Vaca foge de caminhão, pula da ponte e nada no Rio Tocantins

A incrível saga da vaca nelore que protagonizou uma fuga ousada e emocionou moradores de Marabá

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Na tarde de ontem, quarta-feira, mais um fato inusitado ocorreu em cima da ponte do Rio Tocantins, em Marabá. Com 2.310 metros de extensão, a obra de arte tem mais de 40 anos de existência e ali já foi palco de vários episódios polêmicos e pitorescos também.

Nesta quarta, a personagem central era uma vaca da raça nelore, transportada em um caminhão junto com outros animais e seguia do Núcleo Nova Marabá para o São Félix. Todavia, quando o veículo passava próximo à metade da ponte, a vaca triatleta conseguiu pular do caminhão boiadeiro e caiu na pista.

Sem direção, a mimosa começou a correr na ponte. Vários veículos que vinham atrás pararam, mas como ela ficou assustada, acabou pulando a mureta de proteção, como se fosse uma corrida de obstáculo. Mas como é irracional, não imaginava que era um abismo de 40 metros de altura. Caiu no rio e, pasmem, sobreviveu.

Aí, a fujona incorporou a nadadora e parou o trânsito mais ainda em cima da ponte, de onde as pessoas passaram a filmá-la com celulares. Ela nadou bravamente para escapar da correnteza em direção à margem esquerda do rio, do lado da Nova Marabá.

Um pescador da Folha 8 avistou a vaca nadando no meio do rio, ajuntou amigos e foram tentar socorrê-la. Com auxílio de uma corda, arrastaram o animal até a margem. Dali, um trator (pá carregadeira) levou o animal, bastante cansado, para fora do rio, para esperar o dono aparecer.

OUTROS INCIDENTES

O caso da vaca fujona foi apenas mais um que ficará marcado na história da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Tocantins.

Um dos mais singulares – e trágicos também – ocorreu em dezembro de 1987, quando garimpeiros de Serra Pelada que faziam um protesto na ponte, se viram obrigados a pular no rio, para não morrer encurralados pela polícia, que atirava para expulsá-los do local.

Em 2013, duas mulheres morreram após caírem da ponte rodoferroviária. As vítimas eram tia e sobrinha. O acidente aconteceu por volta de 20 horas, quando um ônibus de uma escolinha de futebol entrou em pane no meio da ponte e começou a formar-se uma longa fila sobre a ponte, que não possuía nenhum tipo de iluminação. Elas teriam retornavam de um balneário e acabam caindo de um vão, só que não foi dentro do rio, mas na margem.

Um agente de trânsito do DMTU, também morreu em circunstâncias parecidas ao tentar atravessar o trilho do trem, que fica no meio da ponte. Ele tropeçou e caiu no vão, morrendo a cerca de 30 metros de altura, na parte seca, longe do rio.