Celio Sabino: o jogo da seleção em Belém e a criação de Carajás e Tapajós

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Por Celio Sabino
Dois cronistas esportivos de TV de Belém, na manhã desta quinta-feira (4) comentavam a decisão da CBF de marcar o jogo Brasil e Argentina para 28 de setembro, no Mangueirão. Acharam uma boa oportunidade do Pará mostrar que foi sacaneado quando deixaram Belém, de fora da lista das sub-sedes do Mundial de 2114. E um deles lembrou, após dizer que o objetivo do Ricardo Teixeira era amenizar esta situação, que aquilo não poderia deixar de ser visto como uma “esmola”! O que concordo. Quando se referiram a perda da vaga de sub-sede de Belém para Manaus, ou Natal, me veio uma grande lembrança desta questão da re-divisão do Pará com a criação dos estados do Tapajós e Carajás.

Na verdade, Belém não perdeu para Manaus, que na minha opinião mereceu ser escolhida, pois é a primeira referência da nossa Amazônia Legal. De verdade perdemos mesmo foi para Natal (RN), pois para mim era desnecessário mais uma sede na região Nordeste, que já tinha Salvador e Fortaleza. Mas a conquista nordestina se fez valer politicamente, pela força parlamentar. Por ter menor número de representatividade a região Norte foi engolida nas decisões que envolvem negociatas.

Fico imaginando se no Norte, na época das decisões para escolhas das sub-sedes, já existissem Carajás e Tapajós? Não tenham dúvidas a capital das mangueiras teria ficado com uma delas e de forma justa. E é por isso que os nordestinos são contra a divisão do estado do Pará, é por isso que São Paulo faz campanha e até defende a consulta a nível nacional, para derrubar essa idéia, que só irá fortalecer nós da região Norte. É importante que o pessoal das outras regiões do Pará entendam que a divisão vai multiplicar o poder da população amazônica. Digo: “SIM”, para Carajás e Tapajós!

* – Celio Sabino é Editor de Esportes e Colunista na Jornal Opinião e revista Foco Carajás.

2 comentários em “Celio Sabino: o jogo da seleção em Belém e a criação de Carajás e Tapajós

  1. Gleydson Responder

    Não se esqueçam que enquanto os potiticos manauaras se uniram em torno da campanha de Manaus, aqui nunca houve uma união de forças pela escolha de Belém. Não foi à toa que Lira Maia até chegou a comemorar a escolha de Manaus, acreditando que pela proximidade de Santarém haveria algum benefício para a cidade do Oeste do Estado. E alguém mesmo acredita que Gioanni Queiróz moveu alguma palha em favor de Belém nessa disputa? não sejamos tolos. Alguns politicos paraenses até gostaram que Belém fosse desclassificada. O sucesso de Belém é um calo no pé de muitos politicos que fazem carreira aqui mas nem se sentem paraenses. Se dependermos dessa nossa classe politica continuaremos marcando passo.

  2. Leandro Responder

    Nossa, foi a relação mais sem sentido que já ouvi até hoje. A a divisão do Pará só vai enfraquecer nosso estado. Isso nunca iria Belém a ganhar a sede da copa. Todo mundo sabe que foi uma decisão política e não técnica.

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