Ações da Vale são as mais negociadas na Bolsa após alta do minério de ferro na China

Com sucessivas baixas, B3 ficou estável graças às ações VALE3 ON. Às 16h57, uma hora antes do fechamento do pregão da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), cada papel era negociado a R$ 96,58, com valorização de 1,56% no dia
Pureza do minério de ferro minerado pela Vale tem valor diferenciado no mercado internacional

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Brasília – Boas notícias vindas da China, alavancaram o preço das ações VALE3 (ON) nesta quarta (6). Às 16h57, uma hora antes do fechamento do pregão da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), cada papel era negociado a R$ 96,58, com valorização de 1,56% no dia. As ações da mineradora foram as mais negociadas na Bolsa, o que ajudou a equilibrar as perdas desde o início da semana passada, puxadas pelas más notícias envolvendo a instabilidade criada com a desistência dos nomes indicados pelo governo para presidir o Conselho de Administração e a Presidência da Petrobras.

Com a alta, o valor de mercado da Vale atingiu R$ 463 bilhões. Analistas do Mercado de Capitais atribuem o bom resultado em razão do minério de ferro ter atingido o pico em mais de oito meses na China com a melhora do consumo do maior cliente da Vale.

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Ainda segundo os analistas, a lentidão do mercado imobiliário na China afetou o consumo de aço e ferro, mas a desestocagem do minério começou.

Os contratos futuros de minério de ferro de referência na China saltaram 4% nesta quarta-feira (6), atingindo seu nível mais alto em mais de oito meses, à medida em que as negociações são retomadas após os feriados na China.

Os futuros de minério de ferro mais ativos na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, chegaram a subir 4,1%, para 945 iuanes (US$ 148,49) por tonelada, com a demanda dos produtores de aço se recuperando das interrupções da pandemia.

Os contratos terminaram a sessão em alta de 2,2%, a 927 iuanes por tonelada. Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega à China, compilados pela consultoria SteelHome, ficaram em US$ 159,5 a tonelada no sábado (2).

“Atualmente, a lentidão do mercado imobiliário na China afetou o consumo de aço e minério de ferro, mas a desestocagem de minério de ferro começou”, escreveram analistas da Huatai Futures em nota ao mercado.

Os estoques de minério de ferro na China estavam em 155,6 milhões de toneladas na semana encerrada em 1º de abril, uma queda de 4 milhões de toneladas em relação à semana anterior e de 3,3% em relação ao pico em meados de fevereiro, segundo a SteelHome.

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Outros ingredientes siderúrgicos na bolsa de Dalian também registraram ganhos.

O carvão metalúrgico, para entrega em maio, subiu 0,7%, para 3.241 iuanes por tonelada, e os preços do coque saltaram 2,8%, para 4.075 iuanes por tonelada no fechamento.

O vergalhão de aço na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em outubro, aumentou 0,2%, para 5.121 iuanes por tonelada.

Os futuros de bobinas laminadas a quente, usadas ​​no setor manufatureiro, caíram 0,1%, para 5.268 iuanes por tonelada.

O contrato de maio de aço inoxidável de Xangai saltou 2,9%, para 20.830 iuanes por tonelada.

Aqui no brasil, enquanto a instabilidade em relação aos desfecho do comando da Petrobras, continuará impondo perdas aos investidores no setor de energia, petróleo e gás natural, advertem os operadores das mesas da B3.

“É o sinal para comprar a PETRO4 (ON) em baixa”, recomendam os operadores.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.