Quadrilhas ensaiam em Marabá para maior Festejo Junino do Pará

A promessa é que a junina e o público possam viajar pelos forrós dos anos 2000, com bandas como Limão com Mel, Capital do Sol e principalmente Calcinha Preta.

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O mês de junho está chegando e as quadrilhas juninas de Marabá intensificam os ensaios para a 36ª edição do maior festejo do Pará. Após encantar a arquibancada na Arena Z-30 com o Circo da Fuá na edição de 2022, a junina Fuá da Conceição promete levantar o público em 2023 com o tema “Parece Mágica: Forró 2000 como nunca se viu”.

A promessa é que a junina e o público possam viajar pelos forrós dos anos 2000, com bandas como Limão com Mel, Capital do Sol e principalmente Calcinha Preta.

“Levar um pouco daquela sonoridade romântica, quando realmente o forró trouxe um pouco do pop e projetou-se no cenário nacional. Uma história que tem viés duplo. Além de abordarmos a banda Calcinha Preta, mostraremos como em alguns momentos a vida pode parecer mágica”, garante o coordenador da Fuá da Conceição, Anderson Alves.

Os ensaios têm ocorrido desde novembro e intensificaram-se nos últimos dias, sendo realizados pelo menos três vezes na semana. “Acho que o público vai se emocionar bastante com nosso tema. Estamos preparando um espetáculo super bacana. O retorno que tivemos ano passado com Circo da Fuá nos dá a responsabilidade de trazer mais emoção e alegria para o público que vai assistir o espetáculo esse ano”, complementa.

E o retorno realmente foi grande. A junina cresceu de 18 pares em 2022 para 32 pares este ano. São 64 brincantes e 30 membros da equipe de apoio para garantir a festa. Um dos novos membros é Igor Pereira, 21 anos, que inicia este ano nas juninas. Ele conta que sempre dançou balé, jazz, mas esse ano decidiu ter essa experiência de junina com a Fuá.

“Está me trazendo muita alegria. A Fuá tem um acolhimento muito grande. Uma sensação de família. Eu sou desse bairro e era a Junina mais próxima. Eu a conheci através de um amigo que dançou ano passado e eu acompanhei o tema do Circo através do arraiá junino da Fuá na Cidade Nova. Conheci me encantei e comecei a vir para os ensaios”, encanta.

Karina Borges retornou ano passado à Fuá, após uma pausa devido a maternidade. Ela comenta que o sentimento nunca acaba.

“Quando dançamos quadrilha sempre fica essa chama de querer voltar. Mesmo que passe o tempo sempre queremos retornar. Expectativa muito alta, um tema que me agrada. Tudo bem elaborado. Convido a todos que venham nos acompanhar nos festejos e arraiás porque tem muita coisa boa vindo aí. Está espetacular e vocês vão se surpreender.

A Fuá da Conceição surgiu em 2014 de uma brincadeira junina realizada por pessoas da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. No ano seguinte, eles foram convidados a se apresentar no festejo junino. Logo em 2015, no ano da estreia, a Junina foi campeã do grupo B e garantiu acesso ao grupo A.

É uma Junina católica, conhecida por misturar conceitos católicos com a cultura do festejo. A brincante Dayana Vidal conta que é católica e quadrilheira desde criança. Ela já passou por outras juninas, como Coração de Estudante e Muleka Sem Vergonha, mas conta que se encontrou na Fuá da Conceição.

“Cheguei em 2018, dançava na Muleka Sem Vergonha, era rainha de lá. Adaptação foi rápida para pegar os passes e tudo. Todo mundo me acolheu e eu segui o ritmo deles. Danço quadrilha desde os 4 anos, minha mãe sempre me colocou, desde a 1º de Março, na vila onde morava. Estou aqui para fazermos uma grande festa”, garante.