Em reta final de prestação de contas, cinco câmaras do Pará acertam com Tesouro

Presidentes dos legislativos de Água Azul do Norte, Nova Esperança do Piriá, São Caetano de Odivelas, Goianésia do Pará e Palestina do Pará estão entre os mais pontuais de todo o Brasil

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Pontualidade não é exatamente a característica número um dos municípios do Pará, sobretudo no que diz respeito à prestação de contas perante os órgãos de controle externo. Ainda assim, cinco câmaras do estado estão na dianteira da entrega das obrigações fiscais de 2022 junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão máximo da análise contábil. Esses cinco parlamentos cumpriram com louvor o quesito tempo, uma vez que o prazo para envio dos balanços referentes à gestão fiscal do terceiro quadrimestre se encerra na segunda-feira da semana que vem, dia 30. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

Até esta terça (24), a menos de uma semana do prazo limite, apenas as câmaras de Água Azul do Norte, Nova Esperança do Piriá, São Caetano de Odivelas, Goianésia do Pará e Palestina do Pará tinham cumprido a exigência legal. Água Azul, Piriá e Odivelas se destacam nacionalmente porque tiveram os legislativos mais ágeis do Brasil na entrega das obrigações, conforme apurou o Blog. 

Essas três câmaras entregaram quase que simultaneamente seus balanços no último dia 11 de janeiro, sendo que a de Água Azul largou na frente, com diferença de horas das demais. O município, aliás, foi destaque como um todo porque a prefeitura local também foi a primeira do Brasil a cumprir o prazo do Tesouro Nacional, conforme revelou reportagem do Blog do Zé Dudu (relembre aqui). Com isso, pela primeira vez o Pará teve um município reconhecido como o mais ágil do país no cumprimento das obrigações fiscais.

Importância do envio

Gestores que ordenam despesas em órgãos públicos são obrigados a prestar contas de suas canetadas bimestralmente e ou quadrimestralmente, conforme o caso. Prefeitos, por exemplo, precisam entregar relatórios de execução orçamentária, gestão fiscal, cadastro de operações de crédito e balanço anual. Já os presidentes de câmaras entregam apenas o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), por meio do qual é possível monitorar, entre outros pontos, os gastos com salários de servidores dos legislativos municipais.

A entrega do RGF é feita a cada quadrimestre, mas é difícil um presidente de câmara ter complicações por excesso de inchaço de folha, já que a margem da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para o cômputo do cálculo de gastos com pessoal dos legislativos é bastante confortável. No Pará, por exemplo, nenhuma câmara está na mira da LRF por gastos com servidores. Ainda assim, a prestação de contas no prazo estipulado pelo Tesouro Nacional precisa ser feita, a fim de que o presidente do parlamento não sofra penalidades.