Aeroporto de Parauapebas tem todos os voos cancelados em virtude de interdição da portaria de acesso ao Projeto Carajás

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aeroporto de CarajásO aeroporto de Parauapebas, em Carajás, está fechado na manhã desta segunda-feira (19). O motivo é que, conforme orientação do CGNA – Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea – o aeroporto não pode operar sem o serviço de combate a incêndio e salvamento. Este serviço, além daqueles que fazem o abastecimento de combustível do aeroporto, não está funcionando em virtude do fechamento das portarias de acesso a Carajás promovida pelos moradores do bairro Tropical (Linhão).

As empresas aéreas que operam no aeroporto de Parauapebas, em Carajás, já foram comunicadas da situação e todos os voos foram cancelados até que as portarias de acesso ao projeto sejam liberadas.

Interdição
Desde o fim de semana moradores do bairro Tropical, em Parauapebas, interditam a Estrada de Ferro Carajás, em local próximo a Palmares I. Hoje pela manhã os manifestantes fecharam também a portaria de acesso a Carajás em Parauapebas e a portaria do Salobo, na Zona Rural do Município. Os manifestantes reivindicam melhorias no bairro e a retirado do linhão de energia elétrica que cruza o bairro. Diversas reuniões já foram realizadas entre representantes da Vale, prefeitura de Parauapebas e representantes do bairro, todavia, até o momento, não se chegou a nenhum acordo.

A justiça ordenou, há pouco, que o Grupo Tático da Polícia Militar de Parauapebas desobstruísse todos os pontos interditados. 

Nota da Vale sobre a interdição
”A Vale reitera que vem discutindo com o município, Eletronorte e lideranças comunitárias uma solução conjunta para a situação dos moradores do bairro Tropical II e que já estava agendada reunião entre os envolvidos para o dia 29 de janeiro. A área abaixo de duas linhas de transmissão de energia elétrica, existentes há mais de uma década, foi recentemente ocupada de forma irregular pelos manifestantes, que agora exigem remoção para outra área.

A empresa está adotando as medidas judiciais cabíveis para desocupação da portaria, pois entende que qualquer manifestação deve respeitar o  direito constitucional de ir e vir das pessoas. A empresa também reitera seu repúdio a qualquer forma de violência que ponha em risco a vida e a segurança das pessoas”.