Estudantes sem aulas em Parauapebas por falta d’água

Continua depois da publicidade

Parte dos alunos da escola Carlos Henrique, no bairro da Paz, que funciona durante o dia para rede municipal de ensino e a noite para a estadual, está sem aulas há 15 dias. Segundo o corpo discente, por falta de água no prédio. O único turno que está funcionando normalmente é o da manhã.

O aluno Jorge André da Silva Brandão, do 1º ano, relatou para a reportagem do Correio do Pará que há duas semanas as aulas estão sendo interrompidas devido a falta de água na escola. O estudante disse ainda que os alunos estão decidindo trazer água de suas residências, dentro de garrafas pets, para tomarem durante o período de aula, evitando assim o comprometimento do ano letivo. “Estamos nos organizando para fazer uma manifestação na frente do prédio de ensino para pedir soluções à direção da escola e à administração pública”, alerta Jorge André.

Abraão Moreno, estudante também do 1º ano, está preocupado com a falta de conteúdo didático, pois se aproxima o final do ano letivo, quando acelera a atenção para enfrentar as provas finais. “Estávamos tendo somente um ou dois horários por noite, e isso é preocupante, pois pode comprometer o nosso ano letivo”, se preocupa Moreno.

“Com o prolongamento desse problema o maior prejudicado é o aluno, pois atrasa muito o aprendizado, e além de estudarmos em casa, não conseguimos acompanhar os outros estudantes de outras escolas, tendo que estudar nos finais de semana e feriados para assimilar o conteúdo”, frisou o estudante Wálisson Aguiar, acrescentando que se torna difícil até para participar do concurso público que está ás vésperas de acontecer.

O diretor da escola Carlos Henrique, Francisco Alves, ressaltou que como diretor, ele só tem a lamentar, pois é um problema na instalação hidráulica do prédio onde funciona a escola. “A água que acumula durante a noite não está suprindo a demanda de alunos, dando somente para o período da manhã. Então, como sem água fica difícil desenvolver o conteúdo, os alunos estavam sendo dispensados”, explicou Francisco, afirmando que os professores foram orientados a dar aulas para os estudantes que estiverem presentes. “De qualquer forma as aulas terão que ser ministradas”.

Em relação aos dias em que os alunos foram dispensados, o diretor esclareceu que haverá uma reunião entre direção da escola, representantes de alunos e professores para chegar a um consenso de qual a melhor forma para repor o conteúdo perdido. “Tivemos o problema da greve, que durou mais de 20 dias sem aulas e agora essa falta de água. Vamos procurar a melhor forma de não deixar que os alunos sejam prejudicados”, ressalta Francisco, pedindo a compreensão dos alunos, pois todas as partes do problema estão tentando buscar soluções.

A reportagem procurou o Secretário Municipal de Educação, Raimundo Neto, que estava em reunião, mas pela secretária, Neto enviou a afirmação que estarão sendo colocadas caixas d’água na escola para resolver o problema, e nas outras escolas que estão passando pela mesma situação serão cavados poços artesianos.

Fonte: Correio do Pará