Próximo Congresso será de centro-direita e reformista, prevê Arthur Lira

Em Nova York, o presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país
Presidente da Câmara, Arthur Lira - Imagem: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

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Brasília – Em evento em Nova York, organizado pelo BTG Pactual, na manhã desta terça-feira (10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), discutiu sobre a situação do Brasil e da economia mundial.

Em ano de eleição marcado pela polarização, é de se assumir que a verdadeira questão a ser discutida é quem assumirá o papel do Executivo, Lula ou Bolsonaro? Lira disse no evento que: “Seja quem for o presidente a partir de 2023, o Congresso eleito será de centro-direita e reformista“.

Para Lira, é comum haver uma polarização durante o período eleitoral. Porém, o deputado acredita que, entre um extremo político e outro, existe o centro, que atua como regulador da política brasileira, para que “o Brasil funcione como uma democracia forte”.

Até então, durante a janela partidária, os partidos de centro-direita se reforçaram em Brasília e formaram cerca de 300 parlamentares na Câmara, segundo Arthur Lira.

“Em detrimento da polarização que exista, o meu pensamento é que o Brasil continuará um país de centro-direita. O Congresso que for eleito em outubro, eu não tenho dúvidas, será um congresso de centro-direita”, reforçou o deputado.

As reformas no Congresso

Falando para uma plateia de grandes investidores americanos, o presidente da Câmara emendou: “E não apenas de centro-direita”. O político acredita que este mesmo Congresso eleito em outubro será mercadológico, liberal e reformista. “Para um efeito futuro, as reformas continuarão na pauta do dia.”

Arthur Lira citou tanto a reforma administrativa quanto a tributária como pautas que seguirão na ordem do dia após as eleições. Segundo o deputado, a primeira já está pronta na Comissão e “precisa do apoio de todo o empresariado e governo brasileiro”.

O presidente da Câmara afirma que “um país do tamanho do Brasil que fica restrito ao teto de gastos é porque não possui um piso de gastos”.

Sobre a reforma tributária, a proposta de emenda constitucional (PEC) tributária foi votada na Câmara e está travada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde setembro do ano passado. “Cobramos do Senado que se posicione”, disse Lira.

Sobre o sistema eleitoral do Bras

Em seu discurso no evento para investidores em Nova York, o presidente da Câmara dos Deputados disse confiar no sistema eleitoral do Brasil e defendeu que os brasileiros devem ter “tranquilidade política” nas eleições.

A fala acontece durante um período polêmico em relação às urnas eletrônicas, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores levantaram dúvidas e desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas.

“Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável. Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que nós tenhamos tranquilidade política no pleito”, afirmou o político.

Arthur Lira destacou ainda que as instituições brasileiras são “fortíssimas e funcionam plenamente”.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.