Uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o rendimento médio efetivo do trabalhador paraense cresceu um pouco entre o pico da pandemia de coronavírus no estado, em maio, e o mês passado, agosto, mas não o suficiente para tirá-lo da linha debaixo da média nacional. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou dados consolidados para agosto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) específica para o período da pandemia de Covid-19.
No Brasil, a média da remuneração efetiva do trabalhador passou de R$ 1.908 em maio para R$ 2.137 no mês passado. Já no Pará, a média subiu de R$ 1.421 para R$ 1.594 no mesmo período, crescimento de 12,17%. Ainda assim, o trabalhador do Pará tem o 5º pior rendimento do país, só não superado pelo dos trabalhadores do Ceará (R$ 1.528), Bahia (R$ 1.507), Alagoas (R$ 1.412) e Maranhão (R$ 1.327). Em maio, além desses, os estados de Sergipe, Pernambuco e Amapá ofereciam médias de remuneração abaixo do Pará, porém prosperaram mais no quesito rendimento e conseguiram ultrapassar a maior economia da Região Norte.
Atualmente, os maiores ganhos mensais estão no Distrito Federal (R$ 3.846), São Paulo (R$ 2.639), Rio de Janeiro (R$ 2.504), Paraná (R$ 2.309) e Santa Catarina (R$ 2.294). Em valores absolutos, de maio a agosto o rendimento médio do trabalhador aumentou apenas R$ 56 em Rondônia e R$ 22 no Acre. No Pará, o aumento foi de R$ 173. Amapá, com R$ 391, e Rio de Janeiro, com R$ 341, lideram os ganhos.
Em termos proporcionais, os estados do Amapá (29,07%), Bahia (22,62%), Sergipe (21,31%), Rio Grande do Norte (19,51%) e Pernambuco (15,95%) apresentaram o maior crescimento no rendimento médio do trabalhador. Já Roraima (7,08%), Mato Grosso (7,04%), Tocantins (6,96%), Rondônia (3,33%) e Acre (1,3%) tiveram os aumentos menos sensíveis.