No difícil ano da pandemia do coronavírus, as 27 Unidades da Federação do país desembolsaram cerca de R$ 70,5 bilhões na saúde pública da população, no período entre janeiro e agosto deste ano. E o Pará, que até 2019 era um dos três que menos investiam no setor, saiu da lanterna e agora aplica R$ 257,87 por habitante. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou a prestação de contas dos estados e do Distrito Federal e apurou quanto cada um deles aplicou em um dos serviços mais essenciais à vida.
O Governo do Pará tirou da carteira R$ 2,241 bilhões para custear a saúde dos paraenses. É o 11º maior volume de recursos do ranking, atrás apenas das despesas liquidadas pelos estados de São Paulo (R$ 17,721 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,179 bilhões), Bahia (R$ 4,981 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 4,184 bilhões), Pernambuco (R$ 4,112 bilhões), Paraná (R$ 3,178 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 3,067 bilhões), Goiás (R$ 2,814 bilhões), Ceará (R$ 2,556 bilhões) e Santa Catarina (R$ 2,476 bilhões).
Mas quando os gastos são pulverizados pela quantidade de habitantes do Pará, que atualmente são 8,69 milhões de residentes, a cenário é inverso: o estado é o 6º que menos gasta no país com a saúde de sua gente. Os R$ 257,87 médios aplicados por morador só não foram inferiores que os desembolsos do Rio Grande do Norte (R$ 247,93), Minas Gerais (R$ 243,24), Paraíba (R$ 232,32), Maranhão (R$ 217,69) e Rio de Janeiro (R$ 176,59).
No outro extremo, estão estados que investem até o triplo do Pará, mas são confortavelmente favorecidos por recursos graúdos da União. É o caso do Acre (R$ 739,97), Tocantins (R$ 721,96), Distrito Federal (R$ 702,47), Roraima (R$ 609,74) e Amapá (R$ 608,51). Em comum eles têm o fato de serem as mais novas Unidades da Federação do Brasil.
Confira o desembolso com saúde completo dos estados para o período de oito meses (entre janeiro e agosto deste ano) e a média per capita de cada um deles.
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