Marabá: Escolas municipais iniciaram aulas on-line nesta terça-feira, 1º de dezembro

Na última sexta-feira (27), a Semed deu formação aos professores para instrumentalizá-los sobre como trabalhar com a plataforma própria, criada para essa modalidade de ensino emergencial

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A Secretaria Municipal de Educação (Semed) está trabalhando para garantir o ensino-aprendizagem dos 54 mil alunos da rede municipal de ensino, que estão vivenciando um ano letivo diferenciado por conta da pandemia do novo coronavírus. Neste contexto, o ano letivo deve se estender até março de 2021, tanto para a zona urbana quanto para a zona rural, seguindo o modelo remoto emergencial, que em Marabá está organizado em duas modalidades: atividades não presenciais, desenvolvidas desde o mês de outubro, e aulas on-line.

As aulas on-line nas escolas municipais iniciaram nesta terça-feira, 1º de dezembro. Na última sexta-feira (27 de novembro), a Semed deu formação aos professores para instrumentalizá-los sobre como trabalhar com a plataforma própria, criada para essa modalidade de ensino emergencial. O diretor de Ensino Urbano Fábio Rogério Gomes explica que, desde a suspensão das aulas presenciais, em 19 de março, os professores da rede passaram a trabalhar remotamente na elaboração e produção de atividades não presenciais sob a orientação da secretaria. O material produzido passou a ser entregue aos alunos em outubro, quando as aulas retornaram de forma remota.

“Os professores produziram quatro blocos de atividades não presenciais que encerram dia 10 de dezembro. Dia 11 de dezembro, a rede de ensino inicia o quinto e sexto bloco de atividades não presenciais, que deverá se estender até o dia 31 de dezembro. Paralelamente a essas atividades não presenciais, também foram autorizadas, pelo Conselho Municipal de Educação, as aulas no formato on-line”, informa o diretor.

Com essa organização, a Semed prevê para abril de 2021 o início do próximo ano letivo. No entanto, Fábio ressalta que ainda não é possível assegurar se haverá o retorno das aulas presenciais. “E assim nós seguiremos com atividades não presenciais e aulas on-line possivelmente até o mês de março. A secretaria apresentou uma proposta de calendário escolar, em que os diretores apreciaram três propostas e escolheram uma. Essa proposta [escolhida] segue para o trâmite do Conselho Municipal de Educação, que deverá aprovar e homologar”, explica Fábio Rogério Gomes.

Desafio

Em relação ao alcance do ensino remoto aos alunos, o diretor de Ensino diz entender que é um desafio para todos e que a Semed, junto com as escolas, busca evitar a evasão escolar. O uso da tecnologia tem sido uma das principais ferramentas utilizadas pelos professores para manter contato com os alunos, seja por meio de telefones, aplicativos, plataformas e redes sociais. Outra forma utilizada pela Semed, em parceria com a Fundação Vale, é o projeto “Territórios em Rede” que faz buscas ativas dos alunos.

“As escolas enviam para a secretaria de educação a relação nominal das crianças que não conseguiram contato. A gente passa os endereços dos familiares dessas crianças aos articuladores do programa, que vão pessoalmente em busca dessa criança. E isso têm surtido efeito positivo”, afirma Fábio Rogério.

Para o Departamento de Ensino Urbano da Semed, é importante que a sociedade esteja a par de todo o movimento articulado e desenvolvido, para que os pais possam contribuir com a educação escolar dos filhos. “É preciso que os pais adquiram e fortaleçam a consciência de que a criança precisa estudar em casa. De que é preciso ter um horário de estudo, um horário pra dar conta das suas atividades escolares. Os professores recebem essas atividades e avaliam o interesse da criança, se de fato recebeu a atividade, o esforço da criança. A ideia é criar um movimento que contribua para minorar os prejuízos na aprendizagem da criança, já que esse movimento é novo para todo mundo”, finaliza.