa, à exceção da cama em que Fernanda foi morta.

Vizinhos o viram sair com móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utensílios de cozinha, em uma carrocinha puxada por uma moto, mas imaginaram que o casal estava mudando de residência. Por isso, não desconfiaram que no quarto da casa estava o cadáver da mulher.

Em conversa com o perito Luiz Silva a Reportagem do Blog do Zé Dudu obteve as informações de que o corpo já está rígido e com odor. Por isso, o técnico acredita-se que ela tenha sido morta há mais de 24 horas e não nesta madrugada, provavelmente, por estrangulamento

A irmã de Fernanda Valéria, que conversou pelo WhatsApp com a Reportagem, mas pediu para ter a identidade preservada, disse que, recentemente, a mulher foi espancada por Quaresma e resolveu abandoná-lo. Viajou para Bragança a fim de deixar os filhos e voltar a Parauapebas para vender o que havia na casa e depois voltaria. De acordo com a irmã, ela foi desaconselhada a fazer a viagem, mas insistiu em voltar a Parauapebas. Foi a última viagem que ela fez em vida.

(Caetano Silva)