MT e PA: exército planeja perícia na divisa

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Rafael Costa – Do Jornal A Gazeta

A Diretoria do Serviço Geográfico do Exército Brasileiro promete apresentar no prazo máximo de 10 dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) o planejamento do início da perícia que tenta pôr fim ao impasse na divisa de Mato Grosso com o Pará. O trabalho de análise tem a finalidade de delimitar novamente a área na fronteira, que trata do domínio de cerca de 2,4 milhões de hectares situados no extremo norte do Estado exatamente na divisa com os paraenses.

Uma ação ordinária tramita na Suprema Corte cujo relator é o ministro Marco Aurélio de Mello, que em recente decisão monocrática deferiu o pedido de vista solicitado pelo Exército para formulação de perícia na área territorial que é alvo de discórdia de paraenses e mato-grossenses.

O Governo do Estado reivindica uma faixa territorial que pertence atualmente aos municípios de Jacareacanga, Novo Progresso, Altamira, São Félix do Xingu, Cumaru do Norte e Santana do Araguaia. Somadas a área atual de Mato Grosso (980 mil km2) e a área em litígio entre MT-PA (240 mil km2), o Estado passaria a ter 1 milhão e 200 mil km2.

Na próxima semana, o procurador-geral Dorgival Veras de Carvalho estará em Brasília para uma visita ao general Pedro Ronalt Vieira, diretor do Serviço Geográfico do Exército. Em sua opinião, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) errou na demarcação territorial dos dois Estados.

"O Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon discordou do mapa original dizendo que o limite de Mato Grosso com o sul do Pará não é aquele que está delimitado no mapa do IBGE estando um pouco mais acima, sendo que foi trocado o Salto de Sete Quedas por Cachoeira das Sete Quedas. Com isso, Mato Grosso perdeu uma área de dois milhões de hectares", argumenta

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